No I Colóquio sobre Mudanças Climáticas, realizado nesta sexta-feira (26/3) no Rio de Janeiro, durante o Fórum Social Urbano - paralelo ao V Fórum Urbano Mundial, principal evento de urbanismo do mundo estabelecido pelas Nações Unidas -, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que os principais eixos do fórum - habitação, saneamento e inclusão social- "estão fortemente ligados e presentes na questão ambiental". Ele ressaltou que o Ministério do Meio Ambiente participa do PAC das favelas dando apoio aos catadores de recicláveis, e que o PAC 2 terá enfoque na melhoria da infra-estrutura das cidades brasileiras.
O ministro citou a Conferência de Saúde, Meio Ambiente e Cidades, realizada em dezembro do ano passado, como evento que agregou estes temas em busca da melhoria da qualidade de vida e saúde no País. De acordo com dados levantados na conferência, no Brasil, a principal causa da mortalidade infantil são as doenças causadas por contaminação hídrica. "Alguns ambientalistas não relacionavam cidades ao meio ambiente há um tempo atrás, mas os problemas urbanos, como falta de moradia, levam as pessoas a construírem casas em encostas de rios, e as conseqüências disso são as poluições das águas, lixo e muitas doenças", alertou.
De acordo com Minc, outras iniciativas do MMA que contribuíram para a melhoria da qualidade de vida nas cidades foram os lançamentos do Plano Nacional de Qualidade do Ar - que recebeu o apoio da Fiocruz - e do Inventário de Emissões Veiculares, que apontou o transporte rodoviário ( 90%) e o lixo como principais fontes de contaminação do ar.
Em sua quinta edição, o Fórum Urbano Mundial foi criado para analisar um dos problemas mais urgentes enfrentados por todos os países atualmente: o rápido processo de urbanização e seu impacto em comunidades, cidades, políticas, economias e mudanças climáticas. O Fórum Social Urbano acontece paralelamente e aborda questões bem-sucedidas de iniciativas "verdes" que contribuíram para a mudança de comportamento e melhoria da vida das populações em grandes metrópoles e cidades.
Em evento anterior organizado pela Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (Anamma), Minc anunciou que como alternativa ao problema dos resíduos sólidos, o presidente Lula concordou com a ideia de adotar em todo o País o modelo de aterros sanitários municipais consorciados, e que o PAC 2 vai destinar R$1 bilhão para implementação desses aterros na grandes cidades brasileiras.
Elevatória do Recreio dos Bandeirantes
Ainda no Rio, nesta sexta-feira, Minc também participou da inauguração da Estação Elevatória de Esgotos do Recreio dos Bandeirantes. O novo sistema de esgotamento sanitário do bairro está sendo implantado com a inauguração da Estação Elevatória - que contou com um investimento de cerca de R$70 milhões. O complexo está capacitado para receber e transportar até 1.200 litros de esgoto por segundo para a Estação de Tratamento da Barra da Tijuca e, posteriormente, para o Emissário Submarino. A medida pode beneficiar uma população futura de até 240 mil habitantes.
O evento faz parte das comemorações do Dia Mundial das Águas e contou com a presença do governador do estado, Sérgio Cabral, do prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e da secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos.
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