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Resultado da COP 15 é insuficiente, diz Minc

Países ricos se comprometeram a doar US$ 30 bilhões, nos próximos três anos, para um fundo de luta contra o aquecimento global
Publicado: Sexta, 18 Dezembro 2009 22:00 Última modificação: Sexta, 18 Dezembro 2009 22:00

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse nesta sexta-feira (18/12) que o resultado das negociações climáticas que acontecem na Conferência do Clima (COP15), em Copenhague,
são insuficientes para salvar o planeta.

Os países ricos se comprometeram a doar US$ 30 bilhões, nos próximos três anos, para um fundo de luta contra o aquecimento global. O acordo prevê US$ 100 bilhões por ano, em 2020. "Isso aqui é insuficiente, vamos continuar a luta pelo planeta", disse Minc.

O ministro Carlos Minc ressaltou que esse valor que será colocado no fundo até 2012 - US$ 10 bilhões por ano - é menos do que o Brasil vai gastar para atingir sua meta voluntária de reduzir em até 39% das emissões de gases de efeitos estudo, até 2020.

Ele explicou que para atingir sua meta, o Brasil vai gastar US$ 16 bilhões por ano. "Esse valor de US$ 30 bilhões para todos é menos do que o Brasil sozinho vai gastar para cumprir as nossas metas, aprovadas pelo nosso parlamento", destacou Minc.

No documento preliminar, que ainda será colocado em votação no plenário da COP15, os países desenvolvidos se comprometeram em cortar 80% de suas emissões até 2050. Já para 2020, eles apresentaram uma proposta de reduzir até 20% das emissões, o que está abaixo do recomendado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que sugere uma redução entre 25% e 40% até 2020.

Minc disse ainda que o Brasil fez o seu dever de casa e vai continuar cobrando dos países ricos uma postura mais forte para a proteção do planeta. "A recomendação do IPCC é de redução de 25% a 40% até 2020. Ainda estamos em 2009. Então, a gente vai mobilizar a população e a opinião pública, assim como foi feito para que os Estados Unidos e a China apresentassem as suas metas".

Para a secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente e membro do IPCC, Suzana Kahn, o resultado da COP15 foi decepcionante, uma vez que os chefes de estados discutiram mais a questão econômicas das nações ricas e emergentes e se esqueceram daqueles que vão sofrer dramaticamente os efeitos da mudança climáticas.

"Existem muitos países africanos, por exemplo, que são sofrer demais com o aumento da temperatura. No entanto, parece que a discussão tomou um viés econômico e político, o que eu acho muito preocupante. A questão climática ultrapassa a fronteira ambiental. É uma questão de esenvolvimento, de justiça, de equidade", desabafou a Suzana Kahn.

Segundo a secretária, as negociações para poder chegar a um acordo firme na COP15 começaram há dois anos.

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