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Minc vistoria obras de dragagem no Rio

Canais do Cunha e Fundão estarão limpos em 2011, antes das olimpíadas. Serão investidos R$ 194 milhões em saneamento e desassoreamento, com a dragagem de material sedimentado
Publicado: Domingo, 18 Outubro 2009 22:00 Última modificação: Domingo, 18 Outubro 2009 22:00

A dragagem dos canais do Fundão e do Cunha, portão de entrada do Rio para quem vem pelo Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, será concluída até outubro de 2010.

A obra, na qual serão gastos R$194 milhões, ganhou mais importância ainda, após o anúncio de que as Olimpíadas de 2016 serão no Rio. Nesta segunda-feira (19/10) o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, vistoriou vários pontos da obra em companhia do governador do Rio, Sérgio Cabral e da secretária Estadual do Ambiente do Rio, Marilene Ramos. Eles constataram que os trabalhos estão em ritmo acelerado.

"Essa obra é um presente para o Rio, para a Ilha do Fundão e para os moradores da Maré", destacou Minc durante a visita. Além da limpeza dos canais, que servirá prioritariamente para prevenir enchentes no estado do Rio, serão beneficiadas as populações do Complexo da Maré, na capital carioca.

Segundo Minc, o Complexo passará por intervenções fundamentais na área de saneamento, sem as quais dentro de dez anos, no máximo, a situação do canal poderá voltar à que é hoje. Ele classificou a degradação do canal como um dos maiores passivos ambientais do Rio.

O projeto prevê o desassoreamento de sete quilômetros de extensão do Canal do Fundão, facilitando a circulação de água, com a dragagem de uma camada de quatro metros, num total de dois milhões de metros cúbicos de material sedimentado em 107 pontos da região, que hoje emperram o fluxo da água através dos canais.

É esperada para os próximos dias a entrada em operação de mais duas dragas, reforçando o trabalho de limpeza que já é realizado em três frentes. O material não-contaminado removido do local será levado para aterro em área devidamente licenciada.

O lixo, um dos principais problemas, terá como destino o aterro sanitário de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O trabalho exige, ainda, a separação de metais pesados, como mercúrio, cádmio, antimônio, que contaminam o canal e que serão encerrados em cápsulas geotexteis.

Segundo a secretária Marilene Ramos, as obras no Complexo da Maré, atenderão demandas dos próprios moradores. Estão previstas melhorias no sistema de tratamento e coleta de esgoto, além de trabalhos na área socioambiental, com catadores de lixo e ainda, de educação ambiental para a população e formação de mão-de-obra, também na área ambiental.

Ela explicou que a Maré vai ganhar um centro de referência de meio ambiente para garantir que o canal permaneça limpo após o trabalho de dragagem.

"Esta obra é um gol para o meio ambiente. Queremos chegar a 2016 com um Rio de Janeiro, sob o ponto de vista ambiental, com outro nível de qualidade: antes, durante e depois dos Jogos Olímpicos. Mas, o mais importante é a melhoria da qualidade de vida que esta iniciativa proporcionará para os moradores da Ilha do Governador e da Maré" disse o governador Sérgio Cabral.

Foi anunciado, ainda, investimento de R$30 milhões, do Fundo Estadual de Conservação Ambiental (Fecam) na urbanização da Ilha do Fundão. O local vai ganhar ciclovias e áreas de lazer, saneamento da vila residencial da UFRJ e reforço dos pilares de sustentação da Linha Vermelha e das pontes Oswaldo Cruz e Brigadeiro Trompovski.

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