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Mercosul realizará estudo sobre custos ambientais e econômicos da desertificação

Decisão, tomada na COP-9, em Buenos Aires, vai subsidiar os países do bloco na estratégia de enfrentamento da degradação de terras
Publicado: Quinta, 01 Outubro 2009 21:00 Última modificação: Quinta, 01 Outubro 2009 21:00


Os custos ambientais e econômicos da não adoção das medidas necessárias para conter o processo de desertificação, e a consequente degradação de terras, serão objeto de um estudo que será realizado, em breve, pelos países do Mercosul. A informação é do secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Egon Krakhecke. Ele participou nesta semana, em Buenos Aires, da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (COP-9).

De acordo com o secretário, que acompanhou o ministro Carlos Minc no encontro internacional, o estudo é importante porque subsidiará os países do bloco na estratégia de enfrentamento ao problema. "Essa iniciativa representa um avanço", avalia. Krakhecke também destaca o apoio dos ministros do Meio Ambiente do Mercosul, da Bolívia, Chile e Venezuela à proposta do ministro brasileiro, apresentada em reunião paralela à COP-9 e realizada na terça-feira, 29 de setembro. Minc defendeu a ideia de que os projetos de recuperação de solos degradados, como os desertificados, sejam considerados ações de mitigação dos efeitos do aquecimento global.

Com o entendimento entre os ministros, a expectativa agora é que o tema seja discutido na Convenção da ONU sobre Mudança do Clima, marcada para dezembro, em Copenhague (Dinamarca). "Estou defendendo que as ações de recuperação de áreas degradadas, como no Nordeste, entrem no Mercado de Crédito de Carbono", disse Minc em Buenos Aires.

PONTO ALTO - Para Egon Krakhecke, o "ponto alto" da participação brasileira na COP-9 ocorreu no mesmo dia da reunião entre os ministros, com o discurso proferido por Carlos Minc no plenário da Convenção. "Foi uma fala forte, vigorosa, que teve grande repercussão", conta. Na ocasião, Minc falou sobre a importância de que as ações de mitigação e de adaptação aos efeitos do aquecimento global tenham como uma de suas prioridades as áreas degradadas, de semiárido e desérticas.

O ministro brasileiro destacou, ainda, a importância de serem promovidas "ações de solidariedade" aos países pobres, em especial os da África, e defendeu que 1/3 do chamado "Fundo Verde" para ações de enfrentamento do aquecimento global - que deverá ser aprovado em Copenhague, com o aporte inicial de pelo menos US$ 400 bilhões anuais por parte das nações mais ricas - seja direcionado para projetos de adaptação e mitigação de áreas degradadas pela mudança do clima.

Durante o encontro na Argentina, o governo brasileiro aproveitou para apresentar as ações que já vem tomando para fortalecer o combate à desertificação. Uma delas é a articulação de um grande pacto nacional para a construção de uma agenda de desenvolvimento sustentável para o semiárido, região onde estão localizados 11 estados brasileiros, sendo os nove nordestinos e mais Minas Gerais e Espírito Santo.

A realização do 1º Encontro Nacional de Enfrentamento da Desertificação, previsto para ocorrer em 2010 em Petrolina/Juazeiro, e a implementação do Programa Nacional de Combate à Desertificação (PAN/Brasil), que norteará políticas estaduais, também foram apresentadas aos participantes da COP-9. A Convenção começou na segunda-feira, 21 de setembro e terminou nesta sexta-feira, 2 de outubro.

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