O ministro Carlos Minc participou neste sábado (28), no Rio de Janeiro, da Hora do Planeta, ato simbólico mundial de apelo contra o aquecimento global, com objetivo de mobilizar pessoas, governos e empresas contra o fenômeno.
Para o ministro, eventos como este são importantes para despertar a consciência das pessoas, em especial dos brasileiros, para a necessidade de economizar energia. Ele destacou que o simples ato de desligar as luzes é uma forma de dar uma contribuição pessoal na luta para conter os efeitos do aquecimento global.
Esse apagar de luzes significa o acender de consciências, ressaltou Minc.
Antes do apagar das luzes, os participantes do ato simbólico, promovido pelo governo carioca, no Jockey Club Brasileiro, na Gávea, assistiram a um vídeo com cidades do mundo, como Roma e Sidney, com as luzes de seus monumentos desligadas, durante a Hora do Planeta. Às 20h30, o Jockey Club e o Cristo Redentor tiveram suas luzes apagadas contra o aquecimento global. O AfroReggae fez um show de percussão à luz de velas.
Sessenta e oito cidades brasileiras apagaram suas luzes por 60 minutos. É como se parte dos brasileiros apertassem, juntos, um botão que desliga uma hidrelétrica de 2 mil MW, capaz de alimentar uma Brasília inteira pelo período de economia voluntária. O dado acima foi obtido comparando as informações do Operador Nacional do Sistema relativas ao horário de verão.
O Ministério das Minas e Energia considera que a economia contribui para diminuir a demanda por construção de hidrelétricas, que mesmo sendo uma fonte considerada limpa ambientalmente, produz CO2 e CH4 (Metano), dois dos principais responsáveis pelas mudanças climáticas, principalmente por alagarem áreas extensas de florestas, justamente quando estão em obras.
Esta é uma das razões pelas quais mais de um milhão de brasileiros aderem todos os anos à Hora do Planeta, promovida pela WWF do Brasil, que tem como apelo mundial o apagamento da iluminação do Cristo Redentor, cartão postal do Rio mais conhecido no exterior.
A medida já é adotada em cidades de vários países. Muitas delas têm o carvão como suas fontes principais de geração de eletricidade, revestindo a Hora do Planeta de uma importância ainda maior, já que ele é uma fonte com altos níveis de emissões. No Brasil a geração por termoelétricas começa a se tornar preocupante para as autoridades ambientais, pois se trata de uma modalidade de geração que ameaça se expandir para atender a demanda.
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