O governo vai adotar o uso de energia solar térmica em substituição aos chuveiros elétricos em casas populares construídas pelo PAC da Habitação. Com a presença do ministro Carlos Minc, será assinado nesta quarta-feira, às 11h, no Palácio do Itamaraty, acordo de cooperação entre Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ministério de Minas e Energia (MME) e Caixa Econômica Federal (CEF).
A mudança na matriz energética faz parte das ações que vêm sendo adotados pelo MMA como forma de mitigação dos efeitos do aquecimento global. O Ministério do Meio Ambiente deverá instituir um programa para incentivar o uso de aquecimento solar de água, viável em várias regiões do País. A disseminação do programa está prevista no Plano Nacional sobre Mudanças do Clima e visa diminuir a demanda por energia gerada em hidrelétricas, fontes que emitem gases estufas. O programa vai lembrar aos brasileiros que a energia solar tem vantagens incomparáveis a qualquer outra forma de captação convencional. Além de ter uma fonte totalmente natural, ecológica, gratuita, que não agride o meio ambiente, é inesgotável.
O chuveiro elétrico é responsável por um terço da energia elétrica consumida em uma residência. Conforme levantamentos, cerca de 5% do consumo nacional de energia elétrica é usado no aquecimento de água para banho. Mesmo eficientes do ponto de vista de conversão de energia elétrica em térmica, seu uso não é considerado eficiente sob o ponto de vista da utilização da eletricidade. Assim, um sistema misto elétrico-solar torna possível obter até 80% da energia renovável e usar apenas 20% de energia elétrica.
A iniciativa tem por base experiência colocada em prática no Rio de Janeiro, onde a energia solar térmica vem substituindo a elétrica desde 2007. Decreto do governador Sérgio Cabral manda que obras públicas e obras financiadas pelo governo carioca incluam este tipo de fonte.
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