Depois do Zoneamento Ecológico-Econômico da Amazônia Legal, que está em fase final de elaboração e deve ser apresentado à sociedade até o final deste ano, o Consórcio ZEE Brasil inicia o zoneamento regional do Nordeste. A coordenação do Consórcio tratou pela primeira vez do assunto no início deste mês, em reunião de planejamento realizada nos dias 5 e 6 em Recife.
A instalação oficial do ZEE Nordeste, com a assinatura do termo de referência para instalação do grupo de trabalho, acontecerá no final de abril, em audiência pública convocada pela Comissão de Meio Ambiente da Câmara para comemorar o Dia Nacional da Caatinga, 28 de abril.
O ZEE Regional do Nordeste deve estar concluído em dois anos e vai embarcar o ZEE da Bacia do São Francisco, o segundo zoneamento sub-regional do País e o primeiro ZEE nordestino. Produzido no âmbito do Programa de Revitalização do São Francisco, o zoneamento do São Francisco já entrou em sua última etapa, que é o de estudo de cenários. Um trabalho pioneiro no Brasil - o ZEE da BR-163 trata ainda superficialmente do tema -, ele vai identificar os desdobramentos socioeconômico-ambientais de cada tipo de intervenção que venha a ser feita na região, com o objetivo de orientar as tomadas de decisão dos gestores públicos.
O zoneamento ecológico-econômico do Nordeste é considerado prioritário pelo MMA especialmente por conta da extrema vulnerabilidade da região à desertificação, classificada pelo secretário de Desenvolvimento Rural Sustentável Egon Krakhecke como "a face mais cruel das mudanças climáticas".
O Consórcio ZEE Brasil, que é composto por representantes de 15 órgãos de instituições públicas federais sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente, ganhará, para a elaboração do ZEE Nordeste, reforços da Sudene, da Fundação Joaquim Nabuco, das universidades e organizações sociais regionais, além de representantes dos governos dos estados nordestinos.
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