Especialistas em desmatamento de órgãos públicos, instituições de pesquisa e sociedade civil destacaram a necessidade de se criar estratégias para conter o desmatamento na Amazônia ainda no início já que pelo sistema Prodes (Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), é possível identificar áreas no primeiro estágio de degradação progressiva. O assunto foi discutido no VI Seminário Técnico-Científico de Análise de Dados Referentes ao Desmatamento na Amazônia Legal, em Brasília, nesta quinta-feira (18), em Brasília.
O objetivo do debate foi analisar os dados do sistema Prodes, divulgado em novembro, que apontou um crescimento de 3,8% no índice entre os meses de agosto de 2007 e julho de 2008, em relação ao período anterior. Os resultados dos debates serão sistematizados para elaboração de ações de controle e prevenção do desmatamento.
O diretor do Inpe, Gilberto Câmara, apresentou estudo que estima que áreas com degradação progressiva - primeiro de quatro níveis de desmatamento - podem se converter em corte raso. Os dados, segundo o diretor do Departamento de Políticas para o Combate ao Desmatamento do Ministério do Meio Ambiente, Mauro Pires, serão analisados para a criação de estratégias a serem efetivadas a partir do ano que vem.
Na abertura do encontro o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que os dados do Inpe são fundamentais para o desenvolvimento de ações preventivas.
Ao participar da mesa-redonda sobre Estratégias do Controle e Prevenção e Dinâmica do Desmatamento da Amazônia Legal, o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Flávio Montiel, defendeu o maior envolvimento dos estados e municípios no controle do desmatamento.
O diretor do Inpe acredita que entender a dinâmica do desmatamento, assim como avançar na metodologia de monitoramento servem como base para políticas de cooperação interinstitucional para proteção da floresta.
Neste VI Seminário, o Ministério do Meio Ambiente e o Inpe, organizadores do evento, estenderam a discussão às metodologias de monitoramento de desmatamento nos demais biomas brasileiros. O assunto será tema de mesa-redonda nesta sexta-feira, último dia do encontro, que ocorre no Hotel Nacional.
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