As contribuições feitas pelos 450 participantes do II Congresso Aqüífero Guarani, que terminou hoje (7), serão consolidadas em um documento intitulado Carta de Ribeirão Preto, cidade onde ocorreu o encontro, a ser encaminhada aos órgãos gestores dos países de abrangência do aqüífero para colaborar na elaboração de políticas de utilização e ações de preservação.
Entre os temas debatidos estão: o modelo conceitual, funcionamento e potencialidades do Aqüífero Guarani; a participação indígena na preservação do Aqüífero Guarani; diretrizes de utilização sustentável e proteção do Aqüífero Guarani e planos de ações estratégicas para gestão do Aqüífero Guarani.
O Congresso reuniu representans de órgãos públicos e entidades da sociedade civil dos oito estados brasileiros da área e abrangência do Aqüífero (Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul), além de representantes da Argentina, Uruguai e Paraguai e também do continente africano: Nigéria, Tunísia e África do Sul, interessados nas experiências de gestão de aqüíferos transfronteiriços.
O diretor de Recurs Hídricos do Ministério do Meio Ambiente, João Bosco Senra, participou do encerramento do congresso, que discutiu os novos conhecimentos obtidos nos estudos realizados, abrangendo a área de ocorrência, potencialidades e condições de utilização do Aqüífero, e elogiou a qualidade dos debates e a dinâmica dos trabalhos. "Foi muito produtivo, as pessoas que participaram eram muito qualificadas e as contribuições serão muito relevantes para auxiliar os países na gestão do aqüífero", afirmou.
O I Congresso Aqüífero Guarani ocorreu em 2006 na cidade de Campo Grande (MS) e abordou questões como aspectos socioambientais, culturais e técnicos do Sistema Aqüífero Guarani.
O Projeto de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável do Sistema Aqüífero Guarani, coordenado pela Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, tem por base as seguintes diretrizes: consolidação do conhecimento sobre a estrutura e funcionamento hidráulico dos aqüíferos; estabelecimento de um sistema de gestão descentralizado e participativo, reunindo os órgãos públicos, os usuários da água e a sociedade e ainda o fomento da participação pública, da educação ambienal e da comunicação social.
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