Promovida por cerca de 30 agentes do Ibama, da Aeronáutica, da Polícia Federal e da Polícia Militar do Pará, com o apoio de carros e helicópteros, a operação resultou em uma das maiores apreensões de toras de madeira da história do País.
Tendo ao lado o presidente do Incra, Rolf Hackbart, e do secretário estadual de Meio Ambiente do Pará, Valmir Ortega, Minc fez questão de, do alto de grandes toras de madeira apreendidas, assinar dois termos de doação de 6 mil m3 de madeira para o governo do estado do Pará, para o Ministério de Desenvolvimento Social e para o Serviço Florestal Brasileiro, órgão do MMA.
A outra parte será leiloada posteriormente como estabelece o recente decreto federal que regulou a Lei de Crimes Ambientais. Valmir Ortega afirmou que cada tora apreendida deve ser leiloada por cerca de R$ 500,00. O ministro Minc enfatizou que os recursos arrecadados serão usados para a compra de veículos e outros materiais de fiscalização e, também, para reforçar a oferta de empregos e empreendimentos sustentáveis como as atividades extrativistas e a implantação de planos de manejo em unidades de conservação.
Minc enfatizou o caráter didático de estar ali, como ministro, para publicamente assinar os termos de doação de parte do material apreendido. "Queremos deixar claro que os criminosos não vão enriquecer com produtos do crime ambiental", garantiu.
Na região visitada pela equipe governamental na gleba Tuerê, no município de Portel, que contou com a participação de jornalistas, foram apreendidos apenas nos últimos dias 6 mil m3 de madeira. No local onde aterrissaram os helicópteros da comitiva horas antes havia sido fechada uma serraria ilegal com a apreensão de dezenas de toras de madeiras nobres como ipê, jatobá e maçaranduba e algumas máquinas de corte. Seis suspeitos foram identificados e encaminhados para a Polícia Federal e devem responder a inquérito por crime ambiental. A região é uma mistura de terras públicas da União e do governo do Pará com várias invasões de grileiros.
Ao lado do presidente do Incra, Minc destacou a parceria estabelecida com o Ministério do Desenvolvimento Agrário para a promoção na Amazônia de uma reforma agrária "ecológica" que dê sustentabilidade aos assentados com a preservação da floresta.
Ao reunir representantes dos governos federal e estadual na região, Minc assinalou: temos que nos unir para combater o crime ambiental.
No sobrevôo de helicóptero até a região que foi palco da operação nos últimos dias foram flagradas inúmeras áreas de desmatamento, a presença de gado em unidades de conservação e 12 áreas de queimadas foram identificadas e devem ser embargadas na próxima segunda-feira.
Segundo o ministro, essas áreas deverão ser alvo das próximas ações de repressão aos crimes ambientais na Amazônia. Ele informou ainda que três embarcações vigiarão 24 horas a área onde foram apreendidas as toras para evitar que sejam retiradas do local sem autorização.
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