Daniela Mendes
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou ontem (15) que destinará parte dos recursos do Fundo Amazônia para garantir a rastreabilidade, o mapeamento e o monitoramento das cadeias produtivas da madeira, da soja e da pecuária bovina. Ele participou, em São Paulo, do seminário "Conexões Sustentáveis: São Paulo Amazônia", realizado por iniciativa do Movimento Nossa São Paulo e do Fórum Amazônia Sustentável.
"Colocar as redes varejistas e o consumidor envolvidos na busca do desmatamento ilegal zero é da maior importância. Esse é o caminho", disse Minc durante a solenidade que selou a assinatura de um pacto entre representantes de cadeias produtivas de madeira, soja e pecuária bovina, de um lado, e ongs ambientais de outro. Os empresários se comprometeram a comercializar apenas produtos da Amazônia que garantam o cumprimento de direitos sociais e da preservação dos recursos naturais. O ministro lembrou que o governo também assinou acordos com setores da soja, madeira, mineradoras e bancos para comprometer as cadeias produtivas e comerciais a trabalharem com práticas sustentáveis.
Segundo o Movimento Nossa São Paulo, o pacto da madeira recebeu 28 adesões de empresas intermediárias, redes de comércio direto com o consumidor e organizações não-governamentais. O termo de compromisso da pecuária, referente ao comércio de carne, obteve 17 assinaturas, entre frigoríficos, indústrias alimentícias, supermercados e organizações sociais. Já o pacto da soja reuniu 13 adesões iniciais de redes de supermercados e entidades da sociedade civil.
O pacto prevê, entre outros pontos, que as empresas signatárias devem adotar condutas como informar na nota fiscal ou documento oficial que acompanha o produto a fonte da matéria-prima utilizada. Também devem mobilizar e articular novas adesões ao pacto, além de apresentar a um comitê de acompanhamento um relato das ações realizadas para o cumprimento dos compromissos no prazo de 180 dias a partir da assinatura do documento.
Além do ministro, também participaram do evento Oded Grajew, do Movimento Nossa São Paulo; Francisco Graziano, secretário estadual do Meio Ambiente, e Ricardo Young, do Amazônia Sustentável.
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