Carlos Américo
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, defendeu, nesta quinta-feira (9), a definição de programas, de instrumentos, de recurso e de procedimentos que garantam, efetivamente, o desmatamento zero na Amazônia, antes do estabelecimento de metas.
Minc participou de reunião da Frente Parlamentar Ambientalista, na Câmara dos Deputados, que discutiu o Pacto pela Valorização da Floresta e pelo Fim do Desmatamento na Amazônia, formulado por nove ongs, e que pretende acabar com o desmatamento na região.
Minc disse que o Brasil não tem uma data-limite para acabar com o desmatamento na Amazônia, mas disse que o MMA é favorável a metas de redução do desmatamento. Ele lembrou que o Plano Nacional de Mudanças Climáticas - em consulta pública pela internet - faz com que o Brasil se comprometa a possuir médias decrescentes de desmatamento em todos os biomas até atingir o desmatamento ilegal zero. A meta é eliminar a perda líquida da área de cobertura florestal no Brasil até 2015. "O Brasil vai plantar mais do que desmatar".
O ministro também destacou a redução da taxa de desmatamento na Amazônia, nos últimos cinco anos (220-2008), nos meses mais secos do ano (junho, julho e agosto).
O sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostra que a média de desmatamento nesse período vem caindo, chegando ao menor valor este ano - 649 km2. Ele ressaltou que, mesmo com a redução, não há motivos para comemorar. "Os números são suficientes? Não. Há motivo para comemorar? Não. O desmatamento ainda é muito grande", disse.
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