Em palestra de abertura da XII Bio-Semana UFRJ 2008, no campus universitário da Ilha do Fundão, na Cidade do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (29), o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, destacou várias iniciativas do ministério e anunciou, para novembro, o lançamento de edital para a realização de concurso público para 400 vagas de analistas ambientais do Ibama e do Instituto Chico Mendes. Desse total, 225 vagas serão para o Ibama, que serão distribuídas para a fiscalização, licenciamento e qualidade ambiental. O restante, 175, será destinado ao ICMBio.
Diante de um auditório lotado, no Centro de Ciências da Saúde, o ministro foi muito aplaudido após enumerar várias ações preservacionistas já em curso, como a aprovação do Fundo Amazônia e o reforço da administração das unidades de conservação federais, a partir da promoção do concurso público.
O ministro voltou a defender um novo modelo de desenvolvimento para o país, em especial para a Amazônia, que privilegie ações de sustentabilidade, com a promoção de atividades econômicas que estimulem os habitantes a manter a floresta em pé, sem novos desmatamentos. Segundo Minc, apenas com atividades repressivas não se combaterá com eficácia o desmatamento na Amazônia.
Dentre as iniciativas para se chegar a esse modelo, Minc citou o processo de licitação para a elaboração de 40 planos de manejo florestal em reservas extrativistas e a aprovação, pelo governo federal, de preços mínimos para diversos produtos extrativistas.
Minc lembrou que o governo da Noruega já anunciou que deverá doar, até 2015, US$ 1 bilhão para o Fundo Amazônia, se houver a queda continuada dos índices de desmatamento na região. Com os recursos destinados ao fundo, pela Noruega e outros países e companhias, serão promovidas, entre outras, ações de recuperação de áreas degradadas e o pagamento de serviços ambientais na região.
Minc anunciou também que conseguiu com o presidente Lula a constituição de um grupo, formado por três mil homens, dentro do Ibama e do Instituto Chico Mendes, para ações de repressão aos crimes ambientais em várias partes do país.
Além disso, anunciou que, horas depois, estaria em Brasília divulgando a lista dos 100 maiores desmatadores da Amazônia e anunciando a formação de uma força federal de combate aos crimes ambientais, com o Ministério Público Federal e a Advocacia-Geral da União, para a agilização do ajuizamento de ações contra os desmatadores da floresta.
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