O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, elogiou nesta sexta-feira (13) a forma de gestão e administração conduzida no Jardim Botânico do Rio Janeiro. A observação foi feita durante a solenidade de aniversário de 200 anos da instituição.
Ele comparou o tempo de existência do jardim a um "rapaz de 200 anos que ainda tem pique e vitalidade" e desejou o mesmo perfil para todos os parques brasileiros - embora sabendo que eles não tenham os atributos do Jardim Botânico. "Além de parque, o jardim é um acervo, uma instituição de pesquisa e um local onde se pode acessar uma quantidade enorme de informações ambientais e pedagógicas", destacou.
Minc participou da solenidade ao lado do ministro interino da Cultura, Juca Ferreira; do presidente do JBRJ, Listz Vieira; e do prefeito do JBRJ, Guido Gelli. O lançamento do Selo e da Medalha Comemorativos dos 200 anos marcou o ponto alto da festa de aniversário. Antes da festa de lançamento, Carlos Minc, ao lado de Listz Vieira e do prefeito do JBRJ, plantou uma muda de Palmeira Imperial na entrada principal do parque. Listz informou que o JBRJ recebe por ano cerca de 600 mil visitantes, sendo um dos locais mais visitados do país.
O JBRJ foi fundado em 13 de junho de 1808 por Dom João, então príncipe regente, mais tarde Dom João VI. São 137 hectares de extensão, sendo 55 abertos à visitacão. O parque abriga um acervo botânico da flora brasileira e exótica e um acervo histórico-cultural.
Cumprindo agenda no Rio de Janeiro, o ministro participou, ainda, da posse da secretária do Ambiente do Estado, Marilene Ramos, e da reunião do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas.
Na transmissão de cargo da secretária, Minc disse que dentro de um mês deverá anunciar o programa "Rio de Janeiro Amigo da Amazônia". A proposta é determinar que o estado não compre um produto sequer que seja originário do desmatamento da Floresta Amazônica.
Durante o fórum, lembrou que na segunda-feira (16) entrará em vigor mais uma medida do pacote de ações de combate ao desmatamento na Amazônia. A partir desta data, siderúrgicas, frigoríficos e madeireiras terão de cumprir a Lei de Informação Ambiental (Lei 10.650/2003), que permite acesso público aos dados e informações existentes nos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama). Isto é, o governo saberá se os produtores estão comprando matéria-prima de áreas legais ou não.
Minc anunciou que no início de julho será criado oficialmente o Fundo de Proteção e Conservação da Amazônia, que pretende captar contribuições voluntárias para investir na redução de desmatamento da floresta. A iniciativa já tem assegurados US$ 100 milhões do governo norueguês, que se comprometeu a doar igual valor por ano pelos próximos cinco anos.
Durante a reunião do Fórum, Minc anunciou que o Plano Nacional sobre Mudança do Clima será apresentado no dia 21 de setembro, e conterá ações e medidas para a mitigação da mudança do clima e a adaptação aos seus efeitos. O Plano deverá ser estruturado com base em quatro eixos: mitigação, vulnerabilidade, impacto e adaptação; pesquisa e desenvolvimento; e capacitação e divulgação.
A secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Suzana Kahn, também apresentou aos participantes a proposta que institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima, enviada pelo governo ao Congresso Nacional este mês, e que traz as diretrizes para elaboração do Plano.
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