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Secretária do MMA defende crescimento do Brasil com matriz energética limpa

Publicado: Quarta, 07 Maio 2008 21:00 Última modificação: Quarta, 07 Maio 2008 21:00

Gisele Teixeira

A secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Thelma Krug, afirmou nesta quinta-feira (8) que o atual ritmo de crescimento do Brasil já está impondo ao País um novo desafio: manter sua matriz energética limpa do ponto de vista do clima, como é hoje. "Como crescer de forma sustentável? A questão está posta e não deve sair da agenda nos próximos anos", disse, durante a III Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), em Brasília. O evento é promovido pela Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do MMA.

Atualmente, quase metade (45,1%) da energia consumida no País é gerada por fontes renováveis, como biocombustíveis e energia hidrelétrica. Esse número coloca o Brasil em primeiro lugar entre os países que mais utilizam fontes renováveis em todo o mundo, as chamadas fontes limpas. Mas dados preliminares do Balanço Energético Nacional de 2007, divulgados hoje (8) pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), indicam que a demanda do país por energia já está crescendo mais que o Produto Interno Bruto (PIB). Em 2007, foi de 5,9%, 0,5 ponto percentual acima do crescimento do PIB.

Atualmente, a emissão de CO2 proveniente da queima de combustíveis fósseis para gerar energia não é a principal preocupação do Brasil, tendo em vista que 75% das emissões nacionais são provenientes do desmatamento. Mas com o crescimento do País, segundo a secretária, o Brasil precisa urgentemente unir o combate à derrubada da floresta com as melhores soluções de eficiência energética.

Thelma aproveitou a III CNMA, que reúne cerca de 2 mil pessoas, para transpor para uma linguagem acessível os difíceis termos técnicos ligados às mudanças do clima. Em uma apresentação didática, explicou aos participantes o que está em jogo nas negociações internacionais, como a segunda fase do Protocolo de Quito. Ela informou, por exemplo, que as emissões per capita de C02/ano são de 1,76 toneladas no Brasil, contra 19,73 toneladas nos Estados Unidos e 9,52 toneladas no Japão. "Não é possível que tenhamos as mesmas obrigações no protocolo. Aqui no Brasil não se trata de ter três geladeiras, e sim de ter luz para todos", disse.

As mudanças climáticas são o principal tema da III CNMA, que termina no sábado. As contribuições do debate serão consolidadas em um documento a ser entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e deverão ajudar a compor o Plano Nacional de Mudanças do Clima. Entre as propostas que já surgiram nos estados estão, por exemplo, a criação de sistemas de alerta precoce conjugando a previsão de eventos climáticos extremos com mapas de vulnerabilidade e o incentivo à construção de barragens, reservatórios e adutoras contra eventos extremos, como enchentes, secas e erosão.

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