Aida Feitosa
Durante a primeira reunião do bureau da Oitava Conferência da Partes (COP-8) que acontece nesta terça-feira (5), em Brasília, a ministra do Meio Ambiente Marina Silva destacou a importância de avançar na velocidade de implementação da Convenção e na adoção do regime internacional de acesso e repartição de benefícios.
"Para isso, precisamos nos valer de todas as alternativas existentes como a cooperação norte-sul, a cooperação sul-sul, capacitação, apoio das agências de desenvolvimento, GEF e PNMA. Cada um desses recursos tem sido utilizado em maior ou menor escala, com graus variados de sucesso, mas o desafio de
reverter significamente a perda da biodiversidade do planeta pede mais, muito mais", ressaltou a ministra.
Marina Silva disse ainda que as negociações para a adoção de um regime internacional de acesso e repartição de benefícios devem ser intensificados inclusive na tentativa de superar a meta de adoção do regime em 2010. "Se pudermos avançar antes disso, melhor. Gostaria que fosse possível chegarmos à COP-9, na Alemanha, em estágio muito avançado na discussão dessa matéria. Mais do que chegamos em Curitiba."
O secretário-executivo da Covenção sobre Biodiversidade, Ahmed Djoghlaf, ressaltou ainda que o período de 2006 a 2008 - momento em que o Brasil preside a convenção - é crucial para barrar a perda de biodiversidade no mundo e cumprir a meta de 2010. "Oito meses depois da COP-8, em Curitiba, o bureau se reúne na capital do Brasil. É um simbolismo importante, pois é a primeira vez que a reunião acontece isoladamente, sem estar em paralelo a outra."
O bureau da COP-8 é a mesa consultiva do Secretariado da Convenção sobre Biodiversidade. Com membros rotativos, a mesa tem a função de promover atividades que visem o cumprimento da Convenção. Os países participantes desse biênio são: Colômbia, Chile, Canadá, Espanha, Nigéria, Camarões, Iêmen, Butão, Ucrânia,
Croácia e Alemanha.
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