A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nesta terça-feira ter a consciência de que o problema do desmatamento na Amazônia não será resolvido apenas com as ações de comando e controle do governo, mas a partir de uma interferência objetiva no momento de desenvolvimento da região. Marina Silva avaliou que esse processo já está em curso e será alavancado com a participação da sociedade brasileira. "Queremos mudar de fato o modelo de desenvolvimento econômico e social na Amazônia", disse a ministra ao participar do quarto seminário técnico-científico de análise de dados referentes ao desmatamento na Amazônia Legal, realizado na terça e quarta-feiras na sede do Centro Operacional de Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), em Brasília.
Promovido pelo Ministério do Meio Ambiente, o encontro reuniu membros dos setores governamentais, não-governamentais e instituições que vêm realizando estudos para identificar as causas do desmatamento na região amazônica. O seminário teve como objetivo promover uma nova rodada de diagnósticos dos resultados da série histórica dos dados do Instituto de Pesquisa Espacial (Inpe) entre os anos de 2001 a 2005. A idéia do seminário, uma das ações do Plano para Prevenção e Controle do Desmatamento desenvolvido pelo governo federal, foi debater os principais vetores dos desmatamentos, tendências e os cenários para a região da Amazônia Legal, além de buscar definir áreas críticas onde deverão ser priorizadas as medidas emergenciais de combate ao desmatamento ilegal. Marina Silva fez um avaliação sobre as contribuições do seminário para a questão do desmatamento na Amazônia, desde a sua primeira edição em 2003. "Hoje não discutimos apenas como reduzir o desmatamento nem quais são as ferramentas, mas também qualificando a natureza", afirmou.
Durante o encontro, encerrado nesta terça-feira, as instituições presentes, como Instituto Socioambiental, Museu Emílio Goeldi, WWF, Ibama, Ministério da Aeronáutica, entre outras, apresentaram seus estudos sobre as causas da redução do desmatamento na Amazônia ao em 2005 e apontaram contribuições para combater o desmate na região. As sugestões serão sistematizadas pelo Ministério do Meio Ambiente e vão colaborar para continuidade das ações de combate ao desmatamento ilegal na Amazônia.
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