Termina nesta quarta-feira (19), em Campina Grande (PB), o seminário "Construção do Programa de Formação à Distância para Educação Contextualizada nas Áreas Suscetíveis à Desertificação". O encontro, promovido pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com o Ministério da Educação e Universidade de Brasília, debate o problema da desertificação no semi-árido brasileiro e o Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação - PAN-Brasil. O objetivo do seminário é construir um programa para capacitar professores do ensino médio e fundamental a trabalharem uma abordagem sobre meio ambiente, semi-árido e degradação de terras/desertificação.
O evento está inserido na programação comemorativa do Ano Internacional dos Desertos e da Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca, definido pela Assembléia Geral da Organizações Nações Unidas (ONU). No Brasil, as áreas suscetíveis à desertificação atingem 1.482 municípios, que apresentam os menores Índices de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) do país, abrange nove estados do Nordeste, além do norte de Minas Gerais e noroeste do Espírito Santo. Essas áreas representam um total de 1.338.000 km2 (15,72% do território brasileiro) e abrigam uma população de mais de 31.6 milhões de habitantes (18,65% da população do país).
O coordenador técnico de Combate à Desertificação do Ministério do Meio Ambiente, José Roberto Lima, que participa do encontro, ressalta que a luta contra a desertificação passa por ações educacionais no semi-árido nordestino. A desertificação não é apenas um problema ambiental, mas também social. Para conseguir barrar esse processo seriam necessárias ações para dirimir a pobreza nas localidades que circulam as áreas de risco, afirmou.
Participam do seminário, o secretário de Recursos Hídricos do MMA, João Bosco Senra, o diretor de Educação Ambiental do MMA, Marcos Sorrentino, representantes do Ministério da Educação, da Universidade de Brasília, especialistas e educadores de todo o país.
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