Gerusa Barbosa
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, assinou nesta quinta-feira (13), em Paraty, no Rio de Janeiro, um protocolo de intenções para a pavimentação da estrada que liga o município carioca à cidade de Cunha, em São Paulo. O trecho de 9 Km da RJ-165 é de terra. A estrada Paraty-Cunha, como é conhecida, passa pelo meio da Mata Atlântica, já que corta o Parque Nacional da Bocaina.
A pavimentação da estrada é uma polêmica que se arrasta há cerca de 50 anos. Estudos revelam que ela foi aberta em 1560, para o escoamento do ouro de Minas Gerais em direção ao Porto de Paraty. Ela foi construída por escravos e índios e abandonada após o ciclo do ouro. Só foi retomada no início da década de 50.
O ministério e o Ibama firmaram uma parceria com as prefeituras de Cunha, São Paulo e Paraty para pavimentar a estrada. A Eletronuclear também se comprometeu em auxiliar na captação de recursos para a obra, que será compatível com o plano de manejo do parque. "Os arranjos estão sendo feitos em cumprimento da legislação brasileira", disse a ministra.
Ainda em Paraty, Marina Silva assinou dois termos com a Eletronuclear. Num, a companhia se compromete a investir R$ 1,8 milhão no Parque Nacional Bocaina e na Estação Ecológica de Tamoios como compensação ambiental pela Usina Angra II. Noutro, ela doa uma sede para a Estação Ecológica. "A compensação ambiental é uma obrigação para todo o investimento que tenha impacto ambiental", destacou a ministra. Para Marina Silva, essa é uma demonstração de que é possível compatibilizar desenvolvimento com preservação ambiental e de criar uma cultura de sustentabilidade.
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