Aida Feitosa
Resultados do Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil foram apresentados, nesta quarta-feira (07), em audiência na Câmara dos Deputados. Para a secretaria de Coodenação da Amazônia, do Ministério do Meio Ambiente, Muriel Saragoussi, que participou da audiência como expositora, políticas públicas como os planos Amazônia Sustentável e de Combate e Controle ao Desmatamento "bebem na fonte do Programa Piloto, que tem um histórico de boas experiências".
Entre as ações apresentadas pela secretária da Amazônia do MMA, Muriel Saragoussi, estão: iniciativas promissoras de manejo florestal, capacitação da população local, melhora da sustentabilidade dos povos indígenas, fortalecimento das populações ribeirinhas nas vázeas na região central da bacia amazônica, criação de corredores ecológicos para preservação da biodiversidade, articulação institucional das organizações não-governamentais que atuam na Mata Atlântica e, ainda, a elaboração de mapas temáticos das reservas extrativistas.
O conselheiro-chefe do Departamento de Cooperação Técnica e Financeira da Embaixada da Alemanha, Rainer Willingshofer, destacou o saldo positivo do projeto. "Constamos grandes avanços de planejamento, como na área de influência da BR-163", disse. "Estamos incentivando iniciativas sustentáveis. Já foram investidos US$ 400 milhões de dólares e, em 2005/2006, o governo alemão já disponibilizou 60 milhões de Euros", afirmou Willingshofer, também membro do Comitê de Doadores do programa.
Para a presidente do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), Maria Araújo de Aquino, a importância do Programa Piloto é medida pela sua capacidade de trazer a pauta do desenvolvimento sustentável amazônico para a sociedade brasileira. "Isso possibilita a participação concreta dos atores locais e empodera as comunidades para atuar na construção de políticas públicas", ressaltou.
De acordo com a deputada Maria Helena (PSB/RR), autora do pedido para realização do debate na Câmara, juntamente com o MMA, o parlamento deve acompanhar as ações do governo brasileiro e dos países doadores.
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