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R$ 1 milhão para projeto pioneiro de manejo florestal

O maior projeto de manejo comunitário em uma unidade de conservação no Brasil será lançado oficialmente nesta sexta-feira (9), em Santarém (PA). É o Projeto Ambé, que investirá R$ 1 milhão na exploração de madeira e outros produtos florestais.
Publicado: Terça, 06 Dezembro 2005 22:00 Última modificação: Terça, 06 Dezembro 2005 22:00
Gisele Teixeira

Será lançado oficialmente nesta sexta-feira (9), em Santarém (PA), o maior projeto de manejo comunitário em uma unidade de conservação no Brasil. Batizado de Projeto Ambé, a iniciativa irá explorar madeira e outros produtos florestais em um uma área de 32 mil hectares na Floresta Nacional (Flona) do Tapajós, onde existem cerca de 1.900 famílias distribuídas em 29 comunidades. A proposta receberá doação de R$ 1 milhão. Os recursos são oriundos do governo alemão, por meio do Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil e do Projeto de Apoio ao Manejo Florestal na Amazônia (ProManejo).

O projeto foi aprovado, em caráter experimental, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) com base na Lei 9985/2000, do Sistema de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), que garante a populações tradicionais que vivem em florestas nacionais a utilização sustentável dos recursos naturais. De acordo com o diretor de Florestas do Ibama, Antonio Carlos Hummel, a primeira unidade de produção autorizada possui 100 hectares. "É uma proposta inédita, que pode se tornar modelo para outras experiências de desenvolvimento sustentável na região", destacou.

Segundo ele, o projeto produzirá indicadores e referências para subsidiar diretrizes de desenvolvimento sustentável e definição de políticas públicas para toda a Amazônia.

Além da madeira, que será comercializada em toras, o projeto inclui o aproveitamento de produtos de outras 13 espécies de árvores. Da Andiroba e do Cumaru, por exemplo, serão utilizados os frutos e sementes. Já da Copaíba e da Seringueira, a comunidade aproveitará leites, óleos e resinas. Há, ainda, a previsão de beneficiamento de cascas, como no caso da Quinarana, do Pau Rosa e da Preciosa. Antes de iniciar a exploração, no entanto, os manejadores fizeram um curso de capacitação em derrubada direcionada, saúde e segurança do trabalho e, ainda, planejamento de estradas secundárias e terciárias.

Para essa primeira etapa, de 100 hectares, a previsão de produção é de 3 mil metros cúbicos de madeira em toras. No segundo ano, a meta é aumentar a área explorada para 300 hectares e, no terceiro ano de produção, para 500 hectares. A gestão do projeto ficará a cargo da Cooperativa Flona Tapajós Verde, personalidade jurídica executora do projeto, formada por três associações comunitárias da região.

Criada em 1974, a Flona do Tapajós tem 545 mil hectares. Está localizada no oeste do Pará, numa das áreas mais visadas para a expansão da fronteira agrícola. A unidade de conservação tem como limite oeste o Rio Tapajós, e, a leste, a rodovia Cuiabá-Santarém (BR-163), a qual acompanha por 160 quilômetros.

Mais informações em Flona Tapajós

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