O aperfeiçoamento de políticas de prevenção e controle da poluição do ar é o principal foco do acordo de cooperação técnica assinado, sexta-feira passada (4), entre a Fundação Hewlet e a Secretaria de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente. Participaram a ministra Marina Silva, o secretário de Qualidade Ambiental do MMA, Victor Zveibil, o representante da fundação, Joseph Ryan Jr., o coordenador de Vigilância Ambiental do Ministério da Saúde, Guilherme Franco Netto, e o secretário do Ministério de Ciência e Tecnologia, Luiz Antônio Barreto de Castro.
O acordo terá como referência o investimento em estudos para avaliar os impactos da poluição de veículos e da queima da palha da cana-de açúcar na saúde humana. Também privilegiará o aprimoramento do Programa de Controle da Poluição de Ar por Veículos (Proconve), além de dar início à criação de uma rede virtual de especialistas nacionais e internacionais em poluição atmosférica.
A ministra lembrou que, desde o início de sua gestão, defende a execução de uma política ambiental integrada, com temas transversais, atuando com interface com outros segmentos da sociedade. "O convênio (com a fundação) estabelece exatamente esta busca da competência dos vários segmentos da nossa sociedade, tendo como parceiros ainda os ministérios das Minas e Energia, da Saúde, da Ciência e Tecnologia, das Cidades, do Trabalho", afirmou.
Marina Silva disse que os epsódios como a seca na Amazônia e outros relacionados às mudanças climáticas são motivo de preocupação tanto da sociedade brasileira como da comunidade internacional. "Na parceria com a fundação colheremos um conjunto de propostas que serão implementadas nos estados brasileiros. Estamos procurando ser proativos naquilo que é possível para prevenir o que já se faz necessário", completou a ministra.
Victor Zveibil, secretário de Qualidade Ambiental do MMA, ressaltou que a fundação apoiará a realização de seminários e publicações, além de mobilizar consultores estrangeiros e brasileiros com conhecimentos sobre a poluição do ar e seus reflexos na saúde. Pesquisa do IBGE revela que 1.224 municípios brasileiros demonstram preocupação com a poluição atmosférica. "Em 205 municípios a poluição está ligada aos veículo automotores, nos 786 restantes o problema resulta de queimadas, principalmente da cana-de- açúcar", frisou.
Na opinião de Guilherme Franco Neto, do Ministério da Saúde, a população brasileira sofre cada vez mais com os efeitos da poluição atmosférica. "A primeira causa de internações hospitalares é, disparado, problema no aparelho respiratório. Isto demonstra a importância de iniciativas como o acordo que estamos celebrando", disse.
A Fundação Hewlett procura municiar governos com estudos que promovam melhorias nas políticas públicas. Um dos principais focos da instiuição é a qualidade do ar. De acordo com Andrew Jr., dos U$ 300 milhões investidos anualmente pela instituição, mais de U$ 50 milhões são destinados a estudos voltados para a melhoria do meio ambiente.
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