O Ministério do Meio Ambiente considera o estudo realizado por pesquisadores estrangeiros e brasileiros publicado na revista Science sobre Corte Seletivo na Amazônia Brasileira uma contribuição importante para a pesquisa ambiental, por avaliar o impacto das atividades antrópicas sobre a floresta amazônica, usando o sensoriamento remoto. Instituições brasileiras, como o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Especais) e o Imazon (Instituto do Meio Ambiente e do Homem da Amazônia) contudo, apontam para possíveis inconsistências no estudo.
Por isso, e com o objetivo de aprimorar um debate que leve à técnicas mais apuradas de detecção dos impactos da ação humana na Amazônia, o Ministério do Meio Ambiente decidiu convidar, tanto instituições brasileiras quanto os autores do estudo, para uma reunião de trabalho, a ser acertada na próxima semana.
Entretanto, este Ministério esclarece que o estudo, que avalia a exploração de madeira entre 1999 e 2002, não traz qualquer elemento que permita concluir que o desmatamento na Amazônia seja maior que os números levantados anualmente pelo Inpe. O estudo aponta apenas áreas de corte seletivo que, quando feito de forma predatória, causa impactos na biodiversidade. A pesquisa não trata de desmatamento, que envolve a retirada de 100% da cobertura florestal, sem possibilidade de recuperação da floresta. Tanto é assim, que a área desmatada da Floresta Amazônica, medida anualmente pelo Inpe, não é questionada pelo estudo.
Os dados Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), também do Inpe, apontam uma tendência de redução de 40% no desmatamento da Amazônia este ano. Entretando, tanto o desmatamento como o corte seletivo predatório continuam sendo preocupações extremamente importantes e alvo de amplas ações de prevenção e controle do Governo Federal.
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