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Ministério defende reserva do Riozinho do Anfrísio, no Pará

Publicado: Terça, 16 Agosto 2005 21:00 Última modificação: Terça, 16 Agosto 2005 21:00

O Ministério do Meio Ambiente envia esta semana à Advocacia Geral da União (AGU) as  informações necessárias para garantir a implementação da Reserva Extrativista Riozinho do  Anfrísio, em Altamira, no Pará. O processo de criação da resex é questionado na 1ª Vara Federal de  Santarém pela Indústria, Comércio, Exportação e Navegação Xingu Ltda (Incenxil). A reserva fica na chamada Terra do Meio, região alvo de grilagem e desmatamentos ilegais e palco de conflitos  pela posse da terra e das riquezas da floresta.     

Na documentação que será enviada à AGU, o Ministério do Meio Ambiente atesta que a criação  da reserva atendeu a tudo o que pede a legislação. Os estudos e os debates para a implementação da  resex começaram há mais de dois anos. A área apresenta alto grau de preservação, grande  biodiversidade e a existência de populações tradicionais.

Recentemente, a Justiça Federal em Santarém concedeu liminar em Ação Civil Pública ajuizada  pelo Ministério Público Federal e decretou a indisponibilidade da Fazenda Curuá. O imóvel rural de  quase cinco milhões de hectares também fica na Terra do Meio, e é considerada a maior área grilada  do Brasil. A propriedade era alegada pela Incenxil, do grupo CR Almeida. Com a decisão do juiz  Fabiano Verli, a empresa ficou impedida de negociar as terras ou pleitear indenização por possíveis  desapropriações. A decisão da Justiça pode ser conferida em www.prpa.mpf.gov.br/noticia/CRAlmeida_160805.html
 
A reserva Riozinho do Anfrísio tem 736 mil hectares e faz limite com a Floresta Nacional de  Altamira e com as terras indígenas Xipaya e Cachoeira Seca. Cerca de 47 famílias vivem  praticamente isoladas na área. Antes da criação da área protegida, cerca de 200 famílias habitavam o  local, mas boa parte foi expulsa por grileiros. Esses grupos teriam intensificado sua atuação com o  anúncio do asfaltamento da BR-163.

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