Uma das principais preocupações dos habitantes da Resex Verde para Sempre era quanto à continuidade de suas atividades produtivas, com base na extração de madeira, colheita de castanha e açaí e de outros produtos não-madeireiros e na criação de gado bovino e bubalino. De acordo com a secretária de Coordenação da Amazônia do Ministério do Meio Ambiente, Muriel Saragoussi, será elaborado um plano emergencial para encaminhar a transição para atividades mais sustentáveis. "Será feito um acordo com os moradores sobre como será o futuro da agropecuária na reserva e para substituir a criação de búfalos por atividades igualmente rentáveis ao longo dos anos", explicou.
A secretária deixou claro que a retirada de madeira da resex só poderá continuar com planos de manejo comunitários, tornando a área uma fornecedora de madeira legalizada para as indústrias da região. Os planos serão gerenciados pelas comunidades e definirão onde e quando haverá exploração florestal. Muriel Saragoussi ressaltou, também, que a ocupação ilegal (grilagem) de terras públicas não gera qualquer direito de posse. O Incra e o Ibama avaliarão os casos de terras ocupadas ilegalmente dentro da reserva e tomarão as medidas necessárias para resolver o problema. Queremos mais e melhor uso da floresta, gerando empregos, distribuição de renda e justiça social, disse.
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