Representantes dos Governos do Brasil, Uruguai, Argentina, Paraguai, Chile e Colômbia, da Organização Marítima Internacional (IMO), e do Programa das Nações Unidades para o Meio Ambiente (Pnuma) discutem entre os dias 26 e 28 próximos, no Hotel Saint Paul, em Brasília, a adoção de um Plano Regional de Ação Estratégica para Controle e Gestão da Água de Lastro de Navios e de Espécies Aquáticas Invasoras.
Em fevereiro, a Organização Marítima Internacional, agência das Nações Unidas responsável pela segurança da navegação e prevenção da poluição marinha, adotou uma nova Convenção Internacional para Controle e Gestão da Água de Lastro e Sedimento de Navios. O objetivo é reduzir a transferência indesejável de espécies exóticas e patógenos por meio da água de lastro dos navios, que é, normalmente, usada para garantir sua estabilidade.
O Brasil, por meio da Secretaria de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, participa do Programa Global de Gerenciamento de Água de Lastro (GloBallast), desenvolvido pela IMO, para ajudar os países em desenvolvimento no trato do problema, visando a implementação da nova regulamentação. O encontro da próxima semana vai debater e procurar consolidar regionalmente articulações em andamento nos países participantes, em especialmente aquelas referentes ao Subgrupo de Trabalho do Mercosul.
A água de lastro é essencial para a segurança das operações de navegação modernas, proporcionando equilíbrio e estabilidade aos navios sem carga. A prática, no entanto, pode causar sérias ameaças ecológicas, econômicas e à saúde, pois juntamente com o lastro podem ser transportadas algas tóxicas, espécies patogênicos, como o vibrião colérico, e exóticas, como o mexilhão dourado que está se alastrando pelos rios na região Sul e no Pantanal, estando também presente na Argentina, no Uruguai e no Paraguai.
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