O Ministério do Meio Ambiente participou, na manhã desta quarta-feira, no Palácio do Itamaraty, da abertura da Conferência Regional para América Latina e Caribe sobre Energias Renováveis. O evento reúne especialistas e representantes dos governos regionais para organizar as posições dos países, em torno da Iniciativa Latino-Americana e Caribenha, para a Conferência Internacional de Energias Renováveis, que se realizará na cidade alemã de Bonn, em junho de 2004.
Para o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Claudio Langone, que participou do debate sobre Energia Renovável e Desenvolvimento Sustentável, os países latino-americanos e caribenhos devem trabalhar para ampliar o aproveitamento de fontes renováveis em suas matrizes energéticas e para racionalizar o aproveitamento dos recursos naturais. "Nem sempre uma fonte renovável é usada de forma sustentável", salientou. Conforme o Balanço Energético Nacional, de 2002, 41% da energia consumida no Brasil é de origem renovável.
De acordo com o coordenador da Unidade de Recursos Naturais e Energia da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), Hugo Altomonte, a maioria dos países da região já possui mais de 10% de fontes renováveis em suas plantas geradoras. No entanto, afirma, grande parte dessa energia é produzida a partir de hidrelétricas e biomassa, principalmente madeira. "Devemos diversificar as matrizes energéticas como forma de trazer alternativas às hidrelétricas e à madeira", disse.
Também participaram do debate Daniel Bouille, da Fundação Bariloche (Chile), e Cristina Montenegro, diretora-regional adjunta do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) no Brasil.
Nesta quinta-feira, às 9h, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros do Meio Ambiente, Marina Silva, das Minas Energia, Dilma Roussef, e das Relações Exteriores, Celso Amorim, participam da Conferência. O evento é organizado pelo governo brasileiro com o apoio da Cepal, do Pnuma e do governo da Alemanha.
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