Brasília – A proposta do Japão para flexibilizar as regras da caça comercial à baleia foi rejeitada pela Comissão Internacional da Baleia (CIB), em votação ocorrida na manhã desta sexta-feira, em Florianópolis (SC), onde ocorre a 67ª sessão plenária da Comissão. Ao todo, 41 países votaram contra a flexibilização, 27 a favor e dois se abstiveram. O resultado se configurou como uma vitória para o Brasil.
Para o secretário de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, José Pedro de Oliveira Costa, essa foi uma das mais importantes reuniões da CIB para o país. “Hoje tivemos a derrota por 68% dos votos da proposta japonesa de voltar à caça comercial. O país sabia que teria pouca chance, mas a derrota ainda foi superior ao esperado”.
José Pedro acredita que, pelo menos até a próxima sessão da CIB, as baleias têm sua proteção garantida. “Não que isso resolva porque o Japão, contrariando decisões da CIB, faz a pesca que chama científica, com a qual mais de mil baleias são mortas por ano. Com a decisão de hoje, ao menos evitamos a pesca avançada com milhares de animais mortos”, disse.
DECLARAÇÃO
O secretário do MMA destacou a aprovação da Declaração de Florianópolis, “muito boa para o Brasil sob vários aspectos”, chamando a atenção para três pontos: a valorização da questão cientifica, o reconhecimento do Atlântico Sul como uma área de especial interesse para a manutenção das populações dessas espécies e o fato de ter reiterado o banimento da caça comercial, que de acordo com ele, foi a grande discussão da reunião.
Aprovado na quinta-feira (13/09), o documento reafirma a importância da manutenção da moratória e reconhece o papel da CIB na recuperação das populações dos grandes cetáceos (mamíferos marinhos).
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