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Encontro de jornalistas foi aberto em meio à Floresta Amazônica

Publicado: Quinta, 04 Setembro 2003 21:00 Última modificação: Quinta, 04 Setembro 2003 21:00

Xapuri (AC) - ?Na floresta amazônica não é preciso plantar nada, basta saber colher o que a floresta nos dá?, disse o governador do Acre, Jorge Viana, na manhã desta quinta-feira (4), na abertura do 1º Encontro Internacional de Jornalismo Ambiental da Amazônia (EIJAA). O evento se realizou em meio à floresta, no Seringal Cachoeira, em Xapuri, distante 120 quilômetros da capital Rio Branco.

 

Para Viana, a pauta ambiental ?é definitiva?, pois a ecologia se tornou um tema de relevância mundial, e ganhou mais espaço na mídia após a morte do líder seringueiro Francisco ?Chico? Mendes. À tarde, os participantes do EIJAA conheceram a casa onde Chico Mendes viveu e foi assassinado, em 1988, e também a Fundação Chico Mendes, responsável pelo acervo e memória do líder seringueiro.

 

Participaram, também, da abertura, o ministro extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome, José Graziano, o diretor do Programa Nacional de Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Carlos Vicente, a presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Beth Costa, e o desenhista Maurício de Souza, além de mais de uma centena de jornalistas, políticos, representantes de organizações não-governamentais. O 1º EIJAA é uma promoção da Fenaj, do Sindicato dos Jornalistas do Acre, do Ministério do Meio Ambiente, do Governo do Acre e do WWF/Brasil.

 

FLORESTANIA ? Para Viana, na busca de um modo diferente de desenvolvimento, não é possível aceitar o conceito de cidadania, pois isso lembra cidade, coisa urbana. Segundo ele, ?o povo da floresta deve defender a florestania, a cidadania do ponto de vista de quem vive na região amazônica?. ?Florestania é felicidade, respeito ao meio ambiente, ganhar dinheiro com a floresta sem destruí-la?, salientou.

 

Para Carlos Vicente, representando a ministra Marina Silva, o trabalho dos meios de comunicação é fundamental para que haja controle social das ações de governo. ?O processo de conhecimento das realidades da Amazônia será fundamental para que possamos chegar a um modelo de desenvolvimento, com equilíbrio ecológico, econômico, social e cultural?, disse. Vicente destacou, ainda, a importância da 1ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, que acontecerá em novembro deste ano, para esse processo. ?Será um espaço de debate onde toda a sociedade trará subsídios para a melhoria da gestão ambiental no país?, salientou.

 

QUEIMADAS ? Durante todo o dia, o céu do Acre esteve encoberto pela fumaça das queimadas. A poluição seria principalmente de queimadas na Bolívia, no Mato Grosso e em Rondônia. Uma pequena parte seria oriunda no próprio Acre. ?O estado é o fumante passivo da Amazônia?, afirmou, ao jornal Página 20, o secretário de Meio Ambiente e Recursos Naturais, Edegard de Deus. Nessa época, em setembro, é comum a ampliação de queimadas na Amazônia, e com o tempo frio, a fumaça não consegue se dissipar.


FOME ZERO ? O ministro extraordinário da Segurança Alimentar e do Combate à Fome, José Graziano, lançou, durante a abertura do EIJAA, o Programa Fome Zero na Amazônia. Nesta etapa, o programa será desenvolvido a partir de um consórcio de municípios, priorizando o desenvolvimento sustentável local. De acordo com Graziano, é necessário grande esforço de toda a sociedade para reduzir os índices de miséria no país, e enfatizou que neste momento não se pode falar em acabar definitivamente com a fome, ?pois só chegaremos a esse estágio quando todos tiverem terra, trabalho, moradia e emprego?.
 

O 1º EIJAA segue até sábado (6) com debates sobre Uso sustentável dos recursos naturais e mercado, Segurança na Amazônia, Direito Ambiental, desenvolvimento sustentável e biopirataria, Unidades de conservação, Recursos hídricos, gestão de bacias e manejo de pesca.

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