Brasília (27/04/2018) – Nesta sexta-feira termina o curso de Educação Ambiental no Contexto da Agricultura Familiar, promovido pelo Ministério do Meio Ambiente para profissionais de São Tomé e Príncipe e Moçambique, na África. Pautado pela troca de experiências com os técnicos do Departamento de Educação Ambiental do MMA e consultores em agroecologia, o intercâmbio deu origem a um grupo informal de cooperação virtual trilateral. A expectativa é de que os conhecimentos possam resultar em planos de intervenção em comunidades locais nos dois países.
"É uma experiência pioneira para o Departamento de Educação Ambiental", disse a diretora de Educação Ambiental do MMA, Renata Maranhão. Ela explicou que, a partir dos resultados práticos a serem alcançados após o retorno dos profissionais a seus países, o intercâmbio poderá crescer e beneficiar tanto os dois países africanos, quanto o Brasil.
Em uma semana, os profissionais em educação ambiental e agricultura dos países africanos tiveram aulas teóricas e práticas. Realizaram, ainda, visitas técnicas a uma agrovila e um projeto de agroecologia em assentamento no DF e a curso do Instituto Federal de Educação voltado para a agricultura sustentável.
Para Alex Bernal, analista ambiental do Ministério que coordenou o projeto, o encontro foi o primeiro passo para que os países lusófonos conheçam as realidades uns dos outros na área de educação ambiental. "Os resultados foram muito bons e indicam que a experiência pode ser ampliada no futuro", avaliou.
PRÁTICA
Na entrega dos certificados, os participantes foram unânimes em avaliar a experiência como proveitosa. Para Felicidade Vitória, do Departamento de Educação Ambiental da Direção Geral do Ambiente de Moçambique, o curso foi bastante proveitoso. De acordo com ela, os conhecimentos práticos adquiridos podem ser bem aproveitados em seu país. "Minha mãe mesma é trabalhadora no campo, onde muita coisa é desperdiçada por falta de conhecimento técnico", revelou. Ela vive em Maputo, capital do país, mas nasceu em uma região interiorana agrícola.
Kassi Costa, geóloga da Direção Geral do Ambiente de São Tomé e Príncipe, destacou as técnicas de saneamento, o aproveitamento da água de chuva e o enriquecimento do solo nas pequenas propriedades que visitou. Ela estudou no Brasil e trabalha com saneamento. O grupo de dez técnicos do qual faz parte traçou as linhas gerais para um plano de ação na comunidade rural de Mesquita, naquele país. A ideia é introduzir a agroecologia para recuperar extensas áreas que estão sendo degradadas pela agricultura intensiva.
O curso de capacitação foi realizado pelo Departamento de Educação Ambiental do MMA como parte do Programa de Desenvolvimento de Capacidades (Human Capacity Development - HCD), organizado pela Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores e pelo Governo Alemão, por meio da GIZ, como parte Cooperação Trilateral Brasil-Alemanha (CTBA).
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Por: Paulenir Constâncio/ Ascom MMA
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