LUCAS TOLENTINO
Brasília (23/01/18) – O Brasil reiterou o comprometimento com o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês). O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, destacou nesta terça-feira (23/01) a importância do mecanismo financeiro para a conservação e a sustentabilidade no Brasil e reforçou o compromisso do país com o GEF. O posicionamento foi defendido na abertura da reunião para a sétima recomposição do Fundo, que ocorre até quinta-feira (25/01) em Brasília.
O encontro faz parte de uma rodada de negociações iniciada no ano passado para definir regras de acesso a recursos do GEF, mecanismo criado há 25 anos para a implementação de objetivos de cinco convenções ambientais. Os países e organismos internacionais reunidos em Brasília discutirão diretrizes do sétimo ciclo de recomposição do Fundo, o GEF 7, que valerá para o próximo quadriênio. O processo terminará no mês de abril, em reunião em Estocolmo, na Suécia.
A redução de 28% do desmatamento nas unidades de conservação da Amazônia e o fortalecimento de programas para áreas protegidas estão entre os avanços alcançados com o apoio do Fundo no país. "Temos certeza de que a nova proposta será mais uma oportunidade de demonstrarmos nosso comprometimento e seriedade na execução de projetos contundentes", declarou Sarney Filho.
SUSTENTABILIDADE
Ao longo dos anos, o Brasil doou U$ 41 milhões e recebeu U$ 836 milhões do Fundo. "O GEF tem um papel fundamental para muitos dos êxitos que alcançamos na agenda ambiental brasileira", ressaltou Sarney Filho em reunião bilateral com a chefia executiva do mecanismo financeiro. O ministro destacou a necessidade de priorizar a sustentabilidade na Amazônia. "Os serviços ecossistêmicos prestados pela floresta devem ser remunerados", defendeu.
A CEO do Fundo Global para o Meio Ambiente, Naoko Ishii, enfatizou a importância da integração diante das diferentes circunstâncias de cada país. "O GEF deve e pode prover oportunidades para ajudar cada nação a fazer sua melhor contribuição nesse objetivo, que é de todos", afirmou Naoko. "A ambição deve ser mantida de forma bastante clara porque o desafio é enorme", declarou o vice-presidente de Finanças do Banco Mundial, Alex Van Trotsenberg.
O subsecretário-geral de Meio Ambiente do Ministério de Relações Exteriores (MRE), embaixador José Antônio Marcondes de Carvalho, destacou os resultados positivos a nível mundial trazidos pelos 109 projetos brasileiros apoiados pelo GEF. "O GEF é e deve continuar a ser um mecanismo voltado a maximizar os benefícios ambientais globais", defendeu Marcondes.
O GEF
Iniciado como um programa piloto em 1992, o GEF é, hoje, o mecanismo financeiro das convenções sobre Mudança do Clima (UNFCCC), Diversidade Biológica (CBD), Combate à Desertificação (UNCCD), Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs) e de Minamata sobre Mercúrio. O Brasil aderiu ao GEF em 1994, como doador e receptor de recursos.
Atualmente, o Fundo engloba 183 países, 18 agências parceiras e uma rede de representantes da sociedade civil e do setor privado. Os recursos provêm de 39 países, majoritariamente desenvolvidos. O grupo de países em desenvolvimento que são, ao mesmo tempo, receptores e doadores, inclui Brasil, Argentina e México.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA)
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