DA REDAÇÃO*
Mais de 1 mil compromissos voluntários foram apresentados pelas nações durante a Conferência dos Oceanos, encerrada nesta sexta-feira (09/06), em Nova Iorque, depois de cinco dias de debates. “Esta a conferência é um ponto de virada para a proteção do oceano para a posteridade”, afirmou o presidente da Assembleia Geral da ONU, Peter Thomson.
Os países participantes mostraram esforços para ampliar a cobertura de áreas protegidas marinhas e reduzir ou proibir plásticos de uso único, iniciativas regionais e mecanismos financeiros inovadores para a gestão sustentável dos oceanos. Uma dessas iniciativas foi o lançamento da proposta do Fundo Azul, apresentada pelo Brasil entre os seus compromissos voluntários.
SANTUÁRIO DE BALEIAS
Também ganhou força a mobilização do Brasil, Argentina, Gabão, África do Sul e Uruguai para a criação do Santuário de Baleias do Atlântico Sul. A iniciativa foi tema do evento paralelo (side event) organizado pela delegação brasileira durante a Conferência. Além de representantes dos governos e das entidades apoiadoras do Santuário, como a WWF e a Conservação Internacional, estavam presentes personalidades engajadas na conservação da biodiversidade marinha.
O artista, empreendedor e ambientalista Oskar Metsavaht, fundador do Instituto-E e embaixador da Boa Vontade da Unesco para Cultura da Paz, foi um dos apoiadores do evento brasileiro. “É necessária uma aliança verdadeira entre países africanos e sul-americanos para proteger as baleias”, afirmou Metsavaht. Também estavam presentes Fabien Cousteau, fundador e presidente do Centro de Aprendizagem sobre Oceano (OLC); Francesca Thyssen von Habsburg, presidente da Fundação de Arte TBA21; e Joshua Zeman, documentarista e produtor cinematográfico, entre outras personalidades.
“O Santuário de Baleias busca evitar, mitigar e reduzir impactos e ameaças no Atlântico Sul e está relacionado diretamente com quatro das sete metas do ODS 14: o incentivo ao turismo sustentável, a redução da acidificação do oceano, a restauração dos estoques pesqueiros e o fortalecimento da resiliência, produtividade e saúde dos oceanos. Ou seja, não apenas é essencial conservamos a espécie, mas, sem ela, todo o meio ambiente marinho do Atlântico Sul será prejudicado”, comenta Anna Carolina Lobo, coordenadora do Programa Mata Atlântica e Marinho do WWF-Brasil.
PESQUISAS
As discussões desta semana também focaram na importância de se estabelecer parcerias para o aumento do conhecimento científico, desenvolvimento da capacidade de pesquisa e transferência de tecnologia marinha. Os participantes abordaram, ainda, a necessidade de compreender as respostas dos ecossistemas marinhos e das espécies à mudança do clima, assim como a elaboração de políticas baseadas em ciência.
Participaram cientistas, pesquisadores do oceano, cineastas, ativistas, conservacionistas, empresários privados e representantes da comunidade e da juventude em iniciativas para reverter a degradação dos oceanos.
*Com informações das Nações Unidas.
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