WALESKA BARBOSA
Fazer com que o índice de infestação do mosquito transmissor da dengue, vírus Zika e febre Chikungunya aumente ou diminua em 2017 depende do compromisso de cada um e de todos os brasileiros.
A mensagem foi passada pelo ministro substituto do Meio Ambiente, Marcelo Cruz, ao participar, em São Luís (MA), da Campanha de Mobilização Nacional contra o Mosquito, lançada nesta sexta-feira (02/12), pelo governo federal em todo o país.
“Não existe outra forma de combater essas doenças, a não ser combatendo o mosquito”, afirmou o ministro substituto. “Embora hoje seja o dia de mobilização nacional, é importante manter a vigilância durante todo o ano, com apoio da população”, destacou.
Entrevista do ministro substituto ao telejornal Bom Dia Mirante.
Marcelo Cruz visitou a Unidade Integrada Japiauçu, com 2 mil alunos, no bairro Anjo da Guarda, mais populoso da capital e onde se encontrou com estudantes do ensino fundamental. Para o público de crianças e adolescentes, ele destacou a necessidade de cada um servir de multiplicador em suas casas sobre as formas de combate e prevenção ao mosquito.
DESCARTE ADEQUADO
Também chamou a atenção para o papel do governo federal no combate ao mosquito e para a necessidade do descarte adequado dos resíduos, lembrando que o lixo a céu aberto pode servir de criadouro ao mosquito, sobretudo quando se aproxima o período chuvoso que, em São Luís, vai de janeiro a junho.
O evento contou com a presença do secretário de Recursos Hídricos, Jair Tannus, e da diretora de Ambiente Urbano, Zilda Veloso, ambos do MMA, além de autoridades ligadas aos governos estadual e municipal, além das polícias.
Representando a Secretaria Estadual de Educação, Ismael Cardoso pediu aos alunos presentes que ajudassem a combater o mosquito, em casa e na escola. “Vocês são soldados mirins dessa batalha”, afirmou.
DADOS DO MARANHÃO
Para o secretário estadual de Saúde, Carlos Lula, lançar a campanha nacionalmente é uma atividade simbólica e muito importante. Ele disse que se em 2016 os índices de infestação não caíram, o desafio para o próximo ano é ainda maior. “O nosso foco é nas residências, onde se pode combater o mosquito para prevenir as doenças que ele transmite”.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, de janeiro até o final de novembro de 2016 foram notificados, no Maranhão, 23.794 casos de dengue, 13.392, de Chikungunya e 4.702 de Zika.
O secretário estadual de Meio Ambiente e Recursos Naturais, Marcelo Coelho, conclamou cada um a repensar o comportamento, principalmente com relação ao descarte do lixo. “Se a gente mudar, o resultado aparece”, disse.
PROGRAMAÇÃO
Em São Luís, o lançamento da campanha de Mobilização Nacional Contra o Mosquito contou com a presença da Banda Musical Tiradentes, do Colégio Militar. Também houve a realização de oficinas de reciclagem por meio de hortas. “Usamos o vidro, garrafas PET e pneus, que são os materiais onde se encontram mais criadouros do mosquito, para mostrar que os produtos podem ter um ciclo de vida maior e não apenas ser descartados de forma inadequada, como lixo”, disse uma das responsáveis pela atividade, Débora Danna, da Secretaria Estadual de Meio ambiente.
A Secretaria de Saúde montou um estande com um microscópio para que o público pudesse analisar cada fase do mosquito antes virar adulto. “Queremos conscientizar a população de que enquanto está em fase de ovo, larva e pupa, é mais fácil proceder ao combate, eliminando criadouros, disse o técnico em entomologia, Jorge Luís.
Daniel Santos da Silva, 11 anos, fez a observação com o equipamento e gostou da experiência. “É bom saber qual o mosquito que vai causar essas doenças. Temos que nos preservar”, disse o estudante cujo irmão, de 13 anos, já foi diagnosticado com Zika, esse ano.
SALA ESTADUAL DE MOBILIZAÇÃO E CONTROLE
O ministro substituto Marcelo Cruz participou ainda do lançamento de um hotsite, na página da Secretaria Estadual de Saúde (www.saude.ma.gov.br), com os dados sobre índices de infestação, número de notificações, formas de combate e prevenção, além de portarias, normas técnicas e boletins epidemiológicos e outras informações.
Ele visitou a Sala Estadual de Mobilização e Controle do Aedes aegypti, instalada na Secretaria Adjunta de Políticas de atenção Primária e Vigilância em Saúde.
“A sala tem a função de monitorar e acompanhar o índice de infestação e situação epidemiológica dos municípios, além de integrar ações junto às outras secretarias – entendemos que o combate ao mosquito não é só de responsabilidade da área da saúde mas de todas as pastas do governo estadual” , afirma a coordenadora do Programa Estadual das Arboviroses Dengue, Chikungunya e Zika, Joseneide Vitória Matos Silva.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA): (61) 2028-1227
Redes Sociais