LUCAS TOLENTINO
Enviado especial a Marrakech
O Brasil vai se alinhar com o setor produtivo para o desenvolvimento de uma economia de baixo carbono. O governo federal reuniu-se nesta quarta-feira (16/11) com representantes da iniciativa privada e da sociedade civil para discutir o assunto em evento paralelo na programação oficial da 22ª Conferência das Partes (COP 22), em Marrakech, Marrocos. O encontro teve o objetivo de fomentar a cooperação entre os setores para conter a temperatura média do planeta.
Chefe da delegação brasileira em Marrakech, o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, destacou que o país está entre os mais atuantes frente à mudança do clima e declarou que a intenção é aumentar a ambição. “Vamos superar as nossas metas de forma aliada à geração de emprego e renda”, afirmou. Segundo ele, a cooperação com o empresariado e os fundos internacionais será fundamental. “Precisamos de ideias criativas para mobilizar recursos”, acrescentou.
TENDÊNCIA
O encontro promovido pelo Brasil discutiu mecanismos financeiros no contexto do Acordo de Paris, pacto concluído no ano passado para frear o aquecimento global. No debate, foram apresentadas soluções capazes de conferir, de maneira positiva, valor aos esforços setoriais de corte de emissões. “É preciso transformar a descarbonização em uma tendência econômica”, defendeu o secretário-executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Alfredo Sirkis.
O custeio de medidas de redução de emissões de gases de efeito estufa está entre os principais assuntos em pauta na COP 22. “O financiamento é uma grande questão, mas há oportunidades”, afirmou a presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Marina Grossi. Em relação ao tema, a entidade lançou um estudo sobre os chamados mecanismos de precificação do carbono, com informações sobre os benefícios socioeconômicos.
SAIBA MAIS
A COP 22 ocorre em Marrakech até o dia 18 de novembro com o objetivo de regulamentar os detalhes acerca do Acordo de Paris. Esse pacto representa um esforço de mais de 190 países para conter as emissões de gases de efeito estufa e, com isso, limitar o aumento da temperatura a média global a bem abaixo de 2ºC. Para isso, cada país apresentou metas voluntárias para implementação em seus próprios territórios. Considerada uma das mais ambiciosas, a meta brasileira é reduzir em 37% as emissões até 2025, com indicativo de chegar a 43% em 2030.
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