WALESKA BARBOSA
O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, destacou, nesta terça-feira (04/10), a importância do compartilhamento de boas práticas para a implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Propostos pela Assembleia Geral das Nações Unidas, no ano passado, os ODS devem ser implementados por todos os países do mundo durante os próximos 15 anos, até 2030.
“A cooperação internacional e Sul-Sul têm um papel importante para a construção de um mundo em que os padrões de produção, consumo e uso de recursos naturais sejam sustentáveis e a aplicação da tecnologia leve em consideração seus efeitos sobre o clima. Ainda, em que se respeite e faça uso judicioso da biodiversidade em um planeta resiliente, onde a humanidade viva em harmonia com a natureza e, todos os seres vivos sejam protegidos”, afirmou.
Sarney Filho participou, na manhã desta terça-feira, em Brasília, da abertura do Simpósio Regional: Enfoque Integrado para o Desenvolvimento Sustentável na América Latina e Caribe, realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), em parceria com o MMA. A iniciativa integra o projeto Enfoque Integrado para Sustentabilidade Ambiental no Planejamento do Desenvolvimento, desenvolvido pela agência com recursos brasileiros.
DESAFIOS
“Trata-se de apoiar os países da América Latina e do Caribe e destacar as ações em curso na região para fazer frente aos desafios que estabelecem a promoção do desenvolvimento sustentável a partir de um enfoque integrado, que incorpore de forma equilibrada as dimensões ambiental, social e econômica”, destacou Sarney Filho.
De acordo com o ministro, o mundo não suporta mais o modelo de desenvolvimento atual e é fundamental que o modo como as sociedades produzem e consomem bens e serviços seja transformado. “Devemos trilhar o caminho da prosperidade, da inclusão e do bem-estar rumo a economias de baixo carbono e enfrentar os desafios das mudanças climáticas em linha com os compromissos assumidos no Acordo de Paris e desenhados na Rio +20”.
TROCA DE EXPERIÊNCIAS
Sarney Filho disse que as experiências escolhidas para o Simpósio apontam a direção a seguir e que os debates permitirão vislumbrar possíveis iniciativas de cooperação Sul-Sul, entre os países da região e até de fora das Américas. “Essas experiências abordam temas diversos, das diferentes esferas governamentais. Além disso, demonstram a engenhosidade, o espírito de cooperação e, sobretudo, a vontade política de tornar realidade o paradigma de desenvolvimento cunhado nas grandes conferências ambientais”.
O ministro acredita em um desenvolvimento que só é pleno quando a busca da prosperidade se alia à conservação e ao uso sustentável dos recursos naturais, o que requer a inclusão social, mediante a observação dos consensos mundiais já formulados. Ele também falou sobre a Agenda 2030, como um plano de ação para as pessoas, o planeta e a prosperidade, com ênfase na necessidade de ação colaborativa de todos os atores envolvidos e na crença de que ninguém será deixado para trás, como propõe o texto da ONU.
De acordo com Sarney Filho, os 17 objetivos e 169 metas dos ODS ampliam o escopo e a ambição da atual agenda ambiental global e deverão inspirar as decisões dos governantes e demais atores envolvidos, nos próximos quinze anos, tanto nas dimensões nacional e internacional, quanto naquelas regional e sub-regional.
PROGRAMAÇÃO
O evento acontece entre hoje e amanhã, no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Brasília, com o objetivo de promover o compartilhamento de conhecimento e a troca de experiências para desenvolver abordagens integradas e fomentar a implementação dos resultados da Conferência Rio +20 e da Agenda 2030 na América Latina e no Caribe.
A programação inclui as sessões: Enfoque integrado e coerência de políticas para a Agenda 2030; A prática do desenvolvimento sustentável na América Latina e no Caribe; Ferramentas para o enfoque integrado e; Participação para a Agenda 2030 – Cooperação Sul-Sul e Triangular.
Participaram da mesa de abertura a presidente do Ibama, Suely Araújo; o embaixador Niky Fabiancic, coordenador residente das Nações Unidas no Brasil; o diretor regional do PNUMA, Leo Heileman e o ministro do Superior Tribunal de Justiça, Herman Benjamin. Representando o MMA, participaram da mesa de abertura o secretário-executivo, Marcelo Cruz, e o secretário de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, Edson Duarte.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA): (61) 2028-1227
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