LUCAS TOLENTINO e MARTA MORAES (textos)
JORGE CARDOSO e PAULO DE ARAÚJO (fotos)
O revezamento da tocha olímpica movimentou nesta terça-feira (03/05) o Parque Nacional de Brasília, conhecido popularmente como Água Mineral. Cinco pessoas, entre atletas, funcionários e frequentadores do espaço, participaram do percurso. Os visitantes que aproveitavam o dia de sol na piscina da área de convivência também tiveram a oportunidade de ver de perto o evento. Veja quem carregou a chama olímpica no parque.
Flávia Cantal, 48 anos
Ela conhece bem as piscinas naturais do Parque Nacional de Brasília. Há anos frequenta o local para praticar natação. Mas hoje sua vinda à Unidade de Conservação teve um significado especial: ela foi escolhida para conduzir a tocha das Olimpíadas Rio 2016.
Colaboradora da Associação Amigos do Parque, Flávia disse estar muito feliz com a missão. "Me senti honrada por ter sido selecionada. Por ser atleta, sei o que uma Olimpíada representa. Eu espero que, após a Rio 2016, as pessoas dêem mais valor para o esporte, não apenas para os atletas de elite, mas também para os de base, para as escolinhas", enfatizou.
Flávia já fez inúmeras travessias em rios, lagos e até no mar. Segundo ela, a Olimpíada é uma oportunidade de todos verem que o esporte, mesmo não competitivo, sempre vale a pena.
Mackinley Souza, 48 anos
Emocionado, o servidor do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) destacou o significado desse momento para ele e para a sociedade. Cadeirante, Mackinley percorreu a piscina com a ajuda de um amigo e afirmou que o fato ficará marcado na história do parque. “Esta é uma oportunidade de simbolizar algo para o mundo e trazer maiores entendimentos sobre paz e conservação da natureza”, afirmou.
Por trabalhar na área ambiental há mais de 20 anos, Mackinley tem uma relação estreita com o Parque Nacional de Brasília. Frequentador assíduo do espaço, costuma nadar, passear pelas trilhas e participar dos eventos que ocorrem no centro de visitantes. Atualmente, o brasiliense atua na Comissão de Ética do ICMBio. “Este é o nosso lugar de conservação da tão rica biodiversidade do cerrado”, acrescentou.
Armindo Pereira, 64 anos
Com orgulho, Armindo conta que é o funcionário mais antigo do Parque Nacional de Brasília. Chegou ao local na década de 1970, quando a piscina ainda era um “areal” de onde, segundo ele, retiravam matéria-prima para a construção dos prédios da recém-inaugurada capital federal.
“Naquele tempo, ainda não havia muitos recursos nem muita conscientização ambiental”, relembrou. “Hoje, temos de tudo aqui e o Parque Nacional se tornou referência.”
Foi Armindo quem ajudou Mackinley a fazer o percurso com a tocha olímpica dentro da piscina da chamada Água Mineral. Para ele, a passagem do fogo olímpica representa a importância dada à questão ambiental. “Um acontecimento desse tipo, com certeza, dá uma maior visibilidade para o parque e para o assunto de uma forma geral”, avaliou. “Fico muito grato de ter a chance de participar.”
Quedson Silva da Conceição, 14 anos
Aluno do Centro de Ensino Fundamental 02 da Estrutural, em Brasília, Quedson estava bastante ansioso com a missão que recebeu neste 03 de maio: conduzir a tocha das Olimpíadas Rio 2016 no evento realizado no Parque Nacional de Brasília.
Mas o sorriso tímido no rosto mostrava também a alegria em ter sido escolhido. "Eu e minha família ficamos muito emocionados. Me senti importante ao ser selecionado pela minha escola", afirmou. Filho de Janecleide (dona de casa) e Rodrigo (frentista), Quedson tem seis irmãos e, junto com a família, mora na Cidade Estrutural desde pequeno. Fã de futebol, Quedson pretende ser bombeiro ou policial.
Pela primeira vez no parque, apesar da proximidade da Unidade de Conservação com o local onde mora, ele estava encantado com as piscinas naturais que são o grande atrativo do parque.
Guilherme Giovannoni, 35 anos
O jogador profissional de basquete foi o escolhido pelo Comitê Olímpico Brasileiro para concluir a passagem da tocha pelo Parque Nacional de Brasília. Guilherme integra a Seleção Brasileira de Basquete e o time brasiliense do Uniceub. Sentiu-se honrado de participar do ato. “É uma felicidade que vai ficar marcada na memória, além de ser um momento de grande importância para o esporte”, afirmou.
Paulista de Piracicaba, Guilherme passou a morar em Brasília depois que entrou para o time do Uniceub. Não conhecia ainda, porém, o Parque Nacional da Cidade. De acordo com ele, o revezamento da tocha representou, por isso, uma oportunidade de visitar o local. “Matei duas vontades: a de levar a tocha e a de conhecer o parque”, explicou. “Não imaginava que o lugar seria tão bonito. As trilhas e a piscina são bastante convidativas.”
Edição: Alethea Muniz
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