LUCIENE DE ASSIS
Foi instalado, nesta sexta-feira (22/04), em Brasília, o Grupo de Trabalho do Desmatamento Ilegal Zero, em reunião conduzida pelo ministro interino do Meio Ambiente, Carlos Klink. O GT dará sequência ao compromisso assinado pela ministra Izabella Teixeira e pelos governadores do Acre, Tião Viana, e do Mato Grosso, Pedro Taques, de zerar o desmatamento ilegal em seus estados até 2020.
Esse pacto foi oficializado durante o evento Diálogos do Brasil na 21ª Conferência das Partes das Nações Unidas para o Clima (COP 21), realizado em Paris em dezembro do ano passado. Na expectativa pelos resultados positivos dessa iniciativa, as deliberações e estratégias adotadas pelos governos do Acre e do Mato Grasso, com o apoio do MMA, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), “servirão para orientar e nortear os passos dos demais estados nesse mesmo sentido”, afirma a diretora do Departamento de Políticas de Combate ao Desmatamento do MMA, Thelma Krug.
CARRO-CHEFE
Para o ministro interino do MMA, Carlos Klink, o Brasil continuará, “fortemente”, atuando contra a derrubada ilegal de florestas, inclusive após 2020. “Queremos trazer o novo e sofisticar o combate ao desmatamento, investindo em economia e regeneração florestal, sendo que o Código Florestal é o nosso carro-chefe”. Ele aponta o Cadastro Ambiental Rural (CAR) como grande aliado no fornecimento de informações que ajudarão no alcance desse objetivo.
A partir da instalação do GT, seus membros devem, agora, preparar um documento detalhado enumerando os compromissos mútuos, sob a forma de planos de trabalho, que permitam acompanhar a implementação das medidas acordadas na declaração do Compromisso pelo Desmatamento Ilegal Zero.
COMPROMISSOS
O secretário de Meio Ambiente do Acre, Carlos Eduardo de Deus, destacou que, ao longo dos últimos 15 anos, “houve uma redução considerável” nos índices de desmatamento no estado, saindo do patamar de 500 km2 por ano, para cerca de 250 km2 ao ano”, graças ao desenvolvimento de programas e projetos que estimulam o manejo sustentável. “A partir da nossa política de sustentabilidade, criamos o sistema integrado de serviços ambientais, investimos na regularização fundiária e criamos o sistema estadual de áreas naturais protegidas para a proteção da biodiversidade, entre outros projetos”, enfatizou Carlos Eduardo.
Para o secretário-executivo da Secretaria de Meio Ambiente do Mato Grosso, André Luís Baby, o CAR será fundamental no combate ao desmatamento. “Faremos um trabalho ostensivo e fiscalização dura, com ajuda da Polícia Federal e dos órgãos de fiscalização ambientais”, esclareceu.
Os integrantes do GT voltam a se reunir em 20 de maio para dar continuidade às ações definidas para cada instituição.
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Desmatamento zero até 2020 no AC e MT
Edição: Alethea Muniz
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA): (61) 2028-1165
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