Por: Luciene de Assis - Edição: Alethea Muniz
As estratégias em curso para salvar o rio Doce são tão inovadoras que servirão de base para a recuperação de nascentes, de outros rios, como o Tietê e o Pinheiros, e de bacias como a do São Francisco e do Paraíba do Sul, podendo até ser levadas para outros países. Essas colocações foram feitas pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, nesta terça-feira (22/03), em seminário realizado na sede da Agência Nacional de Água (ANA), em Brasília, por ocasião do Dia Mundial da Água.
Os debates aconteceram durante a mesa sobre as lições aprendidas com o rompimento da barragem de rejeitos de minério em Mariana (MG), em 5 de novembro de 2015, e as perspectivas para recuperação do rio Doce, presidida pelo diretor de Hidrologia da ANA, Ney Maranhão. A ministra Izabella confirmou ser esta a maior tragédia ambiental da história do país e afirmou: “O esforço agora é buscar a recuperação”.
Izabella Teixeira garantiu: “Estamos monitorando tudo, até Abrolhos, e temos de adotar as medidas necessárias para que o Brasil nunca mais passe por uma situação como essa, melhorando leis, regras, procedimentos, licenciamento, tecnologia, segurança de barragem”. Ela explicou que os relatórios finais em preparação, sobre o desastre, permitirão que se realize um amplo debate, na busca de novos caminhos para aprimorar a gestão da atividade mineradora, seu potencial de impacto e evitar as situações que aconteceram com o desastre que afetou o rio Doce e as populações das áreas atingidas de Minas Gerais e Espírito Santo.
ESTRATÉGIAS
As dificuldades internas enfrentadas e os avanços na gestão de recursos hídricos no país, a partir da crise hídrica em bacias hidrográficas do Nordeste, como a do Piranhas-Açu, e do Sudeste, a exemplo do Paraíba do Sul, também foram temas do Seminário sobre a Crise Hídrica e a Segurança de Barragens no Brasil, realizado na ANA.
No decorrer do evento, foram assinados dois termos de cooperação técnica prevendo o intercambio de dados e informações sobre recursos hídricos, entre outros aspectos, com representantes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A ministra Izabella comemorou: “Espero por isso há seis anos”.
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