Da Redação* - Edição: Alethea Muniz
Homens das Forças Armadas devidamente uniformizados tomaram as ruas das cidades brasileiras. Sim, o Brasil está em guerra, mas o inimigo mede 0,5 cm, é rajado no dorso, pernas e cabeça. Pode ser encontrado nos lares brasileiros ou em terrenos baldios. Tem nome científico Aedes aegypti, mas é popularmente conhecido como o “mosquito da dengue”, agora também da chikungunya e do Zika, este último associado ao aumento de casos de microcefalia em bebês quando as mães são infectadas durante a gestação.
Por isso, em vez de armas, os militares saíram às ruas neste sábado (13/02) com panfletos e materiais explicativos sobre a doença, a transmissão e as formas de evitá-las – sobretudo como eliminar o mosquito e seu criadouro. A ação, batizada Dia Nacional de Mobilização Zika Zero, ocorre em 350 municípios das 27 unidades federativas. Cerca de 4 milhões de panfletos informativos são distribuídos durante o dia.
Nesse esforço coletivo promovido pelo governo federal em parceria com estados e municípios, representantes do Ministério do Meio Ambiente e instituições vinculadas foram às ruas para conversar com a população nessa batalha que é de todos. Veja, a seguir, a atuação do MMA durante a mobilização nacional.
GUARAPARI (ES)
O ministro interino do Meio Ambiente, Carlos Augusto Klink, participou da mobilização em Guarapari, no Espírito Santo. Localizada a 58 Km da capital Vitória, famosa por suas praias, a cidade teve 555 casos confirmados de dengue em 2015 (foram notificados 1.702) e nenhuma confirmação de Zika, com 21 notificações. “O Brasil é um país gigante, mas é possível combater o mosquito Aedes aegypti com ações do governo e, principalmente, com a participação da sociedade em vistoriar suas casas para acabar com os criadouros do mosquito”, defendeu Klink.
A ação promovida pela Secretaria de Saúde do município ocorreu nos bairros Adalberto Simão Nader, Lagoa Funda e redondezas, escolhidos por critérios técnicos e epidemiológicos. Contou com a participação de 270 servidores da Saúde Municipal, entre agentes comunitários de saúde, atenção primária, agentes de combate a endemias, vigilância sanitária, vigilância epidemiológica.
Com apoio das demais secretarias municipais, foram promovidas ações de orientações de prevenção e combate técnico do vetor transmissor das doenças, casa a casa, sob a supervisão da Vigilância Ambiental de Guarapari, contando com apoio da Polícia Militar para os casos de resistência à entrada dos agentes.
“A mobilização de agentes de saúde mostra o exemplo de que é possível combater os focos do mosquito Aedes aegypti com ações de governo e também com ações individuais”, destacou Klink. “A mobilização de hoje é uma ação conjunta que deve ser contínua”, afirmou o ministro interino. Ele observou, ainda, que Guarapari está engajada para resolver essa questão.
As equipes atuaram, principalmente, nos locais vulneráveis à proliferação do vetor, devido ao acúmulo de materiais que servem de criadouros, tais como borracharias, ferros-velhos, rodoviárias, ferroviárias, logradouros públicos, cemitérios, locais com fins de lazer ou religiosos, piscinas de uso público, dentre outros.
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM (ES)
Atividades em 32 comunidades e uma caminhada com panfletagem na região central marcaram a mobilização #ZikaZero em Cachoeiro do Itapemirim (ES) neste sábado. Mais de 500 servidores da prefeitura, do governo do estado e voluntários estiveram engajados na ação, que contou com a participação da secretária de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Cassandra Nunes, ao lado do prefeito Carlos Casteglione.
Além da campanha educativa, a ação teve por objetivo é identificar e eliminar, em imóveis, criadouros do inseto que transmite dengue, chikungunya e o zika vírus. Também participam das atividades funcionários das secretarias municipais de Saúde e de Serviços Urbanos e voluntários do Corpo de Bombeiros, Exército, Acisci e dos clubes Rotary e Lions.
BRASÍLIA (DF)
Servidores, colaboradores e parceiros do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) realizaram mutirão de combate ao Aedes aegypti no Parque Nacional de Brasília, na manhã deste sábado. O objetivo era envolver, mobilizar e engajar a população nesta luta. Os visitantes receberam informações e folhetos sobre os cuidados para evitar a proliferação de mosquitos nas residências, onde ocorrem 70% das infestações.
Depois, todos realizaram um mutirão de limpeza nas áreas de visitação do Parque, de onde foram retiradas garrafas, copos e sacos plásticos, latas de alumínio e outros materiais que podem acumular água, proporcionando as condições para a reprodução do Aedes aegypti.
O mutirão teve o apoio do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (DF), Polícia Ambiental do DF, Associação dos Amigos do Parque e do Ministério do Meio Ambiente (MMA). O presidente do ICMBio, Cláudio Maretti, e o subsecretário de Áreas Protegidas da Secretaria do Meio Ambiente (DF), Romulo Mello, participaram do evento.
O Parque Nacional de Brasília protege ecossistemas típicos do Cerrado do Planalto Central e abriga as bacias dos córregos formadores da represa Santa Maria, que é responsável pelo fornecimento de 25% da água potável que abastece a Capital Federal.
Acompanhe as ações do Dia Nacional de Mobilização Zika Zero
Colaboraram neste texto: Gerusa Barbosa, da Ascom/MMA (enviada especial a Guarapari-ES), Assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Saúde de Guarapari, Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim (ES) e Assessoria de Comunicação do ICMBio.
Fotos: Paulo de Araújo (Guarapari/ES); Jorge Cardoso (Parque Nacional de Brasília/DF) e Evelyn Lee (Cachoeiro de Itapemirim/ES).
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA): 61 2028 1227
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