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Seminário discute integração pela inclusão produtiva rural

Organizado pelos Ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e do Desenvolvimento Agrário e com participação do Ministério do Meio Ambiente, evento reuniu governo e sociedade civil

Publicado: Quarta, 10 Dezembro 2014 19:00
Crédito: Paulo de Araújo/MMA Perspectivas de melhoria de vida no ambiente rural Perspectivas de melhoria de vida no ambiente rural

Por: Letícia Verdi – Edição: Vicente Tardin 

A integração das políticas públicas para o desenvolvimento rural e o combate à pobreza no ambiente rural brasileiro foi um dos temas do Seminário de Inclusão Produtiva Rural – Experiências, perspectivas e desafios a partir do Plano Brasil Sem Miséria, nesta quarta-feira (10/12).

A mesa que debateu o tema foi coordenada pelo secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável (SEDR) do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Paulo Guilherme Cabral.

O seminário foi promovido pelos Ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e do Desenvolvimento Agrário (MDA), com o apoio do Banco Mundial e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil. Ao final do evento, foi lançado o livro-compêndio Brasil Sem Miséria, organizado pelo MDS.

O capítulo “Programa de apoio à conservação ambiental – programa Bolsa Verde: erradicação da extrema pobreza e conservação ambiental” é de autoria do secretário Paulo Cabral, com co-autoria de Andrea Oncala, Larisa Gaivizzo e Renata Apoloni, da SEDR do MMA.

SOCIEDADE CIVIL

Participaram da mesa coordenada pelo MMA o superintendente da Secretaria de Agricutura do governo da Bahia, Wilson Dias, e o diretor da organização não governamental Ageme (Assessoria de Grupo Especializada Multidisciplinar em Tecnologia e Extensão) da Paraíba, Flávio Luna. Wilson Dias afirmou que a Bahia tem o maior número de agricultores familiares do Brasil: 665,8 mil. Entre as ações do governo para fortalecer a agricultura familiar, estão a assistência técnica, o fomento produtivo no semi-árido e o programa de cisternas de água. Até o momento, cinco mil famílias já foram atendidas.

“Esses programas transformam a vida das pessoas”, afirmou Flávio Luna, da Ageme. Segundo ele, as novas tecnologias sociais como cisternas e estufas agrícolas valorizam a vida no assentamento, mantendo as pessoas no campo com perpectivas de melhoria de vida.

Após a exposição dos palestrantes, foram convidados à mesa os debatedores da sociedade civil e do governo. Um deles, o representante da Comissão Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais (CNPCT) e da nação Tupiniquim do Espírito Santo, Renato Tupiniquim, convidou a todos os presentes para um minuto de silêncio em nome de mais uma líder Guarani-Kaiowá assassinada nesta terça-feira (08/12). “Cedo um minuto do meu tempo pela memória de mais um líder indígena assassinado”, disse ele. A platéia se levantou imediatamente e aderiu ao minuto de silêncio.

INTEGRAÇÃO

“A integração das políticas públicas foi o principal objetivo desse seminário”, destacou o secretário Paulo Guilherme. Ele lembrou que 47% da população em extrema pobreza está no campo. “Há uma dificuldade de integração das políticas públicas que promova a superação dessa situação. Um programa como o Bolsa Verde revela esse problema e busca políticas públicas produtivas integradas para que essas famílias tenham efetiva condição de produção e superem, de forma duradoura e permanente, a situação de pobreza”, defendeu.

BOLSA VERDE

A liderança local e presidente da Associação de Moradores, Agricultores e Pescadores de Anuerá (PA), Lauriza Lopes dos Santos, falou sobre a realidade vivida pela comunidade do Assentamento da Ilha Urubuquara, em Cachoeira do Arari, Ilha de Marajó, Pará. Beneficiários do Bolsa Verde, por estarem dentro da Unidade de Conservação PAE Urubuquara, todas as 350 famílias trabalham com o agroextrativismo do açaí e do peixe. “Por recebermos o Bolsa Verde, buscamos preservar o meio ambiente e cuidar do nosso lixo”, explicou Lauriza, que prefere ser chamada de Laura.

Durante a sua fala no seminário, Laura destacou o problema de acesso à água e à luz elétrica vivido pela comunidade. Por outro lado, comemorou a assistência técnica prestada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), que oferece orientação sobre como criar galinha caipira, camarão e abelhas, plantar hortaliças, fazer um tanque de piscicultura, trabalhar o açaizal, a andiroba e o coco. “Despertaram na gente uma valorização do que a gente tem, temos muita riqueza”, disse.

SAIBA MAIS

O Programa Bolsa Verde é uma das iniciativas estratégicas do Ministério do Meio Ambiente (MMA), que busca aliar a conservação ambiental à melhoria das condições de vida das famílias que se encontram em situação de extrema pobreza em Unidades de Conservação, Projetos de Assentamento, territórios de povos e comunidades tradicionais e demais áreas rurais elegidas como prioritárias. Até o momento, já foram cadastradas 70 mil famílias no programa.

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) - Telefone: 61.2028 1227

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