Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > InforMMA > Brasil pode exportar aplicativo que identifica madeiras comerciais
Início do conteúdo da página

Notícias

Brasil pode exportar aplicativo que identifica madeiras comerciais

Chave interativa facilita a identificação de espécies e ajuda no combate a crimes ambientais.


Publicado: Sexta, 14 Março 2014 00:00
Crédito: Paulo de Araújo/MMA Aplicativo também ajuda a enfrentar crimes ambientais Aplicativo também ajuda a enfrentar crimes ambientais

Do SFB


Ferramenta desenvolvida pelo Laboratório de Produtos Florestais (LPF) do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) com informações sobre 160 madeiras comerciais brasileiras deve servir de referência para uma iniciativa semelhante da Organização dos Países do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). A organização planeja desenvolver uma chave interativa nos mesmos moldes, contemplando espécies dos oitos países que compõem o tratado.


Para criar esta versão, pesquisadores do LPF e do Instituto Amazônico de Investigações Científicas (Sinchi) estão, desde segunda-feira (10/03), na cidade de Tarapacá, na Colômbia, realizando coleta de amostras de espécies madeireiras de interesse comercial. O local fica próximo à fronteira do Brasil, no estado do Amazonas.


MAIS COMPLETA


Segundo o biólogo do LPF Alexandre Gontijo, que está participando da expedição, a previsão é que sejam coletadas amostras de 18 espécies. “Foram selecionadas aquelas que estão entre as mais comercializadas e mais ameaçadas”, explicou. A equipe vai extrair pequenas amostras da madeira dos troncos, sem que haja necessidade de derrubar as árvores.


A chave interativa que está sendo desenvolvida será ainda mais completa do que a versão brasileira, contemplando também informações genéticas e imagens de flores, frutos, cascas e da árvore em pé. A plataforma digital também vai ser adaptada para que a ferramenta possa ser usada em tablets e smartphones.


Segundo Gontijo, o LPF fará a caracterização e a descrição das espécies, além da alimentação do banco de dados da plataforma. Já o Sinchi realizará as análises de DNA e fará a identificação botânica das amostras coletadas.


A ideia é reunir as informações em um aplicativo de forma que agentes de órgãos ambientais, policiais, peritos ou mesmo pesquisadores possam consultar os dados para identificar mais facilmente uma tora, seja no pátio de uma serraria, na caçamba de um caminhão ou, ainda, uma amostra recebida para pesquisa. Estima-se que a chave interativa esteja pronta no segundo semestre para ser apresentada pela OTCA aos seus membros.


Segundo a pesquisadora da Área de Anatomia e Morfologia do LPF, Vera Coradin, o aplicativo deve contribuir para as atividades de órgãos ambientais dos demais países da Bacia Amazônica. “São todos países tropicais, com muitas espécies florestais e desafios semelhantes aos do Brasil”, afirmou.

Fim do conteúdo da página