p O anúncio da prorrogação da moratória do mogno foi feito pelo ministro durante visita a Belém e Altamira, no Pará, onde Carvalho vistoriou a apreensão feita pelo Ibama de 12 mil metros cúbicos de madeira, extraídos na região sem autorização. Parte dessa madeira, o equivalente a 3, 5 mil metros cúbicos, estava sendo desviada para uma serraria da região. "Vamos continuar adotando as providências necessárias para evitar que o patrimônio ambiental brasileiro seja degradado desta forma. O Ministério do Meio Ambiente não é contra a exploração do mogno, mas é preciso que ela seja feita com bases sustentáveis", disse.
A moratória do mogno, madeira nobre e em extinção, vem sendo prorrogada, por meio de decreto, desde 1996. Somente de setembro de 2001 até o final do primeiro semestre deste ano, o Ibama já apreendeu 80 mil metros cúbicos de madeira, sendo 50 mil metros cúbicos de mogno. Na visita ao Pará, o ministro José Carlos Carvalho informou ainda que será criado um grupo de trabalho específico para analisar alternativas e condições viáveis de oferta sustentável do mogno. "Esse grupo de trabalho dará oportunidade àqueles que trabalham com seriedade", declarou.
Carvalho visitou também a juíza Danielle Silveira e manifestou apoio à decisão da juíza de encaminhar para a Justiça Federal o parecer sobre a competência de julgar a ação que trata da apreensão da madeira na região. "O Ministério do Meio Ambiente entende que essa ação deva ser julgada pela Justiça Federal, considerando que a exploração ilegal do mogno constitui-se crime ambiental", ressaltou o ministro.
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