De acordo com o secretário, o programa do ZEE, que será aplicado pioneiramente no Baixo Parnaíba, em uma área de 10.520 quilômetros quadrados, é o resultado de vários seminários realizados no país para consolidar uma metodologia, que equilibre o ecológico e o econômico sob a ótica da sustentabilidade ambiental, social e econômica.
Braga ressaltou que o Delta do Parnaíba é um santuário ecológico e possui enorme potencialidade para a prática do ecoturismo, mas é também um ecossistema frágil e sensível. A região de transição entre o Nordeste Semi-Árido e a Amazônia, e o estuário do rio Parnaíba formam um dos poucos "deltas" no mundo. Ele informou que 100% dos caranguejos vendidos em Fortaleza (CE) são provenientes do Delta do Parnaíba.
"As pressões econômicas são grandes. O litoral do Piauí é pequeno, com 66 quilômetros, e a região é economicamente pobre", disse. Segundo Braga, é necessário implantar um modelo de desenvolvimento sustentável, que desenvolva atividades econômicas na região e que preserve o ecossistema do Baixo Parnaíba, e do Delta, em particular.
A região conta com a Área de Proteção Ambiental (APA) Delta do Parnaíba , criada por decreto pelo presidente da República, em agosto de 96, para proteger o ecossistema costeiro formado por mangues, dunas e restingas. São 313.800 hectares que abrangem os estados do Piauí, Maranhão e Ceará. Em novembro do ano passado, foi criada a Reserva Extrativista dos Caranguejos, com 17 mil hectares.
O Consórcio ZEE Brasil, liderado pela secretaria de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável do MMA, é formado pelo IBGE, Ipea, Embrapa, Inpe e CPRM. Segundo o secretário, o trabalho do ZEE no Delta do Parnaíba conta com o apoio da Codevasf, da Sudene e do Ministério da Integração Nacional. Braga informou que o ZEE será executado em uma escala de 1:100 mil na região do Baixo Parnaíba, e de 1:25 mil dentro dos limites da APA.
O Fórum de Discussões sobre o ZEE da Bacia do Baixo Parnaíba será realizado no auditório da Associação Comercial de Parnaíba. As inscrições poderão ser feitas nos escritórios do Ibama em Teresina ? (86) 232-5323 e 222-9499; Parnaíba (86) 321-2782 e 321-2581, ou na SDS pelos telefones (61) 317-1091 e 317-1092, e-mail, Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
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