O Centro Nacional de Desenvolvimento das Populações Tradicionais (CNPT) do Ibama realizou a primeira experiência de soltura popular das tartaruguinhas de água doce do Amazonas, na Reserva Extrativista do Médio Juruá, no município de Carauari (AM). O projeto utiliza a própria comunidade para proteger dos predadores os filhotes recém-nascidos. Cerca de cem alunos e professores de escolas do município, autoridades e pescadores locais levaram, na última sexta-feira, as tartaruguinhas dos berçários ? onde ficam 30 dias após o nascimento ? para as águas do rio Juruá. A previsão do Centro é salvar aproximadamente 250 mil quelônios nascidos em dez tabuleiros (praias da região especialmente protegidas pelo Ibama).
Os recém-nascidos são colocados num berçário protegido por telas, dentro d?água, onde ficam por um mês até endurecer o casco, secar o umbigo e perder o cheiro característico que atrai os predadores.
Há quatro anos o projeto de educação ambiental vem sendo desenvolvido com os moradores da reserva extrativista. A intenção é envolver as comunidades de todos os municípios do Amazonas onde as tartarugas desovam nas areias das praias, mostrando que é possível preservar os animais. O trabalho de educação ambiental com os moradores do Resex do Médio Juruá permitiu ao Ibama salvar 42 mil tartarugas, em 1997; 88 mil, em 1998 e 162 mil, em 1999. Espera-se chegar a cerca de 250 mil nessa primeira soltura popular.
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