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Para o MMA, Política Nacional de Resíduos Sólidos só terá sucesso se conseguir atrair os catadores de todo o paísSophia GebrimReciclagem, a situação dos lixões e catadores no Brasil e a Política Nacional de Resíduos Sólidos foram discutidas na tarde desta terça-feira (12/06), durante o Ciclo de Debates Brasil Sustentável – O Caminho para Todos, promovido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) no Espaço Tom Jobim do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. O evento, que antecede a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20), reúne representantes do governo, sociedade e empresas públicas e privadas."Essa discussão sobre os desafios socioambientais da reciclagem no âmbito da Política Nacional de Resíduos Sólidos busca apontar soluções do ponto de vista da capacidade de gestão e do trabalho promovido com catadores de lixo, tornando-os parceiros ambientais", destacou o diretor de Ambiente Urbano da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (SRHU) do MMA, Silvano Silvério da Costa. Para ele, mostra-se mais do que necessário para o pleno funcionamento da política, o trabalho de valorização daqueles tratam diretamente com lixo e reciclagem.DESAFIOSO prefeito da cidade paranaense de Paranaguá e vice-presidente para Assuntos das Cidades Portuárias da Frente Nacional de Prefeitos, José Baka Filho, apontou os principais desafios das cidades e municípios brasileiros em acabar com os lixões até 2014. "Todos nós temos consciência que os lixões são um enorme problema, uma doença enorme dentro da cidade que gera, além de problemas de ordem ambiental, problemas de ordem burocrática para acabar com ele", salientou.Também participou das discussões o diretor de Assuntos Governamentais, Comunicação e Sustentabilidade para a Copa do Mundo da Fifa 2014 e Jogos Olímpicos de 2016 e presidente do Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre), Victor Bicca. Ele vem liderando os debates no país sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos e desenvolvimento do modelo de cooperativas de catadores.Segundo Bicca, a iniciativa tem todas as possibilidades para colocar o Brasil na vanguarda da reciclagem mundial. "Mais do que preservação, estamos tratando de inclusão social, com a participação de toda a sociedade engajada no processo", disse. Para ele, é preciso ampliar as ações desenvolvidas no setor de reciclagem para dar mais valor ao material colhido no processo.O empresário explicou, ainda, a plataforma social que foi fortificada por meio das cooperativas na gestão de resíduos e o trabalho promovido com o pequeno catador, que se tornou pequeno empreendedor no processo social. "Queremos eles tenham condições dignas de trabalho e possam crescer cada vez mais", acrescentou.GESTÃO SOCIALO coordenador do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis e Reutilizáveis da Cidade do Rio de Janeiro, Custódio da Silva, começou na atividade no Jardim Gramacho, onde trabalhou por 16 anos. Hoje, trabalha no bairro carioca Bangu. "Para nós, o desafio é fazer chegar ao conhecimento da categoria de catadores de lixo que existe a Política Nacional de Resíduos Sólidos, e ele deve conhecer passo a passo todos os benefícios e mudanças trazidas por ela", assegurou.A indústria participou das discussões com a presença diretor de Responsabilidade Socioambiental da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), André Saraiva. Ele citou números de descarte de produtos eletroeletrônicos no Brasil. Cerca de 35% das pessoas guardam esses produtos em casa; 29% fazem doações dos produtos que não usam mais; 19% vende; 7% jogam no lixo e outros 10% não informaram o que fazem com os produtos. "Essa é a fotografia da sociedade de consumo de eletroeletrônicos no país, vemos a necessidade de rever os padrões de pós-consumo de produtos da categoria", finalizou.
Camilla ValadaresNa manhã desta terça-feira (12/06), no Rio, foi assinada a Carta de Adesão ao Pacto do Desenvolvimento Sustentável, documento de comprometimento com medidas de aplicação de processos sustentáveis em toda cadeia de produção, passando pelo consumo até o descarte.Assinaram o pacto com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e representantes do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai); Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequena Empresas (Sebrae);  Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR); Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES); Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Distrito Federal (Crea-DF); Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer); Federação Nacional das Empresas de Serviços e Limpeza Ambiental (Febrac) e Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF).
Terça, 12 Junho 2012 15:32

R$ 1,5 milhão para novas UCs

MMA convoca gestores para apresentarem, até 23 de julho, projetos de criação de novas unidades de conservação na AmazôniaCristina ÁvilaO Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) tem R$ 1,5 milhão para projetos de criação de unidades de conservação (UCs). As propostas devem ser encaminhadas até 23 de julho, por órgãos estaduais que gerenciam áreas do gênero e também pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)."As solicitações de apoio à criação de UCs serão avaliadas conforme a Estratégia de Conservação e Investimentos (ECI) do Arpa. explica o coordenador do programa, Trajano Quinhões. "A seleção será negociada com os órgãos gestores em reunião de Fórum Técnico do Arpa e definida pelo Comitê do Programa Arpa, em datas a serem divulgadas".As instituições devem cadastrar candidaturas no Sistema Integrado de Coordenação e Gerenciamento do Programa Arpa (SisARPA). As áreas propostas devem estar no bioma Amazônia, e não podem ser sobrepostas ou ter conflitos com indígenas ou populações tradicionais.DIAGNÓSTICOSO apoio financeiro será para a formulação de diagnósticos ambiental, socioeconômico e fundiário, além da realização de consulta pública sobre a criação das novas UCs. As áreas propostas também devem integrar o Mapa de Áreas Prioritárias para a Conservação, Uso Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade Brasileira – Ministério do Meio Ambiente 2007.O cadastro deve ser encaminhado para a Unidade de Coordenação do Programa/MMA, pelo ponto focal do órgão gestor – representante do Arpa no órgão gestor de UC – que deverá estar, por sua vez, registrado no Cadastro Nacional de Unidades de Conservação (Cnuc).O Arpa recebeu repasses de US$ 2,5 milhões para a criação de novas áreas protegidas na Amazônia, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Banco Mundial/Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e do Banco de Desenvolvimento da Alemanha (KfW).Do total arrecadado, ainda faltam ser destinados R$ 1,5 milhão. O restante foi alocado em projetos de 17 novas UCs, que estão em fase criação, previstos no Plano Operativo de investimentos, POA 2012/2013.COMO FAZERO ponto focal do Arpa deve acessar o Sistema de Gerenciamento do Programa Arpa (SisArpa) (www.sistemas.mma.gov.br/arpa2) e na janela avaliação acessar solicitação de apoio. Na janela solicitação de apoio do SisArpa, deverá clicar o campo em processo de criação. Posteriormente, deve preencher informações sobre a área proposta para se transformar em unidade de conservação, tais como: nome, grupo, categoria, abrangência (UF/município); área (ha), localização geográfica (shape ou pontos); descrição das ameaças, fauna, vegetação, relevo, solo, geologia, hidrografia; população existe, número de funcionários do órgão gestor lotados nos municípios; informações sobre o polígono prioritário do Mapa de Áreas Protegidas - MMA/2007 (polígono, importância, urgência e ação prioritária), e descrição da importância da área para contenção do desmatamento, grau de implementação do processo de criação, ações propostas para apoio do Arpa e justificativa.Após análise da solicitação pela UCP/MMA, será solicitado ao órgão gestor (ponto focal) que preencha a Ferramenta de Avaliação de UCs – FAUC e o Plano Estratégico Plurianual – PEP, com informações sobre o status atual do processo de criação e as metas do processo de criação propostas para 2013 e 2014 respectivamente.Para mais informações, acessar o sítio do Programa Arpa, conforme seguinte link:http://www.programaarpa.org.br/pt/noticias/arpa/142-convocatoria-processos-criacao.html .
Terça, 12 Junho 2012 14:26

Exposição retrata beleza do Cerrado

Siron Franco apresenta a beleza do bioma num manifesto em defesa da conservação da região. Mostra está no Museu de Arte Moderna do Rio e fica em cartaz até o dia 23, como parte da Rio+20Sophia GebrimA conscientização da importância do bioma cerrado, por meio da sua beleza, é o que o artista Siron Franco mostra na videoexposição Brasil Cerrado, aberta na noite desta segunda-feira (11/06), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. São seis salas com atrações que retratam, de forma sensorial, a riqueza do cerrado brasileiro, com projeções e fotos de insetos, flores, animais e arvores típicas. As visitas estão abertas ao público ate o dia 23 de junho."A minha ideia era de trabalhar com a perda da beleza e não evocar a morte, mas clamar a beleza que nós estamos prestes a perder se não tomarmos algumas posições quanto à conservação e preservação do cerrado", explica Siron. O artista ressalta a importância de fazer com que as pessoas se conscientizem por meio daquilo de mais belo que o bioma tem a retratar, por meio do cheiro e também da informação científica.LUZ DA NATUREZAO desafio de transformar o fenômeno da bioluminescência, processo que muitos animais usam para produzir luz naturalmente, foi o que levou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a idealizar a videoexposição com Siron Franco, como parte das atividades da Conferencia das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20). Como ela fez questão de destacar na abertura da exposição, o Ministério do Meio Ambiente adverte: cultura também é sustentabilidade."Há menos de um ano fui visitar o Parque Nacional das Emas, em Goiás, e lá facilmente observamos nos cupinzeiros a bioluminescência", conta a ministra. Ela retrata a sensação ao olhar para aquele fenômeno. "Conseguimos ver uma cidade toda iluminada, com aqueles cupinzeiros no meio do cerrado, algo lindíssimo do ponto de vista biológico". Dessa forma, ela conta que logo depois foi a Goiânia, conhecer o artista, e lhe contou da bioluminescência e o desafio de fazer algo sobre o fenômeno. Foi quando surgiu a ideia de transformar em arte e levar para a Rio +20.CORES E AROMASA experiência de estar no bioma pode ser facilmente sentida por quem visita a videoexposição. Primeiro as pessoas passam por um túnel com imagens da água, um corredor de 12 metros com projeções de um lado e espelho do outro, onde é possível escutar o som da água, ver e sentir o seu aroma.Na sala de bioluminescência, são cinco esculturas em terra e fibra de vidro, iluminadas com LEDs e nos tamanhos mais variados, onde é possível também sentir o cheiro de terra. Na sala dos rupestres, fauna e flora, os visitantes podem ver quatro telas de projeção com 50 imagens em cada tela, com imagem e fragrância também nesse ambiente.No túnel do fogo, um corredor de 12 metros com projeção de um lado e espelho de outro, com som, imagem e aroma. No painel do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), é possível ver imagens do monitoramento das queimadas em tempo real mostradas em televisões de 50 polegadas, com som e cheiro de queimada. Por fim, os visitantes passam por um muro de 50 metros com nichos contendo silhuetas de animais em risco de extinção.
Para especialista, inserção produtiva das comunidades que habitam as UCs deve incentivar o manejo adequado da terra e assegurar investimentos em tecnologias de produção.Sophia GebrimA exploração e conservação da terra por populações tradicionais, comercialização de produtos da biodiversidade e diferentes formas de ocupação do solo são diferenciais das unidades de conservação (UCs) no Brasil e no mundo. Quando governo e sociedade falam de inserção produtiva dessas comunidades em áreas de preservação ambiental, é incentivado o manejo adequado da terra e investimentos em tecnologias de produção que garantam a qualidade dos produtos da biodiversidade.No dia de debates sobre Unidades de Conservação e Metas Globais da Biodiversidade para 2020, a coordenadora da Iniciativa Amazônia e representante do Conselho Diretor da ONG Instituto Socioambiental (ISA), Adriana Ramos, resgata os fundamentos da importância das populações tradicionais na gestão das áreas protegidas, regidas pela Convenção da Biodiversidade, pelo próprio Sistema Nacional de Unidades de Conservação, pela Política de Povos e Comunidades Tradicionais e pelo Plano Nacional de Áreas Protegidas.Leia entrevista de Adriana Ramos durante o Ciclo de Debates Brasil Sustentável – O caminho para todos, nesta segunda-feira (11/06), no Espaço Tom Jobim do Jardim Botânico do Rio de Janeiro:Qual o papel da sociedade nesses debates?No contexto das Unidades de Conservação, o papel da sociedade está no incentivo para que sejam cumpridas as metas da biodiversidade, considerando as diferentes áreas protegidas, não somente nas Unidades de Conservação, mas também as áreas indígenas e as áreas quilombolas.Como a ONG contribui para isso?Podemos resgatar uma experiência do Instituto Socioambiental (ISA) que contribui para essa visão. Trata-se da implementação das reservas extrativistas da região da Terra do Meio, em especial da reserva do Riozinho do Anfrísio, onde nos estamos desenvolvendo, junto com as comunidades locais, cadeias produtivas do uso da biodiversidade. Essas populações usam quase 100 produtos diferentes da biodiversidade, nessa unidade, isso é, enfim, um reflexo da realidade da Amazônia.Como isso pode contribuir para o alcance das metas?As dificuldades e as potencialidades desse trabalho podem contribuir com uma visão do que as políticas devem fazer para as reservas extrativistas de fato funcionarem.Existe outra ferramenta de apoio aos produtos da biodiversidade?Outra experiência que trabalhamos na ONG e apresentamos aqui é o Sistema de Indicadores Socioambientais de Unidades de Conservação, que nós desenvolvemos. É um sistema que busca avaliar a gestão e a implementação dessas áreas a partir da visão dos diferentes conselheiros, dos conselhos gestores, portanto, considerando a participação de todas as partes envolvidas na gestão da unidadeQual o papel das comunidades tradicionais na conservação da biodiversidade?As comunidades tradicionais, ao fazerem uso sustentável da biodiversidade dentro dessas áreas, estão contribuindo muito com a manutenção dessas áreas, tanto do ponto de vista ambiental e social. Dessa forma, contribuem para a conservação da biodiversidade e preservação do meio ambiente.Na sua opinião, como deve funcionar a gestão dessas áreas?Apoiamos o modelo de gestão compartilhada, para que seja efetiva e contribua também para a conservação da biodiversidade. É fundamental que a visão dessas comunidades, que estão dentro dessas áreas, seja considerada na gestão dessas áreas. Por isso é importante a gente ter instrumentos que permitam essas comunidades participar do planejamento da gestão da unidade.O que deve ser feito a longo prazo para a preservação da biodiversidade nas Unidades de Conservação?É preciso a valorização do conhecimento tradicional nas áreas protegidas, políticas públicas especificas que atendam as populações dessas áreas, parceria com empresas que respeitem o ritmo das comunidades tradicionais e a garantia de formas de comercialização e venda.
Participantes de debate no Rio apontam dificuldades para promover a gestão do setor com os entraves impostos pela estrutura institucionalCamilla ValadaresA ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que apesar dos vários avanços alcançados, é preciso inovação e audácia para colocar as florestas no centro dos debates sobre desenvolvimento sustentável.  A declaração foi feita nesta segunda-feira (11/06), durante o debate Florestas do Século XXI, o segundo evento do Ciclo de Debates Brasil Sustentável – O Caminho para Todos, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Entre os principais aspectos destacados pelos debatedores está a dificuldade de promover a gestão florestal com a atual estrutura institucional e entraves burocráticos que dificultam a aplicação de medidas sustentáveis. Para Roberto Waack, CEO da Amata S.A e membro do FSC (Forest Stewardship Council) "na prática a economia florestal hoje é baseada em informalidade, ilegalidade e impunidade".EMPREGO E RENDADurante o debate, moderado pelo diretor da Oscip Amigos da Terra, Roberto Smeraldi, o superintendente geral da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), Virgílio Viana, afirmou que conquistar importância política para o tema passa necessariamente pelo reconhecimento da relação clara entre as florestas com a economia, emprego e renda. "Temos o desafio de fazer com que se entenda que as florestas valem mais em pé do que deitadas", completou.Ricardo Rodriguez, representante brasileiro da Revisão dos Critérios do Forest Stewardship Council (FSC) – Conselho de Manejo Florestal – abordou a importância de trabalhar economia florestal aliada à economia agrícola uma vez que historicamente o homem tem promovido a substituição de áreas naturais por áreas agrícolas. Rodriguez citou ainda a experiência realizada no estado de São Paulo com a capacitação dos órgãos e definição legais de seus papéis – essas medidas produziram avanços significativos na política de restauração com a produção de 60 milhões de mudas em 2011.ECONOMIA FLORESTALForam destacados ainda o conceito de economia florestal, pagamentos ambientais, a relação entre agricultura e floresta, a importância e dificuldades para a restauração de áreas florestais. O ex-diretor do Serviço Florestal Brasileiro do Ministério do Meio Ambiente e empreendedor socioambiental Tasso Azevedo destacou a importância da valorização dos serviços florestais e de fornecer aporte à cadeia primária como forma de fortalecer as florestas.O vice-presidente de Tecnologia e Desenvolvimento da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (ABIMC), Ivan Tomaselli, afirmou que os avanços dependem de ações políticas de governo e investimento privado. A relação com o setor privado foi um dos pontos levantados também pela ministra Izabella Teixeira durante o encerramento do debates: "Precisamos acabar com o preconceito com o setor privado, a grande maioria no setor privado não quer ficar na ilegalidade, há mais gente querendo trabalhar dentro da lei do que fora dela".
Atual modelo de gestão de recursos pesqueiros precisa ser aperfeiçoado com conhecimento cientifico e engajamento socialSophia GebrimAs discussões sobre ecossistemas marinhos terão papel especial na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). A afirmação foi feita pela ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira, na tarde desta segunda-feira (11/06), no Espaço Tom Jobim do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. "Pessoalmente, aposto nos debates sobre oceanos, assunto de grande relevância na agenda ambiental e que precisa ser discutido de forma global, com representantes governamentais e sociais de todo o mundo", disse a ministra.No Brasil, Izabella destacou a necessidade de aperfeiçoar o trabalho realizado nos centros de excelência e pesquisa ligados diretamente ao tema. "Precisamos trabalhar uma visão mais estruturada de pesquisa de médio e longo prazos e também priorizar a gestão dos ecossistemas marinhos e costeiros", salientou. Para ela, o país conta com inúmeras reservas extrativistas em áreas marinhas que, para serem instituídas oficialmente, devem extrapolar dados de pesquisa que justifiquem a sua criação não só pela questão ambiental mas também pela questão social e econômica.Por fim, a ministra destacou que o atual modelo de gestão de recursos pesqueiros também precisa ser aperfeiçoado e somente mudará de patamar se tivermos conhecimento cientifico, além de engajamento social. "São necessárias parceiras extremamente sólidas com cada segmento envolvido, argumentou". Na sua avaliação, pescadores, órgãos de pesquisa e governo devem ter consciência da importância do seu papel no processo evolutivo do ecossistema marinho.
Ministra defende, em debate no Rio de Janeiro, mudar o status do debate político sobre áreas protegidasSophia GebrimA necessidade de um plano de regularização fundiária nas unidades de conservação (UCs) foi destacada pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, na abertura do Ciclo de Debates Brasil Sustentável  – o Caminho para Todos, na manhã desta segunda-feira (11/06), no Espaço Tom Jobim do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. "Hoje, a prioridade do governo federal é colocar o assunto na pauta de discussões, temos que ter um horizonte de tempo sobre regularização fundiária no Brasil", disse a ministra durante o primeiro painel agendado para o dia, sobre O Contexto das Unidades de Conservação nas Metas Globais de Biodiversidade para 2020.Izabella ressaltou que, associados aos indicadores socioambientais, devem ser relacionados os indicadores de governança e de gestão das UCs, que são espaços territoriais com características naturais relevantes legalmente instituídos com objetivos de conservação. "Essa métrica precisa estar estabelecida com toda a transparência, pois, na hora que é proposta a criação de uma unidade de conservação, eu gostaria que fosse proposta sem conflito, porque depois acabamos gastando mais tempo para implantar do que para gerir a área". Para a ministra, a implantação deve ser feita resolvendo os chamados contornos daquela área que foi proposta. "Está na hora do Ministério do Meio Ambiente e da sociedade, enfim, todos nós que queremos áreas protegidas mudar o status do debate político sobre unidades de conservação".ETNIA E CULTURAO debate do primeiro painel realizado nesta segunda-feira foi mediado pela jornalista Paula Saldanha, apresentadora e diretora do programa Expedições. Com inúmeros trabalhos sobre populações tradicionais e transformações sociais, econômicas e ambientais em várias regiões do país, ela é referência nacional na produção jornalística voltada para os aspectos étnicos, culturais e de desenvolvimento sustentável. Como debatedoras participaram a coordenadora da Iniciativa Amazônia e membro do Conselho Diretor da ONG Instituto Socioambiental (ISA), Adriana Ramos, a bióloga e engenheira florestal Nutit Bensusan, a pesquisadora e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Carolina Dubeux, e a representante do Ministério da Ciência e Tecnologia, Mercedes Bustamante.Para Adriana Ramos, o foco das ações nas UCs deve ser no manejo do uso da terra e como essas áreas devem ser cuidadas. "Quando falamos de inserção produtiva e manejo da terra, devemos providenciar diálogos com outros setores do governo, da sociedade e com os mercados distribuidores desses produtos originários da biodiversidade", explicou. Ela afirmou também que devem ser consideradas questões ligadas ao credito, financiamento e desenvolvimento de novas tecnologias que vão desde o transporte ate armazenamento e processamento dos produtos da biodiversidade.MUDANÇAS CLIMÁTICASA representante do Ministério da Ciência e Tecnologia, Mercedes Bustamante, explicou o papel das mudanças climáticas na preservação da biodiversidade nas UCs e ecossistemas brasileiros. "A conservação deve abordar os processos ecológicos associados a riqueza de vida e diversidade biológica", disse. Para ela, nos diferentes ambientes observamos uma relativa perda na biodiversidade devido as mudanças no uso da terra e mudanças no clima. "Temperatura e precipitação chuvosa tem papel majoritário e determinam onde espécies de plantas e animais podem viver, crescer e reproduzir", acrescentou. E levantou questões como a ciência pode contribuir com a biodiversidade nas UCs, quais os padrões e processos que regulam a distribuição das espécies nos mais diversos ambientes e os efeitos da diversidade biológica no funcionamento de ecossistemas.As discussões em torno da economia verde nestas unidades foram lideradas pela pesquisadora e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Carolina Dubeux. "Internalizando o valor econômico das Unidades de Conservação no contexto de economia verde, temos que mostrar o valor dessas unidades e que a economia brasileira pode prosperar muito mais em função dos produtos da biodiversidade". Para ela, esses produtos impulsionam a economia por meio de investimentos em capital natural, já que o melhor lugar para encontrar esses produtos da biodiversidade é nas unidades de conservação.Confira as apresentações: Carolina Dubeux e Ronaldo Seroa da Motta - Internalizando o Valor Economico das Unidades de Conservação Nurit Bensusan - O Futuro da Biodiversidade como Ideia e como Objeto de Conservação Mercedes Bustamante - Novos Desafios Biodiversidade e Ecossistemas Brasileiros
Quando: de segunda a quinta-feira, 11 a 14 de junho. Serão dois debates por dia: o primeiro com início às 9h30 e o segundo às 14h30.Onde: auditório Tom Jobim, Jardim Botânico, Rio de JaneiroO Ministério do Meio Ambiente promove, na próxima semana, do dia 11 ao dia 14 de junho, o ciclo de debates Brasil Sustentável – O Caminho para Todos. Serão oito debates com discussão de temas comuns à agenda ambiental, como economia, reciclagem, consumo e florestas.Os painéis antecedem as discussões da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). Entre os debatedores participam especialistas nacionais e internacionais. Sociedade civil, governo e empresas públicas e privadas são parceiras do Ministério do Meio Ambiente (MMA) na organização deste evento.Confira os temas dos debetes:Segunda-feira, dia 11 de junho:9h30 – O contexto das Unidades de Conservação nas Metas Globais de Biodiversidade para 2020.14h30 – Florestas do Séc. XXI.Terça-feira, dia 12 de junho:9h30 – Diálogo Internacional Sobre Produção e Consumo Sustentáveis.14h30 – Os Desafios Socioambientais da Reciclagem no âmbito da Política Nacional de Resíduos Sólidos.Quarta-feira, dia 13 de junho:9h30 – Juventude e Sustentabilidade.14h30 – Finanças Sustentáveis.Quinta-feira, dia 14 de junho:9h30 – A Sustentabilidade necessária ao potencial do Brasil em se tornar o 5º país do mundo na produção de produtos químicos industriais em 2020.14h30 – Empreendedorismo Sustentável.Assessora de imprensa no local: Alethea Muniz, celular (61) 9972.3703Informações para a Imprensa:Ministério do Meio AmbienteAssessoria de Comunicação – ASCOMTelefone: 61.2028-1227/ (61) 9972.3703
Quarta, 06 Junho 2012 16:48

MMA em destaque nos EUA

Banco Mundial recebe prêmio do Tesouro americano pelo Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), do Ministério do Meio AmbienteCristina ÁvilaNesta quinta-feira (07/06), o Banco Mundial será premiado pelo Departamento do Tesouro americano devido ao apoio institucional ao Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), da Secretaria de Biodiversidade e Florestas, do Ministério do Meio Ambiente (MMA). O Arpa é o maior programa de conservação da biodiversidade em florestas tropicais do mundo.O programa é responsável pelo apoio a 95 unidades de conservação (UCs), que protegem 52 milhões de hectares da Amazônia. Outras 17 estão em fase de criação, totalizando 58 milhões de hectares protegidos no bioma. Até 2015, o programa vai superar a meta de 60 milhões de hectares em unidades de conservação.Às vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que começa no próximo dia 13, e durante a Semana do Meio Ambiente, a diretora gerente do Banco Mundial, Sri Mulyani,receberá o prêmio em Washington. O coordenador do Arpa, Trajano Quinhões estará presente na cerimônia."Ficamos muito satisfeitos com a premiação. O Banco Mundial está sendo homenageado pelos resultados conquistados pelo Arpa", relata Simões. "O Banco Mundial é um dos financiadores do programa e é também um dos seus idealizadores".                                                                                                                                                                                                                           INDICAÇÃOA candidatura do Arpa ao prêmio "Homenagem a Impactos do Desenvolvimento" (Development Impacts Honor), lançado neste ano, foi encaminhada ao Departamento do Tesouro dos Estados Unidos pelo Banco Mundial e Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, sigla em inglês) no Brasil.O Tesouro americano é acionista de grande parte das instituições multilaterais de desenvolvimento em todo o mundo, e criou o prêmio de reconhecimento a projetos de outras seis categorias: educação, segurança alimentar, saúde, infraestrutura, setor privado e mulheres.Estarão presentes no evento parlamentares do Congresso dos Estados Unidos, representantes de agências do governo americano e da ampla comunidade envolvida na agenda do desenvolvimento. A premiação é aberta à imprensa e acontece das 8h45 às 10h da manhã no Main Treasury Building, no número 1500 da Avenida Pensilvânia (Washington, DC).CONSOLIDAÇÃOO objetivo do Arpa é apoiar a criação e a consolidação de um conjunto de unidades de conservação em áreas prioritárias da Amazônia brasileira. Criado em 2002, o programa foi anunciado na conferência mundial do ambiente "Rio +10", em Joanesburgo, na África do Sul. A primeira fase do programa aconteceu entre 2002 e 2009, durante a qual 63 unidades de conservação foram criadas e implementadas – em mais de 32 milhões de hectares.O programa é uma parceria entre o governo do Brasil, Ministério do Meio Ambiente, Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBio), governos estaduais da Amazônia Brasileira: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Rondônia, Pará e Tocantins, WWF-Brasil, Cooperação Brasil – Alemanha, GTZ, KfW, Banco Mundial, GEF, Funbio, Fundo Amazônia e BNDES.O Arpa expande e consolida o sistema de unidades de conservação na Amazônia brasileira, contribuindo substancialmente para a prevenção do desmatamento: as unidades de conservação apoiadas apresentam índices menores de destruição florestal do que as que estão fora do programa.BIODIVERSIDADEO programa protege uma amostra considerável da biodiversidade do Brasil. Em apenas 39 unidades de conservação apoiadas pelo programa, foram encontradas mais de oito mil espécies de plantas e animais, das quais 107 estão ameaçadas de extinção.E além disso é fundamental para evitar a emissão de gases de efeito estufa. "Em 13 áreas protegidas pelo programa Arpa, entre 2003 e 2007, temos estudos que comprovam que deixamos de emitir 430 milhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera", cita a vice-presidente do Banco Mundial para o Desenvolvimento Sustentável, Rachel Kyte.Ela explica que foram investidos 84 milhões de dólares durante toda a primeira fase do Arpa (2003-2010). "Se cada tonelada de carbono equivale a 5 dólares, até 2050 isso significará 2,2 bilhões de dólares. Se pensarmos em um cálculo anual, o custo para a redução das emissões no período é de 54 milhões de dólares", relata a vice-presidente. Então, considerando que a cada ano da primeira fase do Arpa foram investidos 12 milhões de dólares, "podemos concluir que somente aí temos um índice de retorno de investimentos de 22%".
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