Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > InforMMA
Início do conteúdo da página

Notícias

Quinta, 09 Agosto 2012 15:43

Em debate, criança e consumismo

Participantes da sociedade civil pedem regulamentação sobre a publicidade direcionada ao público infantil. Valores de sustentabilidade norteiam a discussão.Letícia VerdiA Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados promoveu, nesta quinta-feira (09/08), o 1º Seminário Infância Livre de Consumismo – por uma proteção legislativa da criança frente aos apelos mercadológicos. O evento foi convocado por um grupo de mães, pais e cidadãos inconformados com a publicidade dirigida às crianças, com o apoio do Instituo Alana, organização governamental pelos direitos da infância.O movimento nasceu na rede social Facebook, com o nome Consumismo e publicidade, e tem hoje sete mil membros. Problemas como consumo excessivo, obesidade, erotização precoce e uso precoce de tabaco e álcool são os motes. "O problema são os valores que a publicidade encute na cabeça das crianças", diz a representante do movimento, Vanessa Anacleto. "Estamos precisando de uma regulamentação urgente. Nós pais não podemos ser responsabilizados pelos efeitos nocivos da publicidade nas crianças". O Projeto de Lei 5921/2001, que trata do assunto, está tramitando na Câmara dos Deputados há 11 anos."SER" E "TER""Vemos a importância de proteger as crianças da publicidade que passa valores de consumismo e a necessidade de auxiliar os pais na formação das novas gerações baseadas nos valores da sustentabilidade", afirma a gerente de projetos da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Fernanda Daltro, que participou do evento.Ela lembra que consumismo gera desperdício e há uma inversão de valores entre "ter" e "ser". O que mais importa para as crianças é o afeto e as relações com a família, segundo pesquisa do doutor em Educação, escritor, formador de professores e contador de histórias Ilan Brenman. "A publicidade traz uma coisificação da criança, passando uma ideia de que é preciso consumir para ser alguém", diz a deputada Erika Kokay (PT-DF), coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do AdolescenteNa opinião da senadora Marta Suplicy (PT-SP), as crianças deveriam aprender na escola a se proteger da publicidade. "Crianças são muito rápidas e espertas, elas podem ser ensinadas a interpretar e distinguir os apelos comerciais da propaganda que passa no intervalo do desenho animado", afirma. Segundo a senadora, essa capacidade é tão importante como fazer uma conta matemática ou saber história e geografia.SISTEMA PARASITÁRIOA professora e coordenadora do Grupo de Pesquisa da Relação Infância, Adolescência e Mídia, da Universidade Federal do Ceará, Inês Vitorino, apresentou uma análise do cenário atual e definiu a publicidade como um sistema parasitário, que se utiliza da fantasia e da afetividade da criança por certos personagens e super-heróis para fidelizá-la às marcas.A diretora de Defesa e Futuro do Instituto Alana, Isabella Henriques, fez uma exposição sobre a evolução do conceito de criança no tempo. No século XIX e nos anteriores, a criança era vista como um mini-adulto, vestia roupas e fazia atividades de adultos. "A criança hoje é um ser de direitos, precisa de cuidados da família, da sociedade e do estado", diz. "A responsabilidade deve ser compartilhada". Ela defende que a criança não deveria ser alvo de mensagens publicitárias, já que elas são vítimas, não entendem a complexidade das relações de consumo e não tem como se defender.
Quinta, 09 Agosto 2012 15:16

O Brasil e os resíduos sólidos

Secretário do MMA faz palestra na Amcham e aborda gestão compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, logística reversa e acordo setorial.Rafaela RibeiroO secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério de Meio Ambiente (MMA), Pedro Wilson Guimarães, é o convidado de honra na cerimônia de premiação do 8º Prêmio Brasil Ambiental, que acontece na noite desta quinta-feira (09/08), no Rio. Na oportunidade, fará palestra sobre o Plano Nacional de Resíduos Sólidos e suas perspectivas. O evento, promovido pela Câmara de Comércio Americana (Amcham), trata justamente de aspectos relacionados ao tema.Wilson fará um diagnóstico da reciclagem de resíduos sólidos no Brasil, utilizando dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em seguida, apresentará o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, abordando três conceitos importantes introduzidos na legislação brasileira: gestão compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, logística reversa e acordo setorial.TEMA RELEVANTEA cada edição do Prêmio Brasil Ambiental, um assunto de relevância nacional entra em destaque. A importância de uma política integrada de gestão de resíduos sólidos nos processos produtivos, com o objetivo de preservar os recursos naturais, minimizar resíduos e reduzir impactos ambientais são essenciais para a melhoria da qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável do planeta. Por isso, a Amcham faz um alerta para a questão dos resíduos sólidos, um tema de grande importância no contexto mundial e, especialmente este ano, no Brasil, quando será concluído e implementado o Plano Nacional de Resíduos Sólidos nas diferentes esferas do governo.O prêmio foi criado com o objetivo de incentivar ações e reconhecer o mérito das empresas que desenvolvem projetos de meio ambiente em qualquer região do país. Os projetos inscritos são avaliados por um júri de alto nível, formado por especialistas de grande representatividade na área ambiental.O QUE DIZ A LEIA seguir, os conceitos estabelecidos na Lei Nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos:Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos é o "conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos da lei".Logística reversa é "instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação". A lei dedicou especial atenção à Logística reversa e definiu três diferentes instrumentos que poderão ser usados para a sua implantação: regulamento, acordo setorial e termo de compromisso.Acordo setorial é um "ato de natureza contratual firmado entre o poder público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto".
Quarta, 08 Agosto 2012 19:33

O dano que as queimadas causam

Cerrado produz mais de 230 toneladas de gás carbônico por ano, mais que a Amazônia Legal. O índice pode cair à metade.Luciene de AssisOs incêndios e as queimadas no cerrado brasileiro estão produzindo mais de 230 toneladas de gás carbônico (CO2) todo ano, superando até as estatísticas da Amazônia Legal nesse quesito. A boa notícia, dada pelo secretário de Biodiversidade e Florestas (SBF) do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Roberto Brandão Cavalcanti, é que se pode reduzir a emissão desse gás em até 50% apenas controlando-se as queimadas.As ações destinadas a prevenir danos ao bioma cerrado em razão das mudanças do clima foram debatidas, na tarde desta quarta-feira, 8/8, em audiência pública realizada na Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas (CMMC) do Senado Federal. Além do secretário, também participaram, como palestrantes, o representante da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Balbino Antônio Evangelista, e a assessora da Rede Cerrado e do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), Isabel Figueiredo.FUTURO INCERTODurante a audiência pública, conduzida pelo deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ), o representante da Embrapa mostrou que o Brasil é o sexto maior emissor de gases de efeito estufa, como o CO2, acompanhando as previsões mais pessimistas sobre o assunto". Para os próximos cem anos, segundo Evangelista, estima-se um aumento na temperatura do planeta de 5,8 graus, com impactos importantes sobre a agricultura, como a intensificação das chuvas no Sul e no Sudeste do Brasil, e o aumento da aridez na região Norte.Para Roberto Cavalcanti, boa parte dos problemas climáticos resultam da instabilidade no planejamento das ocupações humanas, aumentando o risco de catástrofes, como a seca nos Estados Unidos e os incêndios de grandes proporções que lá ocorrem quase que semanalmente nesse período. Ele considera possível o estabelecimento de estratégias que permitam a sobrevivência das espécies e do próprio homem, mesmo levando-se em consideração a imprevisibilidade climática atual.O caminho, segundo Cavalcanti, é reduzir os gases de efeito estufa e a instabilidade climática. No caso brasileiro, o cerrado representa papel essencial, pois se estende por mais de dois milhões de quilômetros quadrados e está presente em dez estados, ocupando 24% do território. O cerrado abriga 5% da biodiversidade mundial e é a savana mais rica do planeta, alertou. E aproveitou a oportunidade para pedir que os parlamentares aprovem o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Cerrado, o PP Cerrado, cujo planejamento prevê resultados para 2020, baseados no monitoramento permanente do bioma, com detecção e combate dos pontos de queimada, entre outras ações prioritárias.
Quarta, 08 Agosto 2012 17:16

Bolsa Verde beneficiará 73 mil

Meta, prevista para ser atingida apenas em 2014, foi antecipada para este ano, segundo o MMA.Sophia GebrimO Programa de Apoio à Conservação Ambiental Bolsa Verde antecipará para o fim deste ano a meta prevista para 2014 de 73 mil famílias beneficiadas pelo programa. O anúncio foi feito na manhã desta quarta-feira (08/08) pelo secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Paulo Guilherme Cabral, durante o encontro Diálogos Governo e Sociedade Civil: Brasil Sem Miséria, no Palácio do Planalto, em Brasília. Criado em setembro de 2011, o Programa Bolsa Verde faz parte das ações do Plano Brasil Sem Miséria e concede, a cada trimestre, benefício de R$ 300 às famílias em situação de extrema pobreza que vivem em áreas socioambientais prioritárias. O número atual de famílias beneficiadas é de 29 mil."Para alcançar a meta é preciso um esforço redobrado de ir atrás dessas famílias que estão em situação de extrema pobreza, muitas vezes pela própria característica ambiental de onde estão inseridas, como assentamentos e Unidades de Conservação (UCs)", explicou o secretário, durante a mesa de discussões sobre inclusão produtiva rural. Para ele, o aprimoramento do sistema de busca ativa será fundamental para alcançar essas famílias invisíveis e de difícil acesso, de forma a levar o Estado ao cidadão e alcançando aqueles que têm dificuldade de acesso aos programas sociais, como o Bolsa Verde e o Bolsa Família.PRATO DE COMIDACabral destacou, ainda, a conscientização quanto aos benefícios do programa, tanto sociais quanto ambientais. "É muito ingrato para um pai de família ter que derrubar uma árvore para garantir um prato de comida para o filho", disse. A estratégia do Bolsa Verde vai ao encontro desse dilema, mostrando que é possível aferir e monitorar que de fato essas famílias beneficiadas não estão provocando desmatamento e sim sendo capacitadas para construir uma estratégia que vai além do Bolsa Verde. "Para o completo sucesso da ação, entendemos que o governo também deve atuar de forma a garantir, além da preservação, saúde, educação e infraestrutura a essas famílias que vivem em áreas de preservação ambiental", acrescentou.Por fim, Cabral citou a importância de ações de monitoramento, capacitação e assistência técnica, que já vem sendo realizadas no âmbito do programa. "Estamos contratando uma empresa de consultoria jurídica que irá realizar esse monitoramento das famílias beneficiadas e, para isso, já temos recurso disponível de R$ 250 mil". Ele também ressaltou a parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário para atender beneficiários de 11 Unidades de Conservação com a assistência técnica a mais de 14 mil famílias, ação que também já tem recurso disponível de R$ 60 mil. Além da parceria com a Embaixada Britânica, que irá atuar auxiliando e fomentando projetos de capacitação de multiplicados do programa.MENOS POBREZANa manhã desta quarta-feira (08/08), a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, apresentou um breve balanço das ações do Plano Brasil Sem Miséria. "Grande parte das ações inseridas no Plano já está antecipando metas", declarou a ministra. Para ela, o governo, com o objetivo ambicioso de antecipar o maior número de beneficiários, pretende superar a extrema pobreza até o final de 2014.O Plano Brasil Sem Miséria se organiza em três eixos: um de garantia de renda, para alívio imediato da situação de extrema pobreza, outro de acesso a serviços, para melhorar as condições de educação, saúde, assistência e cidadania das famílias que compõem o público-alvo da ação e o terceiro de inclusão produtiva, para aumentar as capacidades e as oportunidades de ocupação e geração de renda entre as famílias extremamente pobres.Tereza Campello também ressaltou que o governo federal já está aprimorando os modelos de busca ativa, com o objetivo de melhorar o desempenho das ações e aumentar cada vez mais o número de beneficiários daqui para frente. "Queremos chegar na ponta dos estados, localizando cada vez mais povos e comunidades tradicionais, extrativistas, ribeirinhos e população quilombola, muitas vezes inseridos em regiões de difícil acesso", explicou. A ministra detalhou, ainda, que esses beneficiários, alcançados com políticas específicas como o Bolsa Verde, respondem por 14% do total de beneficiários pelo Plano Brasil Sem Miséria.
Quarta, 08 Agosto 2012 16:58

Frente defende agroecologia

Ministra defende que assunto é prioridade, não só pela questão do meio ambiente por causa da sustentabilidade, mas por produzir alimentos mais saudáveis.Rafaela RibeiroA ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, destacou, nesta quarta-feira (08/08) que o Brasil está em um momento excepcional do debate sobre a agroecologia: "Acredito que estamos na reta final da discussão, no âmbito do governo, do que seria o Programa Nacional de Agroecologia. Nós entendemos que é um dos assuntos prioritários não só pela questão do meio ambiente por causa da sustentabilidade, mas por produzir alimentos mais saudáveis". Para ela, o acesso aos produtos orgânicos não pode ficar restrito às pessoas com maior poder aquisitivo. "As práticas já existem no Brasil, precisamos ganhar escala", acrescentou. As declarações foram dadas durante o lançamento da Frente Parlamentar pelo Desenvolvimento da Agroecologia e Produção Orgânica, que aconteceu na Câmara dos Deputados.A agroecologia e produção orgânica consistem em alimentos saudáveis, sem uso de agrotóxicos, nem adubos químicos ou hormônios. Consequentemente, esses alimentos não agridem a natureza e mantêm a vida do solo inalterada. "Além de aspectos ambientais, a atividade considera aspectos sociais, éticos e políticos da agricultura, valoriza os saberes populares, o modo de vida camponês e a economia solidária e ecológica", explica a deputada Luci Choinacki (PT-SC), idealizadora da frente. "A sociedade deve se preocupar com os alimentos que vão para as suas casas. O alface, o feijão, não nascem no supermercado, passam por um longo processo até chegar ali".A ministra ainda declarou ser uma consumidora sustentável e permanente dos orgânicos. Para ela, o grande desafio da agenda ambiental é ser traduzida para a realidade do cidadão comum e oferecer uma condição de bem estar e qualidade de vida: "Todos os brasileiros podem entender o seu significado e praticar isso no seu dia-a-dia", disse.
Quarta, 08 Agosto 2012 16:34

Contra a seca e enxurradas

Governo lança Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais. Com previsão de investimento de R$ 18,8 bilhões, terá a participação do Ibama e da ANA.Lucas TolentinoO governo federal lançou, nesta quarta-feira (08/08), o Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais. Com previsão de investimento de R$ 18,8 bilhões até 2014, o projeto viabilizará ações na prevenção de acidentes como deslizamentos de terra e enxurradas em todo o país. O anúncio foi feito, em Brasília, pela presidenta Dilma Rousseff, com a presença de ministros e governadores.A medida tem, ainda, o objetivo de promover iniciativas de proteção ambiental nas cidades envolvidas. Ao todo, 821 municípios classificados como áreas de risco serão contemplados pelas ações. A presidenta afirmou que o projeto representa um resposta à altura do desafio de combater os desastres naturais. "Queremos salvar vidas", declarou. "O plano vai evitar as consequências danosas da seca e dos desastres decorrentes de muita chuva."LEVANTAMENTOO Ministério do Meio Ambiente (MMA) atuará no projeto por meio da Agência Nacional de Águas (ANA). Baseado no mapeamento das bacias hidrográficas brasileiras, o órgão participará dos trabalhos ligados ao levantamento das características das áreas de risco e à avaliação dos efeitos das chuvas. "É um momento que requer planejamento para permitir que nós aproveitemos, da melhor forma possível, os recursos que temos", enfatizou Dilma.A presidenta e outros representantes dos governos federal e estadual conheceram as instalações do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad). A unidade age no gerenciamento de informações ligadas aos riscos e às ocorrências de desastres naturais no território nacional e, ainda, em outros países, caso seja necessário.O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a ANA fazem parte dos órgãos parceiros do Cenad. O centro funciona ininterruptamente e dispõe, hoje, de 70 funcionários, entre engenheiros, químicos, geólogos, meteorologistas e assistentes sociais. Para garantir os trabalhos, a unidade conta com equipamentos como videowall em LCD e sistema de iluminação sensitivo.Confira os investimentos do Plano:Prevenção – R$ 15,6 bilhõesMapeamento – R$ 162 milhõesMonitoramento e alerta – R$ 362 milhõesResposta – R$ 2,6 bilhões
Terça, 07 Agosto 2012 18:39

Bolsa Verde prioriza busca ativa

MMA usará ferramenta do governo federal que procura levar o Estado ao cidadão, alcançando aqueles que não acessam os serviços públicos.Sophia GebrimO Comitê Gestor do Programa de Apoio à Conservação Ambiental Bolsa Verde teve sua segunda reunião nesta terça-feira (07/08), no Ministério do Meio Ambiente (MMA), em Brasília. Segundo a diretora do Departamento de Extrativismo da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, Cláudia Calório, para a expansão dessa ação governamental, será necessário o aprofundamento da busca ativa.Trata-se de uma ferramenta do governo federal que procura levar o Estado ao cidadão, alcançando aqueles que não acessam os serviços públicos e vivem fora de qualquer rede de proteção social e que de alguma forma tem dificuldade de acesso aos programas sociais. Dessa forma, será possível avançar no número de beneficiários e garantir a inclusão de todas as famílias com o perfil da ação.O Comitê Gestor do Programa Bolsa Verde foi instalado no dia 30 de maio deste ano. Tem por finalidade elaborar o planejamento do programa, compatibilizar o número de famílias beneficiárias com os recursos disponíveis e indicar áreas prioritárias para a implementação das ações. Também vai elaborar e aprovar o regimento interno do programa. Inicialmente estão previstas reuniões mensais, até que seja aprovado o regimento interno, que definirá a periodicidade dos encontros.EXTREMA POBREZACriado em setembro de 2011, o Bolsa Verde concede, a cada trimestre, benefício de R$ 300 às famílias em situação de extrema pobreza que vivem em áreas socioambientais prioritárias. Na prática, pretende-se incentivar a conservação dos ecossistemas (manutenção e uso sustentável), a promoção da cidadania e melhoria das condições de vida e elevação da renda da população, com ações de capacitação ambiental, social, educacional, técnica e profissional.Participaram também do encontro o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, Paulo Cabral, coordenador do Comitê, representantes dos ministérios da Fazenda, Planejamento, Desenvolvimento Social, Desenvolvimento Agrário, além de convidados do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Secretaria do Patrimônio da União e Fundação Nacional do Índio (Funai).
Terça, 07 Agosto 2012 15:47

Consumidor está mais consciente

Uso de sacolas retornáveis ou caixas de papelão nos supermercados fica mais comum a cada dia.Letícia VerdiO casal Débora Dorneles, 31 anos, especialista em café, e Renato Lélis, 32, oceanógrafo, já chega a um supermercado do Lago Sul, em Brasília, com uma sacola retornável nas mãos, feita de banner reciclado com estampa de framboesas vermelhas e uma mochila vazia, prontas para carregar as compras. Garantem que em casa separam o lixo seco do úmido. "O lixo orgânico vira compostagem, aproveitamos como adubo no jardim", diz Lélis. "As embalagens de vidro, alumínio e plástico eu lavo e jogo nos recipientes da coleta seletiva". Ele aproveita a deixa para notar: "É contraditório que os supermercados vendam sacolas retornáveis e, ao mesmo tempo, as carnes sejam acondicionadas em bandejas de isopor, embaladas em várias películas plásticas".O aposentado do Ministério da Fazenda Marco Aurélio Araújo aprendeu a não usar as sacolinhas plásticas para carregar as compras quando morou em Paris. "Lá, isso é usual", explica. Ele sai do supermercado com tudo organizado dentro de caixas de papelão, muito mais prático inclusive para carregar no carro, diz. "Em casa, eu uso sacos de lixo biodegradáveis da forma mais econômica possível", diz.AÇÃO COLETIVAA terapeuta familiar Marisa Pellegrini, 54 anos, usa sacola retornável desde 2010. Costuma ir ao supermercado com três bolsas feitas de lona reciclada. "Quero ajudar a despoluir o planeta", afirma, convicta da importância da sua ação. Sobre este ponto, a secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Samyra Crespo, ressalta a importância da ação de cada um no dia-a-dia. "A sustentabilidade é aqui e agora, por meio da ação individual", destaca. "A responsabilidade deve ser compartilhada, cada um deve fazer a sua parte".O MMA atua há quatro anos para mostrar a importância do consumo consciente de embalagens. A primeira campanha, em 2008, tinha como lema "Consumo consciente de embalagens. A escolha é sua. O planeta é nosso". A segunda, "Saco é um Saco", em 2009, deu ênfase ao uso racional das sacolas plásticas. Ainda não existe uma legislação nacional sobre o uso da sacolas plásticas, mas alguns estados já se posicionaram sobre o assunto – o que acabou gerando polêmica entre associações de supermercados e a população."As sacolinhas são práticas, mas não são gratuitas, como muita gente pensa. Além de terem seu custo diluído nos preços dos produtos, têm alto custo socioambiental - poluição do meio urbano e natural, entopem bueiros agravando enchentes e causam a morte de animais", explica a secretária.QUINZE BILHÕESNo Brasil, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), apenas em 2010, foram distribuídas 14,9 bilhões de sacolas plásticas pelos supermercados. Em um ano, estima-se que 1 trilhão de sacolas plásticas sejam produzidas e consumidas no mundo. "O impacto de seu consumo excessivo suplantou o benefício trazido por sua introdução em nosso cotidiano", ressalta Samyra Crespo, comparando as sacolas com o gás clorofluorcarbono (CFC), utilizado para refrigeração e causador do buraco na camada de ozônio. "As alternativas, muitas vezes, vêm de velhos hábitos simples mas muito inteligentes, como o uso do carrinho de feira e as sacolas de pano", sugere a secretária do MMA.Em março de 2011, a ABRAS assinou um acordo com o MMA, cuja meta é reduzir em 40% a distribuição de sacolas plásticas descartáveis, entre 2011 e 2015. Durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), em junho, a ABRAS apresentou uma queda de 6,4% no consumo de sacolas plásticas, no 1º Relatório de Redução do Consumo de Sacolas Plásticas. Esse percentual corresponde a 953 milhões de sacolas plásticas a menos, no período de 2010 a 2011.Nesta terça-feira (07/08), a ABRAS soltou uma nota de apoio ao governo federal. "Se o governo, por meio do Ministério do Meio Ambiente, entende que devemos continuar trabalhando para reduzir a distribuição de sacolas plásticas, assim o setor fará". No intuito de encontrar respostas a esse desafio socioambiental, a associação participa de Grupo de Trabalho coordenado pelo MMA, junto com organizações da sociedade civil, para examinar as tecnologias disponíveis e combater a falsificação que coloca a segurança do mercado e dos consumidores em risco – há notícias de fraudes em sacolas compostáveis.Na nota, eles destacam que vários países já adotaram medidas de redução do uso de sacolas plásticas, como Coreia do Sul, Bangladesh, Alemanha, China, Irlanda, Ruanda, Botsuana, África do Sul, e cidades de grande porte como São Francisco e Washington, nos Estados Unidos, e Toronto, no Canadá.As sacolas podem durar até 400 anos na natureza antes de se decomporem. Elas são produzidas a partir do petróleo ou gás natural, dois tipos de recursos naturais não-renováveis. Depois de extraído, o petróleo passa pelo refino, que consome água e energia e ainda emite gases de efeito estufa e efluentes. Com o consumo desenfreado, a pressão por esses recursos naturais só aumenta.
Lideranças do setor defendem a formulação de políticas que busquem a garantia de segurança alimentar e energética.Sophia GebrimA oferta de alimentos e de energia renovável de forma sustentável foi defendida pelo secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Paulo Guilherme Cabral, na manhã desta segunda-feira (06/08) no 11º Congresso Brasileiro do Agronegócio, em São Paulo. O evento, promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), reúne representantes das mais diversas cadeiras produtivas do agronegócio, entre governo, associações públicas e empresas nacionais e internacionais."O Brasil, que hoje é líder na produção mundial de alimentos, está investido cada vez mais em práticas agrícolas sustentáveis, com a preservação do meio ambiente e inclusão social", destacou Cabral, que representou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, durante a abertura do encontro. Para ele, do ponto de vista legal, a nova Lei Florestal abrirá o espaço necessário para avançar cada vez mais em medidas que garantam a produção sustentável de alimentos no país.ESPÉCIES NATIVASÀs 17h30, Paulo Cabral participa do painel "Políticas Públicas e Brasil Ofertante de Alimentos e de Energia". O incentivo à produção de espécies nativas, como forma de gerar renda e inclusão social, além da preservação ambiental, será um dos pontos abordados pelo secretário do Ministério do Meio Ambiente. "Podemos dizer que um dos diferenciais do agronegócio brasileiro está na produção de espécies nativas com uso econômico, que agregam valor à nossa produção de alimentos e competitividade ao setor", diz.A evolução econômica do setor, com ênfase na renda gerada e consumo de alimentos nos últimos anos, foi tema de painel, na manhã desta segunda, que contou com a participação do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho. Lideranças dos mais diversos setores da cadeia produtiva do agronegócio também destacaram as necessidades para evolução do setor e a necessidade de formulação de políticas que busquem a garantia de segurança alimentar e energética.
Sexta, 03 Agosto 2012 18:39

Inventário Florestal terá R$ 65 mi

Recurso será utilizado pelo Serviço Florestal Brasileiro para levantar qualidade e quantidade das florestas na AmazôniaMarcy FigueiredoDo SFBO Serviço Florestal Brasileiro (SFB), órgão do Ministério do Meio Ambiente, terá R$ 65 milhões do Fundo Amazônia para realizar o Inventário Florestal Nacional (IFN) – iniciativa para levantar a quantidade e a qualidade das florestas – no bioma Amazônia. O projeto foi aprovado esta semana pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).O IFN é uma ação do governo federal já em andamento, com o intuito de conhecer as florestas de todo o país. Baseia-se na coleta de dados diretamente em campo, em locais previamente definidos, chamados de pontos amostrais. Na Amazônia, haverá em torno de 7 mil deles.Segundo o diretor de Informação e Pesquisa Florestal do SFB, Joberto Freitas, o IFN alcança novo patamar com o aporte de recursos do Fundo Amazônia. "Teremos a oportunidade de implementar o IFN nacionalmente, e consolidar uma importante política pública do Estado brasileiro, que é estruturante, de longo prazo, e fundamental para a produção de informações sobre os recursos florestais da região", diz.EM 2013Os recursos serão liberados após a formalização de contrato entre o Serviço Florestal e o (BNDES), gestor do Fundo Amazônia, com prazo de execução de 48 meses. A previsão é de que os trabalhos em campo comecem em meados de 2013.O Inventário Florestal Nacional na Amazônia permitirá conhecer a floresta por dentro e formar um panorama abrangente sobre a qualidade e condições do que hoje só conhecemos como cobertura florestal. As espécies arbóreas existentes, o estoque de biomassa e carbono, a qualidade dos solos, o nível de degradação das florestas e a saúde e vitalidade das árvores, por exemplo, poderão melhorar a formulação e a implementação de políticas públicas.Como o foco é trazer dados sobre florestas em todo o território, surgirão informações sobre as características da vegetação em áreas desmatadas no passado e que se encontram em processo de regeneração, por abandono ou outras razões. Há poucas informações sobre essas áreas, em escala regional, mesmo obtidas por sensoriamento remoto.Dados que já existem poderão ser aperfeiçoados com o IFN, como as estatísticas sobre estoque de biomassa e carbono, hoje baseadas em poucos dados de campo. "O Inventário vai trazer dados mais fidedignos porque esse valor será calculado com base em amostras de campo sobre todo o território", diz o diretor do SFB. Conhecer a percepção das populações rurais sobre a existência, uso e conservação dos recursos florestais também é um objetivo do IFN e, para cada um dos 7 mil pontos amostrais, serão entrevistados moradores um raio de até 2 quilômetros.METOLOLOGIAPara fazer o levantamento de campo, tanto de dados biofísicos quanto socioambientais, equipes receberão treinamento na metodologia nacional. "Vai ser uma oportunidade para o envolvimento de jovens profissionais, contribuindo para o país e adquirindo experiência de campo", afirma Freitas. "Além disso, o Serviço Florestal estabelecerá parceria com os governos estaduais, universidades e instituições de pesquisa da região, já a partir do segundo semestre de 2012."O Inventário Florestal Nacional já foi concluído em Santa Catarina e no Distrito Federal. Acordos firmados entre o SFB e os governos estaduais do Paraná, Sergipe, Ceará e Rio de Janeiro serão os locais mais próximos de iniciar os trabalhos de campo. O SFB negocia acordos também com o Rio Grande do Sul e Bahia.
Página 324 de 809
Fim do conteúdo da página