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Quinta, 26 Abril 2012 17:46
UnB avalia preparação da Rio+20
Paulo de Araujo
Foram abordados a participação da sociedade civil na reunião patrocinada pela ONU e os debates sobre a necessidade de mudanças nos padrões de consumo no mundo todo.
Camilla Valadares
O processo da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), bem como suas deliberações, são uma rica fonte de informações para as discussões ambientais, sociais e econômicas no País. O assessor extraordinário do Ministério do Meio Ambiente para a Rio+20, Fernando Lyrio, afirmou, nesta quarta-feira (25/04), que as negociações e as experiências de construção do evento trarão riquezas para o Brasil, principalmente pela geração de um acúmulo de discussões sobre os temas.
A declaração foi feita durante a palestra Estado-da-arte do Processo de Preparação da Rio+203 apresentada pelo assessor durante a Quarta Sustentável evento promovido semanalmente pelo Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS) da Universidade de Brasília (UnB).
MULTILATERALISMO
Além dos eixos da conferência "Governança para o Desenvolvimento Sustentável e Economia Verde " foram abordadas ainda discussões sobre revisão de métricas para o desenvolvimento, a participação da sociedade civil na Rio+20 e os debates sobre a necessidade de mudanças nos padrões de consumo no mundo todo.
Lyrio acrescentou ainda que a conferência tem papel importante no fortalecimento do multilateralismo e na superação da polarização norte-sul. A fala foi seguida de debate com a participação do público, formado especialmente por colaboradores do CDS/UnB.
ASCOM
Quinta, 26 Abril 2012 17:45
Em debate, compras públicas sustentáveis
Martim Garcia
Workshop internacional aborda como aquisições governamentais podem ajudar na redução dos impactos ao meio ambiente e influir positivamente no crescimento verde. Secretária do MMA relata avanços no Brasil.
Letícia Verdi
O I Encontro Internacional de Compras Públicas Sustentáveis começou na manhã desta quinta-feira (26/04), num auditório lotado do Edifício da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), em Brasília. O 300 participantes, de todo o Brasil, debateram sobre como fortalecer o desenvolvimento sustentável e fazer a transição para uma economia verde.
"Com esse encontro, estamos reafirmando o compromisso do Brasil com o Processo de Marrakesh e com o Plano de Implementação de Joanesburgo", afirmou a secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Samyra Crespo. Segundo ela, o Brasil atendeu ao chamamento do Programa Nacional das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) para que os países fizessem planos de consumo sustentável, e não só de produção.
O tema faz parte do aspecto econômico que sustentará os debates durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), junto com outros dois pilares: o ambiental e o social. "Vamos implementar uma força tarefa de compras sustentáveis no governo e assumir o compromisso de mobilizar a sociedade, em especial as mulheres, para um consumo consciente", destacou a secretária do MMA.
MENOS COMPRAS
A diretora regional do escritório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Margarida Astralaga, lembrou a necessidade do comprometimento de todos " governos, empresas e sociedade " para mudar os padrões de consumo. "Há coisas que não estamos fazendo certo, precisamos diminuir o que não é realmente necessário nas nossas compras", disse.
Entre os convidados internacionais, o representante do Instituto Coreano de Indústria Ambiental e Tecnologia, Sung-Sik Moon, falou sobre as iniciativas que o governo de Coréia do Sul vem tomando na transição para a economia verde. Um exemplo é o "cartão de crédito verde", que troca créditos de carbono dos cidadãos por ingressos em museus ou descontos em serviços públicos como transporte.
O Gerente de Programa do PNUMA, Farid Yaker, apresentou o projeto da organização mundial para compras públicas sustentáveis. "Se continuarmos no padrão de consumo atual, em breve, os Estados Unidos vão precisar de mais cinco planetas Terra. A Europa, de mais dois planetas e meio", destacou.
A representante do Departamento de Meio Ambiente do governo da Suiça, Eveline Venanzoni, discorreu sobre a experiencia de seu país, onde os contratos públicos, por exemplo, são pautados pelo menor preço, mas também por critérios de menor impacto ambiental. Ela deu o exemplo dos veículos utilizados pelos carteiros, os "E-Scooters", alimentados por energia elétrica, silenciosos e não poluentes.
O evento segue até amanha (27/04) e pode ser acompanhado ao vivo: http://www.capes.gov.br/servicos/sala-de-imprensa/36-noticias/5385-transmissao-do-1d-encontro-internacional-de-compras-publicas-sustentaveis
Para ver a programação completa: http://hotsite.mma.gov.br/cps/pagina-exemplo/
ASCOM
Quinta, 26 Abril 2012 17:43
MMA avalia impacto do novo Código
Martim Garcia
Secretário de Biodiversidade e Florestas lembrou, em audiência pública na Comissão de Meio Ambiente da Câmara, a importância da compatibilizar a produção com a preservação ambiental.
Paulenir Constâncio
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, solicitou, nesta quinta-feira (26/04), à sua área técnica, estudo detalhado do impacto do novo Código Florestal, aprovado na véspera pela Câmara dos Deputados. A informação é do secretário de Biodiversidade e Florestas do MMA, Roberto Cavalcanti, que participou pela manhã de audiência pública sobre o assunto na Comissão de Meio Ambiente da Casa. A ideia é avaliar o novo texto, no conjunto de leis da área ambiental. O secretário lembrou que o desafio de associar produção e preservação não muda da noite para o dia e interessa a todos os setores, principalmente a agricultura. "Temos que compatibilizar produção florestal, produção agrícola e preservação do meio ambiente num quadro inclusivo", afirmou. Ele lembrou, também, que o Ministério trabalha em várias frentes na proteção dos recursos naturais.
Para Cavalcanti, a missão do Ministério não mudou. O desafio de implementar as políticas públicas voltadas para a preservação ambiental, argumenta, implica em um conjunto de ações que podem ser alcançadas por meio de alternativas variadas. "O Código não é o único {instrumento} e nem sua aprov ação no Congresso fecha questão", analisou."Não é apenas um problema ambiental ou agrícola, é uma questão de planejamento de médio e longo prazos que diz respeito à economia do País".
ASCOM
Quinta, 26 Abril 2012 17:41
Coleta seletiva: 153 cidades terão apoio
Martim Garcia
De acordo com o Ipea, país perde R$ 8 bilhões por ano por não reutilizar material reciclável. Takahashi, do MMA, diz que seleção considerou como critérios sedes da Copa do Mundo e prioridades do PAC.
Rafaela Ribeiro
O Ministério do Meio Ambiente publicou edital de chamanda pública para apoiar 153 municípios prioriários, já pré-selecionados, na elaboração de seus planos de coleta seletiva. Os que apresentarem propostas dentro do prazo, 30 de abril, receberão ajuda financeira para elaborar, complementar ou atualizar seus planos de coleta seletiva abrangendo toda a questão operacional. O apoio inclui, ainda, análise da inclusão produtiva dos catadores e das estruturas municipais necessárias para maior eficiência da prestação do serviços à população, educação ambiental e a logística reversa.
Outra finalidade do edital é habilitar os municípios prioritários para contratação dos projetos básicos e executivos das principais unidades de manejo de resíduos sólidos: galpões de triagem equipados, veículos para cooperativas de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, pontos de entrega voluntária, pátios de compostagem, áreas de transbordo e transporte para resíduos da construção e demolição e aterros para resíduos da construção e demolição.
PROCEDIMENTO
O gerente de projeto, Saburo Takahashi, explicou quais foram os critérios adotados para a seleção dos municípios: "Somamos os municípios que fazem parte das regiões metropolitanas sedes da Copa, as regiões metropolitanas prioritárias do PAC e o grupo G1 do Ministério das Cidades, que envolve municípos com mais de 70 mil habitantes nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e com mais de 100 mil habitantes no Sul e Sudeste. Destes, foram selecionados os que declararam ter aterro sanitário Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008 (PNSB 2008)".
Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), realizado em 2009, R$ 8 bilhões por ano deixam de ser economizados pelo não aproveitamento dos materiais recicláveis. O estudo ainda descreve que, atualmente, são economizados entre R$ 1,3 bilhão a R$ 3,5 bilhões por contadas iniciativas de coleta seletiva. Nesse sentido, destaca-se a atuação dos catadores de materiais recicláveis como os grandes promotores para o alcance desses números. A Lei nº 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), incentiva a inclusão dos catadores de materiais recicláveis no processo da coleta seletiva e reciclagem. Além disso, determina a preferência de repasse de recursos da União para municípios que implantarem a coleta seletiva com a participação de cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda. Os municípios com até 100 mil habitantes poderão receber até R$ 100 mil; os com população entre 100 mil e 500 mil poderão receber até R$ 220 mil e as cidades com mais de 500 mil moradores terão direito a até até R$ 600 mil. Veja aqui edital e lista completa dos municípios selecionados.
ASCOM
Quinta, 26 Abril 2012 17:02
Curitiba debate uso da biodiversidade
Representantes de vários países estão reunidos em Curitiba para debater estratégias de conservação e uso da biodiversidade. Organizada pelo Governo do Paraná, com o apoio da Prefeitura da capital, Ministério do Meio Ambiente e Secretariado da Convenção da Diversidade Biológica da Organização das Nações Unidas (ONU), este é o primeiro Encontro de Governos Subnacionais para Biodiversidade, que prossegue até amanhã (27/04). Em discussão, modelos de projetos aplicados em várias cidades do mundo, que podem servir de referência para outras nações preocupadas com a preservação da biodiversidade.
O principal objetivo da reunião é apoiar e incentivar os governos locais (estaduais, no caso do Brasil) a implementar programas que contribuam para as estratégias nacionais, regionais e internacionais sobre biodiversidade. As discussões estão relacionadas às Metas de Aichi, acordo firmado por 193 países em 2010, em Nagoya, no Japão,para a conservação da biodiversidade mundial. O acordo estabelece prazo até outubro de 2012 para que os países signatários apresentem suas estratégias.
EXPERIÊNCIAS
Curitiba está sediando também a primeira reunião do Comitê Consultivo de Governos Subnacionais para Biodiversidade em apoio às metas de Aichi. O objetivo dos organi zadores do evento é promover uma troca de experiências entre estados de diferentes países e reforçar a ideia de que as soluções devem ser buscadas no plano local.
O secretário da Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU, Oliver Hillel, lembrou que a Convenção da Biodiversidade é um acordo entre governos nacionais visando-se a preservação. "As discussões não podem ficar apenas na esfera dos governos nacionais", disse. "Existe um movimento para trazer todas as decisões das convenções para o município e para o estado".
Para o secretário executivo da Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU, Bráulio Dias, alcançar as metas da Convenção da Biodiversidade é um grande desafio. "É importante mobilizar os governos do mundo para que se realizem mais discussões em cima do tema", salientou. "O Paraná é pró-ativo nessa agenda e tem muitas experiências a passar e mostrar ao resto do mundo".
ASCOM
Sexta, 11 Maio 2012 17:01
Brasil aprova investimento em política florestal
Arquivo MMA
Projeto será submetido a subcomitê no próximo dia 30. Mas ainda há tempo de incluir sugestões durante fase de detalhamento. Iniciativa envolveu governos, setor produtivo e representantes da sociedade civil.
Sophia Gebrim
A última versão do Plano de Investimento do Brasil para o Programa de Investimento Florestal (Forest Investment Program - FIP, sigla em inglês) está disponível no portal do Ministério do Meio Ambiente. O documento foi elaborado a partir de sugestões da sociedade civil - incluindo povos indígenas e comunidades tradicionais - do setor produtivo e dos três níveis de governo, por meio de consultas públicas presenciais e via internet.
O próximo passo é a apresentação do documento ao Subcomitê do FIP, durante encontro no período de 30 de abril a 04 de maio, em Washington. Foram ouvidas 160 pessoas, representantes de 77 instituições. Algumas das sugestões surgidas durante o processo foram incorporadas ao plano. Outras ainda poderão ser incluídas na fase de detalhamento de projetos.
Além da última versão do plano em português, também está disponível no portal do Ministério do Meio Ambiente uma carta à sociedade, com o objetivo de dar maior transparência e esclarecimentos aos participantes sobre o processo de consulta pública.
DESMATAMENTO
O Plano de Investimento Florestal (Forest Investment Program - FIP) faz parte das ações do Fundo de Investimento Climático (Climate Investmet Funds - CIF) e visa a promover políticas e ações e mobilizar fundos para facilitar a redução do desmatamento e da degradação florestal. O objetivo da ação internacional também é promover a melhoria da gestão sustentável das florestas, contribuindo para a redução de emissões e a proteção dos estoques de carbono florestal.
O FIP conta com aproximadamente US$ 550 milhões para aplicação em oito países-piloto, selecionados dentre mais de 50 nações em desenvolvimento. Além do Brasil, foram selecionados Burkina Faso, República Democrática do Congo, Gana, Indonésia, Laos, México e Peru. Ao Brasil deverão ser alocados entre US$ 50 milhões e US$ 70 milhões.
Link para o Plano e Carta:http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=252&idConteudo=11583
ASCOM
Quarta, 25 Abril 2012 17:00
Aviso de pauta: Seminário internacional debate compras públicas sustentáveis
Acontece em Brasília, nesta quinta (26) e sexta-feira (27), o I Encontro Internacional sobre Compras Públicas Sustentáveis. O lema do encontro é "fortalecer o desenvolvimento sustentável e a transição para uma economia verde". O Estado é um grande consumidor e deve seguir uma série de procedimentos licitatórios, que levem em conta critérios de sustentabilidade, ao adquirir qualquer produto ou serviço.
O evento está no âmbito preparatório da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). O tema construções sustentáveis também será abordado e serão apresentadas experiências de sucesso na Europa e na Ásia.
Confira a programação: http://hotsite.mma.gov.br/cps/pagina-exemplo/
I Encontro Internacional sobre Compras Públicas SustentáveisQuando: 26 e 27 de abril de 2012, a partir das 8h30Onde: Auditório da Capes Setor Bancário Norte, quadra 2, Bloco L, Lote 6, 1º subsolo - Edifício Capes. Brasília DF
Terça, 24 Abril 2012 16:58
Em debate, a preservação da floresta
Martim Garcia
Brasil e União Européia discutem o Pagamento por Serviços Ecossistêmicos, com o objetivo de proteger os recursos naturais nos dois lados do Atlântico.
Brasil e União Europeia estão promovendo um diálogo sobre Pagamento por Serviços Ecossistêmicos (PSE) " que objetiva repassar recursos para as famílias que tiram seu sustento da biodiversidade e ao mesmo tempo preservam os recursos naturais" na busca por ampliar o desenvolvimento sustentável nos dois lados do oceano. O diálogo oferece a oportunidade de se conhecer as experiências e opiniões de vários especialistas brasileiros e europeus sobre o tema, além de contextualizar a situação do Brasil e da Europa, conhecendo seus desafios e perspectivas.
Tudo isso deve contribuir para a construção de uma base de referência para orientar a tomada de decisão sobre o uso de PSE como um instrumento de políticas públicas ambientais no Brasil e também identificar possibilidades de cooperação com a União Europeia nesse tema. O evento, realizado pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com o Ministério do Planejamento e participação da União Europeia, aconteceu nesta terça-feira (24/04), em Brasília, no auditório do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
NORMATIZAÇÃO
O governo brasileiro trabalha para normatizar O PSE, chamado no Brasil de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) e, de alguma forma, garantir que populações tradicionais que auxiliam na preservação da natureza sejam beneficiadas. O secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA, Carlos Klink, destacou que a redução do desmatamento na Amazônia é resultado de políticas públicas como o Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAM). "Vai chegar um momento em que apenas políticas públicas não vão conseguir sozinhas provocar redução significativa", disse. "Aí teremos que usar mecanismos o como PSA".
O Brasil estabeleceu metas voluntárias para 2020, que estão permitindo a uma redução significativa do desmatamento e das emissões de gases. O desmatamento, por sua vez, acarreta diversos problemas, como a perda de biodiversidade. As emissões de gás carbônico, de metano e de outros gases causadores de efeito estufa, assim como a diminuição de territórios de populações que tradicionalmente habitam a floresta. A desocupação da amazônia, alem de alarmar a sociedade brasileira, é motivo de preocupação também da comunidade internacional, frente à importância estratégica que a região ocupa no contexto das mudanças globais.
ASCOM
Segunda, 23 Abril 2012 16:57
PR sedia encontro sobre biodiversidade
Luciene de Assis
Começa nesta terça-feira (24/04), às 20h, em Curitiba, o Encontro Internacional de Governos Subnacionais para Biodiversidade, organizado pelo governo do Paraná, com o apoio do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e da prefeitura de Curitiba. No primeiro dia do evento, que vai até o próximo dia 27, será lançado o Programa Bioclima Paraná.
São aguardadas delegações de pelo menos nove países - China, Japão, Coréia do Sul, Canadá, França, México, Índia, Senegal e Bélgica. Há, ainda, presenças confirmadas de secretários de Estado, prefeitos, parlamentares, dirigentes de órgãos governamentais, entidades ambientais locais, representantes de organizações não-governamentais e de segmentos da sociedade civil ligados ao meio ambiente, e ducação, agricultura, indústria e comércio. O MMA terá como representantes o secretário-executivo, Francisco Gaetani, e o secretário de Biodiversidade de Florestas, Roberto Cavalcanti.
Durante o evento, será discutido o papel dos governos subnacionais (estaduais) junto à Convenção da Diversidade Biológica (CDB) da Organização das Nações Unidas (ONU) e o compartilhamento das informações sobre as iniciativas exitosas e sobre as experiências práticas em andamento.
ESTRATÉGIAS
Para construir o Programa Bioclima Paraná, o governo do estado vem, desde o início de 2011, realizando fóruns de discussões com a participação de colaboradores de diferentes instituições, como universidades, ONGs, e Embrapa, entre outros. Do resultado destes debates, foi identificada a necessidade de uma estratégia voltada à conservação e restauração da biodiversidade, de forma a promover a mitigação e adaptação das espécies, contribuindo para a qualidade de vida da população.
Evento semelhante ao do Paraná foi realizado em São Paulo, dia 12 de abril, organizado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente, quando foi instalada, oficialmente, a Comissão Paulista de Biodiversidade. Na ocasião, os participantes debateram, do ponto de vista produtivo, uso do solo, a conservação da biodiversidade e discutiram sobre as localidades indicadas como áreas prioritárias de conservação, dentro do Projeto Biota/Fapesp.
O governo paulista já criou áreas protegidas na Serra de Paranapiacaba, Serra da Mantiqueira, Reserva do Morro Grande, Projeto Mico Leão Preto e no Parque Marinho dos Alcatrazes, em parceria com o governo federal. E estabeleceu metas de trabalho para o Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema) e para a Rede de Atuação Protetiva do Meio Ambiente do estado.
ASCOM
Sexta, 20 Abril 2012 16:55
Caatinga terá novas reservas ambientais
Arquivo MMA
Rafael Silva O Ministério do Meio Ambiente promove em Petrolina (PE), a partir da próxima segunda-feira (23/04) oficina para a criação de novas unidades de conservação em Pernambuco. A medida beneficiará a região de caatinga, bioma semiárido mais diverso do mundo, que ocupa área 850 mil quilômetros quadrados, o equivalente a 11% do território nacional. Engloba parte dos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais. O encontro marcará a Semana da Caatinga e traz à tona a discussão de temas importantes sobre o bioma, como sustentabilidade e criação de novas reservas ambientais.
Com vegetação de rara biodiversidade, a caatinga sustenta a economia da região nordeste por meio de duas vertentes: fornecimento de energia e produtos florestais não madeireiros. No primeiro caso, 30% da matriz energética da região vem da lenha obtida por meio de exploração não sustentável, utilizada por 70% das famílias na preparação de alimentos. Em relação ao recurso florestal não madeireiro, em diversas atividades econômicas. Desde o forrageiro para pastagem de gado e produção de mel, passando pela comercialização de frutos nativos e plantas medicinais, chegando até às cerâmicas e industrias de gesso, que geram divisas para o pais usando lenha como suprimento de energia.
INTEGRAÇÃO
O engenheiro florestal da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Barreto Campelo, não tem dúvida: "A cada momento nos deparamos com vivências que demonstram que a relação do homem com a biodiversidade pode e deve ser a saída para um amplo processo de conservação ambiental." No que diz respeito aos aspectos socioeconômicos, existem experiências com a perspectiva de integração do recurso florestal na matriz produtiva dos projetos de reforma agrária, que geram renda de até 1,5 salário mínimo por família.
A cobertura florestal da caatinga vem prestando serviços ambientais, proporcionando renda e atendendo à matriz energética no Nordeste. "Estamos vivenciando as preocupações das mudanças climáticas, todos procurando alternativas e clamando por modelos sustentáveis", relata Campello. O uso sustentável dos recursos florestais é uma realidade comprovada cientificamente e observada nas diferentes formas tradicionais de convivência com o semiárido pelas populações locais. Como os fundos de pasto, a pecuária extensiva, o extrativismo sustentável do umbu, caroa, buriti, os sistemas de pousio da terra para agricultura. São formas de assegurar a manutenção da cobertura florestal, conjuntamente com o uso de praticas adequadas de conservação de solo e o uso de sistemas ecológicos de produção.
PARCERIAS
Nos últimos anos foram criados,pelo governo federal, o Monumento Natural do Rio São Francisco (Alagoas, Bahia e Sergipe), em 2009, com 27 mil hectares, e ampliando em 300 mil hectares o Parque Nacional da Serra das Confusões, no Piauí, em dezembro de 2010, que ficou com cerca de 823 mil hectares.
Algumas parcerias estão sendo desenvolvidas com os estados para implantação de unidades de conservação estaduais. "Os processos foram agilizados e os primeiros resultados concretos já aparecem, como a criação, neste ano de 2012, do Parque Estadual da Mata da Pimenteira, em Serra Talhada, Pernambuco", diz o engenheiro florestal. Há, ainda, a destinação de recursos estaduais para criação de unidades no Ceará.
ASCOM