O Seminário de Avaliação e Identificação de Ações Prioritárias para a Conservação, Utilização Sustentável e Repartição dos Benefícios da Biodiversidade da Amazônia Brasileira foi realizado por: Instituto Socioambiental ISA (coordenação geral), Instituto de Pesquisas Ambientais da Amazônia IPAM, Grupo de Trabalho Amazônico GTA, Instituto Sociedade, População e Natureza ISPN, Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia IMAZON e Conservation International do Brasil CI. Contou com o apoio de: CNPq Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico; Governo do Estado do Amapá; GEF Global Environment Facility; BIRD Banco Mundial; WWF Brasil; USAID; FINEP; CEFORH; Rainforest da Noruega; Comissão Européia; ICCO.
Realizado na cidade de Macapá, AP, no período de 20 a 25 de setembro de 1999, o Seminário de Consulta (workshop) da Amazônia Brasileira contou com a participação de 226 pessoas, entre representantes de organizações governamentais (federais, estaduais e municipais), organizações não-governamentais, movimentos sociais, instituições de pesquisas públicas e privadas, setor empresarial, pesquisadores (brasileiros e estrangeiros) e imprensa.
Inicialmente os participantes foram divididos em 12 grupos temáticos, sendo seis da área biológica (botânica, invertebrados, biota aquática, répteis e anfíbios, aves e mamíferos) e seis da área não-biológica (pressões antrópicas, Unidades de Conservação, pólos e eixos de desenvolvimento, funções e serviços ambientais dos ecossistemas, povos indígenas e populações tradicionais, e novas oportunidades econômicas). Os pesquisadores da área biológica delimitaram em mapas os padrões de distribuição geográfica da biodiversidade e definiram as áreas mais importantes para o grupo.
Simultaneamente, os outros seis grupos de especialistas desenvolveram análises sobre os principais aspectos socioeconômicos da Amazônia Legal e estabeleceram um diagnóstico da situação das Unidades de Conservação. Isto resultou na elaboração de um relatório de ações prioritárias e de um mapa de áreas prioritárias por tema.
A seguir os participantes foram divididos por sete regiões, tendo sido definidos, após dois dias de trabalho, sete mapas e um conjunto de 385 áreas prioritárias. Deste total, 247 (64%) foram classificadas como de extrema importância biológica, 107 (28%) de muito alta importância, 8 (2%) como de alta importância e 2 (1%) como insuficientemente conhecidas, mas de provável alta importância biológica. Além destas áreas que tiveram origem na análise prévia efetuada pelos grupos temáticos biológicos, os grupos regionais indicaram 21 (5%) novas áreas a serem estudadas de maneira mais aprofundada para futura classificação em termos de importância biológica. Este conjunto de informações foi sintetizado em um único mapa: Áreas Prioritárias para Conservação, Utilização Sustentável e Repartição dos Benefícios da Biodiversidade da Amazônia Brasileira.
Com base no trabalho desenvolvido nos três dias anteriores, os participantes foram redivididos em seis grupos de ações prioritárias para consolidação dos resultados regionais. Os resultados das discussões dos grupos foram sistematizados em relatórios contendo análises de situação e recomendações de ações.
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