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Brasil e Alemanha garantem toda a documentação para o transporte das ararinhas-azuis

Operação para reintroduzir a extinta ararinha-azul na caatinga do nordeste brasileiro demandou diversas licenças no Brasil e no exterior

Um plano de ação entre o Governo Federal e organizações internacionais vai reintroduzir uma ave brasileira extinta na caatinga nordestina: a ararinha-azul. Todo o complexo para receber as 50 aves está sendo concluído na região de Curaçá, na Bahia, habitat histórico da espécie. O processo parece simples, mas demandou várias licenças, aqui e no exterior, para que a ararinha possa reencontrar seu lar.

Ugo Vercillo, analista ambiental da Coordenação de Ações Integradas para Conservação de Espécies do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente, explica que são várias as licenças necessárias para a implementação do plano, embora algumas se destaquem.

“Temos primeiro a licença de exportação, do país que está cedendo as aves. Como é uma espécie em extinção, todo o tráfego desse animal tem de estar documentado. Eles só podem sair do país com essa licença e só podem entrar em outro, o Brasil, com uma licença de importação. Nesse caso, a licença de exportação será feita pelo governo alemão e a de importação, pelo governo brasileiro”, explica Ugo, que enfatiza: “Isso garante que o transporte será legal, que a ave terá destino adequado e que não será usada para fins comerciais, já que é uma ação de conservação e que visa o melhor para a espécie.”

A origem das aves é uma associação alemã, a Association for the Conservation of Threatened Parrots (ACTP), o criadouro que tomou para si a missão de reintegrar a ararinha-azul na natureza. Parte dos animais era da Al-Wabra Wildlife Preservation, do Qatar, um criadouro que fechou as portas e confiou as ararinhas à ACTP.

Além das licenças de exportação e importação das aves, os governos envolvidos também precisam apresentar as licenças ligadas ao aspecto sanitário. “É emitido pelo governo alemão um certificado zoossanitário internacional, enquanto aqui no Brasil esse certificado é validado por nossa autoridade sanitária, que é o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)”, aponta Ugo. “É claro que atrelado a todo esse processo existem outros documentos importantes, como por exemplo a documentação que diz que o criadouro está regularizado. O MAPA também tem de emitir todos os documentos necessários para a quarentena das ararinhas-azuis, dentro outros.”

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