Programas e Projetos (46)
Segunda, 25 Janeiro 2016 11:01
Componentes LifeWeb
O objetivo LifeWeb, será alcançado por meio de cinco componentes, desenvolvidos em conjunto pelos módulos de cooperação técnica (GIZ) e financeira (KfW) sob a coordenação do MMA e ICMBio. A seguir estão descritos cada um dos componentes:
Componente 1
Componente 2
Componente 3
Componente 4
Componente 5
Componente 1
Componente 1: Desenvolvimento organizacional para a gestão do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) Desenvolvimento organizacional e estruturação processual de unidades administrativas responsáveis e interessadas no SNUC a nível federal e estadual.1.1. Consultoria conclusiva para o ICMBio consolidando a sistematização de processos de gestão, em curso desde 2011; continuação do “coaching” de departamentos e coordenações regionais selecionadas; 1.2. Elaboração de uma proposta de consultoria e de implementação da mesma para Órgãos Estaduais de Meio Ambiente (OEMAs) interessados;1.3. Consolidação de um programa de treinamento e especialização em gestão orientada para resultados em unidades de conservação; para isso: ampliação de medidas de formação de multiplicadores até então desenvolvidas; 1.4. Inclusão do programa na oferta de capacitação da ACADEBio do ICMBio; 1.5. Adaptação e modernização de unidades de capacitação, especialmente as da ACADEBio (exclusivamente Módulo de Cooperação Financeira); 1.6. Atualização contínua do programa de capacitação e especialização; quando necessário, coaching de administrações federais e estaduais e de unidades de conservação selecionados.
Componente 2
Componente 2: Planos, Infraestrutura e Equipamento básico para a gestão das Unidades de Conservação (UCs) Preparação de planos de manejo e proteção, fornecimento de infraestrutura e equipamentos básicos para unidades de conservação ameaçadas selecionadas e para parques com potencial atrativo. 2.1. A concepção e execução de um programa de credenciamento de prestadores de serviços de consultoria para apoiar a elaboração de planos de manejo e de proteção, baseados nas diretrizes consolidadas sobre estrutura e conteúdo desses planos (grupo de trabalho MMA / ICMBio); 2.2. Análise de determinações legais para o credenciamento de fornecedores e para pré-requisitos de licitações, etc.; 2.3. Expansão do procedimento de credenciamento para serviços de construção civil e outras aquisições; 2.4. Promoção / realização de eventos de credenciamento em todos os estados do Brasil; 2.5. Licitação de serviços de consultoria em apoio à elaboração de planos de manejo para unidade de conservação sob administração federal e estadual (exclusivamente Módulo de Cooperação Financeira); 2.6. Acompanhamento de licitações de contribuições a planos de manejo, de serviços de construção civil e outras aquisições efetuadas pela unidade externa de gerenciamento do Projeto SNUC-LifeWeb; consultoria do MMA.
Componente 3
Componente 3: Mecanismos para a sustentabilidade financeira do SUNC e captação de recursos Desenvolvimento e aplicação de instrumentos de controle e de monitoramento de custo (investimentos, custos correntes), bem como de capacidades e materiais para captação de recursos financeiros / fundraising. 3.1. Complementação de estudos sobre o significado econômico de unidades de conservação; 3.2. Pesquisa, sistematização e monitoramento de custos; inserção desses dados no sistema para estimativa e projeção de investimentos mínimos em unidades de conservação – IMC; 3.3. Desenvolvimento e teste de instrumentos para “fundraising”; identificação de fontes de receita possíveis, patrocínio, compensações etc.; 3.4. Preparo, orientação, acionamento e acompanhamento contínuo de “fundraisers“ profissionais (exclusivamente Módulo de Cooperação Financeira); 3.5. Realização de atividades para incremento / obtenção de recursos (dentre outros, consultoria na preparação anual de orçamentos públicos; obtenção de contribuições financeiras ou de serviços por outros setores da administração; incentivos financeiros e fiscais; eventos para estimular a participação do setor privado na conservação, como por exemplo “landscape auctions“).
Componente 4
Componente 4: Comunicação Social e Publicidade Campanhas de informação e sensibilização para conscientizar positivamente sobre unidades de conservação ambiental e captação de patrocínio. 4.1. Análise de demanda e determinação do alcance de campanhas previstas; compilação de material informativo; 4.2. Realização de licitação e encomenda (agência de publicidade) para desenvolvimento de um conceito e materiais para campanhas de informação, inclusive acompanhamento contínuo e controle de êxito dessas campanhas (por exemplo, grau de reconhecimento, avanços na “formação de marca”); apoio no recebimento de serviços prestados. 4.3. Consultoria no refinamento de campanhas de sensibilização; estabelecimento de formas adequadas de repasse de informação e determinação do público a ser atingido; 4.4. Acordos com meios de comunicação de massa para difusão, captação de patrocinadores e selecionados formadores de opinião.
Componente 5
Componente 5: Gerenciamento do Projeto Estruturas terceirizadas de execução técnica e financeira 5.1. Apoio do MMA no outsourcing, monitoramento de performance e avaliações periódicas de impacto; 5.2. Apoio do MMA e do ICMBio no acompanhamento técnico do projeto (supervisão) principalmente mediante incremento de capacidades para o recebimento de serviços e produtos obtidos por licitação (por exemplo, contribuições aos planos de gestão), na comunicação interinstitucional e na coordenação de intervenções; 5.3. Apoio na comunicação e divulgação do projeto, inclusive, em relação a outros doadores e ao público especializado nessa área. 5.4. Identificação e encomenda de estudos complementares selecionados, como por exemplo, estudos de pré-investimento, estudos sobre impactos climáticos em unidades de conservação expostas e recomendações de políticas.
Segunda, 25 Janeiro 2016 10:38
Indicadores do Projeto LifeWeb
Indicadores do objetivo geral · Até o fim de 2016, registrar um aumento mínimo de 15% nos recursos disponibilizados por entes administrativas selecionadas e por privados disponíveis para a gestão do SNUC registram um aumento real em no mínimo 15%. Meta Específica 1: Desenvolvimento organizacional · A estrutura e processos administrativos de no mínimo 3 entidades estaduais de meio ambiente envolvidas na iniciativa, além do ICMBio, devem atingir valores mínimos de padrões qualitativos relevantes, conforme, por exemplo, os da GESPUBLICA (Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização); · Atender pelo menos 50% dos funcionários e disponibilizar pelo menos 20% das vagas de capacitação para o programa de treinamento do ICMBio para a gestão de unidades de conservação às Organizações Estaduais de Meio Ambiente – OEMAs envolvidas na iniciativa. Meta Específica 2: Instrumentos de gestão · Credenciar em todas as regiões do Brasil, pelo menos 100 prestadores de serviço de consultoria e de construção, bem como fornecedores de equipamento para unidades de conservação sob administração federal;· Disponibilizar pelo menos 50 planos de manejo e de proteção - adaptados e implementáveis – para unidades de conservação priorizadas perfazendo uma área total de cerca de 2.000.000 de hectares;· Dispor equipamentos básicos e infraestrutura a 10 unidades de conservação em situação precária ou ameaçadas. Meta Específica 3: Sustentabilidade financeira · Disponibilizar propostas coordenadas para o alcance da sustentabilidade financeira de todo o SNUC e a implementação dessas propostas, contribuirá para a cobertura de pelo menos 30% da demanda financeira básica de unidades de conservação com número mínimo de pessoal. Meta Específica 4: Sensibilização e mobilização · Promover um aumento de 20% no grau de familiarização da população entrevistada, com unidades de conservação e com os serviços ecossistêmicos por elas prestados, através de campanhas de sensibilização concebidas (envolvimento de patrocinadores, formadores de opinião, pessoas chaves, e disponibilização de material informativo); · Envolver cada vez mais, setores administrativos relevantes (agricultura, minas e energia, área social, infraestrutura etc.) e o MMA para coordenarem entre si o uso racional e complementar de recursos públicos para intervenções dentro e no entorno de unidades de conservação. Meta Específica 5: Estrutura de execução para a plataforma LifeWeb brasileira · Fazer com que a iniciativa SNUC/LifeWeb, GEF-TER e outras iniciativas usem conjuntamente instância(s) de execução terceirizada(s) para consolidar o SNUC.
Segunda, 25 Janeiro 2016 10:31
Gestão LifeWeb
A gestão do Projeto LifeWeb é uma tarefa do MMA, em parceria com o ICMBio e sua operacionalização conta ainda com o apoio de instituições parceiras, como as OEMAS. Estrutura de Condução e Governança A estrutura de governança proposta é formada por três instâncias: A. Nível político-estratégico: Conselho do Projeto Responsável geral pela condução do Projeto, o Conselho deverá orientar a atuação da Unidade de Coordenação do Projeto (UCP) e do Comitê Técnico-operacional no que estiver relacionado às diretrizes da condução político-estratégica. As principais atribuições do Conselho do Projeto envolvem a orientação estratégica dos processos e atividades; a supervisão de objetivos, impactos e resultados; observar o alinhamento e a harmonização do projeto com outras iniciativas convergentes com o objeto do projeto; Aprovação do Planejamento Operativo Anual (POA). B. Nível de coordenação: Unidade de Coordenação do Projeto Para apoiar a implementação do Projeto, propõe-se a instalação da Unidade de Coordenação do Projeto (UCP), reunindo todas as instâncias gerenciais das instituições que executam as ações previstas no Projeto, sob a orientação do Departamento de Áreas Protegidas (DAP/SBF/MMA), responsável pela coordenação do Projeto. A UCP orienta a atuação das instâncias de implementação e abastece o Conselho do Projeto com as informações necessárias para o cumprimento de sua função. As principais atribuições da UCP são: Secretaria Executiva do Conselho do Projeto; Elaboração do POA; Supervisão da implementação das atividades; Monitoramento dos avanços; Integração dos componentes e módulos de cooperação técnica e financeira; Institucionalização de resultados; Gestão de recursos humanos e financeiros. A UCP será composta pelas equipes: • Departamento de Áreas Protegidas (DAP/SBF/MMA) • Diretoria de Criação e Manejo de Unidades de Conservação (DIMAN/ICMBio) • Diretoria de Planejamento, Administração e Logística (DIPLAN/ICMBio) C. Nível técnico-operacional Estarão reunidos no Comitê Técnico-Operacional representantes das equipes responsáveis pela implementação das ações do Projeto. Estes se reunirão em instâncias de implementação (temáticas/regionais) adequadas à estruturação do Projeto, contando com os gestores e analistas do DAP/SBF/MMA e ICMBio (DIMAN/DIPLAN), dos contratados da GIZ e eventualmente dos gestores e técnicos das OEMAs e Organizações Municipais de Meio Ambiente, quando pertinente. O Comitê deverá implementar o Projeto de acordo com as orientações recebidas e subsidiar a UCP com as informações necessárias à sua atuação. As principais atribuições são: Implementação do POA, monitoramento de atividades e indicadores, análise de produtos e serviços.
Segunda, 25 Janeiro 2016 10:29
Objetivos do Projeto LifeWeb
Objetivo geral: Administrar de forma eficiente, sustentável e participativa o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) e as unidades de conservação que o constituem, em prol da preservação da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos. Metas específicas: 1. Tornar mais eficiente a organização e os procedimentos administrativos de entidades interessadas e responsáveis para unidades de conservação, principalmente a nível federal e nos Órgãos Estaduais de Meio Ambiente (OEMAs) que aderirem à iniciativa de consolidação. 2. Reduzir significativamente a falta de planos de manejo/gestão e disponibilizar infraestrutura e equipamentos básicos adequados para unidades de conservação selecionadas e parques com potencial atrativo. 3. Aprimorar instrumentos para estabelecer custos (investimentos, custos correntes) bem como capacidades e materiais para captação de recursos (fundraising). 4. Difundir, pela mídia de comunicação de massa, campanhas nacionais em longo prazo de informação e sensibilização pela proteção ambiental, pela conscientização positiva sobre unidades de conservação e seu significado no fornecimento de serviços ecossistêmicos. 5. Estabelecer estruturas alternativas de execução (delegação de atividades do programa e do projeto).
Segunda, 25 Janeiro 2016 10:25
Desafios do Projeto LifeWeb
A eficácia e a eficiência do SNUC são limitadas por uma série de problemas. Apesar de a avaliação do ICMBio e do World Wildlife Fund (WWF), encerrada em 2011 e realizada conforme o método RAPPAM (Rapid Assessment and Priorization of Protected Area Management), ter atestado melhorias em relação à situação de 2005, também apontou déficits.a) A despeito dos vários esforços próprios realizados, as despesas financeiras para gestão efetiva de áreas protegidas continuam aquém da demanda. Segundo estimativas do Ministério do Meio Ambiente – MMA, a atual parte não coberta da demanda por investimentos é de cerca de 1 bilhão de dólares. Essa demanda é pouco amenizada pelas contribuições de doadores internacionais (financiamentos bi- e multilaterais, como o PPG7, diversos co-financiamentos do GEF, entre outros). A maioria das intervenções são, portanto, de cunho mais pontual e muitas vezes envolvem consideráveis custos de transação (inclusive por conta de estruturas de projeto individualizadas). Além disso, segundo MMA, há uma demanda adicional de 500 milhões de dólares anuais para fins administrativos, operacionais e de manutenção das unidades de conservação. b) A quantidade de pessoal, principalmente a nível local, nas unidades de conservação ainda não é suficiente. Os recursos humanos disponíveis apresentam pouca experiência e formação prática de gestão. c) Os instrumentos de gestão empregados e a infraestrutura básica disponível são, em muitos casos, insuficientes. Assim, das 310 unidades de conservação, por exemplo, menos do que a metade dispõe de planos de manejo/gestão (em parte até mesmo planos obsoletos). Nos últimos anos, foram elaborados e aprovados, pelo ICMBio, em média 8 planos de manejo/gestão por ano. Nesse ritmo, não é possível prever quando todas as unidades federais de conservação disporão de planos de manejo úteis. A situação não é melhor nos estados. Essa circunstância acarreta consequências significativas, pois planos de manejo/gestão constituem pré-requisito para concessões florestais em florestas nacionais e estaduais (FLONA / FLOTAS para a redução da extração ilegal de madeira), para a autorização do uso sustentável (por exemplo, as chamadas Reservas Extrativistas – RESEX) e também para a abertura de parques a visitantes. d) A sensibilização e o engajamento de outros setores administrativos, do setor privado e de amplas parcelas populacionais pelas unidades de conservação é reduzida. Poucos brasileiros conhecem unidades de conservação e sabem que significado elas têm para a preservação de recursos naturais vitais e dos serviços ecossistêmicos que elas proporcionam. Assim, também há reduzida pressão pública em prol de uma melhor estrutura financeira, pessoal e material das áreas de conservação. e) A administração do sistema SNUC e das unidades de conservação a ele ligadas não é eficiente o bastante. Como em muitos setores da administração brasileira, a implementação de uma gestão focada em objetivos e resultados ainda se encontra incipiente.
Quarta, 20 Janeiro 2016 15:51
Projeto Estruturação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) – LifeWeb
LifeWeb O Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC é atualmente o quarto maior do mundo. Ele abrange cerca de 1,4 milhões de km² ou em torno de 15% do território nacional. Entre 2003 e 2008 houve um rápido aumento do número de áreas protegidas. Essa ampliação corresponde a 75% de todas as unidades de conservação criadas no mundo nesse período. Apesar disso, o Brasil ainda não alcançou as Metas de Aichi da Convenção sobre Biodiversidade e muitas de suas unidades de conservação não estão efetivamente protegidas. A despeito de empenho próprio e do apoio da cooperação internacional, a parte não coberta da demanda por investimentos é estimada atualmente em 1 bilhão de dólares. Para operação, manutenção e administração seria necessária uma quantia adicional de aproximadamente 500 milhões de dólares por ano.Há mais de 20 anos, projetos e programas nacionais, de orientação e alcance diversos, são direcionados aos diversos problemas que envolvem unidades de conservação brasileiras, principalmente nos biomas Amazônia e Mata Atlântica. Devido ao atual estágio de desenvolvimento, apenas uma intervenção concertada é capaz de reduzir empecilhos e obstáculos ao desenvolvimento do sistema de unidades de conservação como um todo e de dar o salto qualitativo de desenvolvimento necessário. O projeto, portanto, apoiará consolidar em prol de todo o SNUC experiências na gestão de unidades de conservação adquiridas com projetos em diversos estados brasileiros nos últimos 20 anos, principalmente nos biomas Mata Atlântica e Amazonas.As medidas do projeto deverão tornar mais eficiente a estrutura e operação de entidades federais e estaduais da administração SNUC e contribuir para a consolidação de unidades de conservação, inclusive mediante a elaboração de planos de manejo, e também pela disponibilização de infraestrutura básica e de equipamentos. As tarefas a serem cumpridas serão realizadas por uma estrutura de implementação contratada, atuando em nome do Ministério do Meio Ambiente. Futuramente, essa inovação institucional deve servir de plataforma para implementar de forma conjunta e com reduzidos custos de transação, ações de consolidação do SNUC fomentadas a nível federal. Pretende-se captar o apoio do setor empresarial e da sociedade civil para preservação e maior sustentabilidade das unidades de conservação da natureza.
Objetivos
Indicadores
Desafios
Ficha Técnica
Objetivos
Objetivo geral:Administrar de forma eficiente, sustentável e participativa o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) e as unidades de conservação que o constituem, em prol da preservação da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos. Metas específicas: 1. Tornar mais eficiente a organização e os procedimentos administrativos de entidades interessadas e responsáveis para unidades de conservação, principalmente a nível federal e nos Órgãos Estaduais de Meio Ambiente (OEMAs) que aderirem à iniciativa de consolidação.2. Reduzir significativamente a falta de planos de manejo/gestão e disponibilizar infraestrutura e equipamentos básicos adequados para unidades de conservação selecionadas e parques com potencial atrativo. 3. Aprimorar instrumentos para estabelecer custos (investimentos, custos correntes) bem como capacidades e materiais para captação de recursos (fundraising). 4. Difundir, pela mídia de comunicação de massa, campanhas nacionais em longo prazo de informação e sensibilização pela proteção ambiental, pela conscientização positiva sobre unidades de conservação e seu significado no fornecimento de serviços ecossistêmicos. 5. Estabelecer estruturas alternativas de execução (delegação de atividades do programa e do projeto).
Indicadores
Indicadores do objetivo geral · Até o fim de 2016, registrar um aumento mínimo de 15% nos recursos disponibilizados por entes administrativas selecionadas e por privados disponíveis para a gestão do SNUC registram um aumento real em no mínimo 15%. Meta Específica 1: Desenvolvimento organizacional · A estrutura e processos administrativos de no mínimo 3 entidades estaduais de meio ambiente envolvidas na iniciativa, além do ICMBio, devem atingir valores mínimos de padrões qualitativos relevantes, conforme, por exemplo, os da GESPUBLICA (Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização); · Atender pelo menos 50% dos funcionários e disponibilizar pelo menos 20% das vagas de capacitação para o programa de treinamento do ICMBio para a gestão de unidades de conservação às Organizações Estaduais de Meio Ambiente – OEMAs envolvidas na iniciativa. Meta Específica 2: Instrumentos de gestão · Credenciar em todas as regiões do Brasil, pelo menos 100 prestadores de serviço de consultoria e de construção, bem como fornecedores de equipamento para unidades de conservação sob administração federal;· Disponibilizar pelo menos 50 planos de manejo e de proteção - adaptados e implementáveis – para unidades de conservação priorizadas perfazendo uma área total de cerca de 2.000.000 de hectares;· Dispor equipamentos básicos e infraestrutura a 10 unidades de conservação em situação precária ou ameaçadas. Meta Específica 3: Sustentabilidade financeira · Disponibilizar propostas coordenadas para o alcance da sustentabilidade financeira de todo o SNUC e a implementação dessas propostas, contribuirá para a cobertura de pelo menos 30% da demanda financeira básica de unidades de conservação com número mínimo de pessoal.Meta Específica 4: Sensibilização e mobilização · Promover um aumento de 20% no grau de familiarização da população entrevistada, com unidades de conservação e com os serviços ecossistêmicos por elas prestados, através de campanhas de sensibilização concebidas (envolvimento de patrocinadores, formadores de opinião, pessoas chaves, e disponibilização de material informativo); · Envolver cada vez mais, setores administrativos relevantes (agricultura, minas e energia, área social, infraestrutura etc.) e o MMA para coordenarem entre si o uso racional e complementar de recursos públicos para intervenções dentro e no entorno de unidades de conservação. Meta Específica 5: Estrutura de execução para a plataforma LifeWeb brasileira · Fazer com que a iniciativa SNUC/LifeWeb, GEF-TER e outras iniciativas usem conjuntamente instância(s) de execução terceirizada(s) para consolidar o SNUC.
Desafios
A eficácia e a eficiência do SNUC são limitadas por uma série de problemas. Apesar de a avaliação do ICMBio e doWorld Wildlife Fund (WWF), encerrada em 2011 e realizada conforme o método RAPPAM (Rapid Assessment and Priorization of Protected Area Management), ter atestado melhorias em relação à situação de 2005, também apontou déficits.a) A despeito dos vários esforços próprios realizados, as despesas financeiras para gestão efetiva de áreas protegidascontinuam aquém da demanda. Segundo estimativas do Ministério do Meio Ambiente – MMA, a atual parte não coberta da demanda por investimentos é de cerca de 1 bilhão de dólares. Essa demanda é pouco amenizada pelas contribuições de doadores internacionais (financiamentos bi- e multilaterais, como o PPG7, diversos co-financiamentos do GEF, entre outros). A maioria das intervenções são, portanto, de cunho mais pontual e muitas vezes envolvem consideráveis custos de transação (inclusive por conta de estruturas de projeto individualizadas). Além disso, segundo MMA, há uma demanda adicional de 500 milhões de dólares anuais para fins administrativos, operacionais e de manutenção das unidades de conservação. b) A quantidade de pessoal, principalmente a nível local, nas unidades de conservação ainda não é suficiente. Os recursos humanos disponíveis apresentam pouca experiência e formação prática de gestão. c) Os instrumentos de gestão empregados e a infraestrutura básica disponível são, em muitos casos, insuficientes. Assim, das 310 unidades de conservação, por exemplo, menos do que a metade dispõe de planos de manejo/gestão (em parte até mesmo planos obsoletos). Nos últimos anos, foram elaborados e aprovados, pelo ICMBio, em média 8 planos de manejo/gestão por ano. Nesse ritmo, não é possível prever quando todas as unidades federais de conservação disporão de planos de manejo úteis. A situação não é melhor nos estados. Essa circunstância acarreta consequências significativas, pois planos de manejo/gestão constituem pré-requisito para concessões florestais em florestas nacionais e estaduais (FLONA / FLOTAS para a redução da extração ilegal de madeira), para a autorização do uso sustentável (por exemplo, as chamadas Reservas Extrativistas – RESEX) e também para a abertura de parques a visitantes. d) A sensibilização e o engajamento de outros setores administrativos, do setor privado e de amplas parcelas populacionais pelas unidades de conservação é reduzida. Poucos brasileiros conhecem unidades de conservação e sabem que significado elas têm para a preservação de recursos naturais vitais e dos serviços ecossistêmicos que elas proporcionam. Assim, também há reduzida pressão pública em prol de uma melhor estrutura financeira, pessoal e material das áreas de conservação. e) A administração do sistema SNUC e das unidades de conservação a ele ligadas não é eficiente o bastante. Como em muitos setores da administração brasileira, a implementação de uma gestão focada em objetivos e resultados ainda se encontra incipiente.
Ficha Técnica
Denominação:
Consolidação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) - LifeWeb
Contratante:
Ministério Federal do Meio Ambiente, Conservação da Natureza, Construção e Segurança Nuclear da Alemanha (BMUB)
Recursos:
31 milhões de Euros, sendo 16 milhões de Euros contrapartida do Brasil
Duração:
2013 até 2018
Terça, 13 Outubro 2015 11:01
Documentos GEF-Terrestre
Documento de aprovação do Projeto pelo GEF (CEO endorsement)Documento do Projeto (POD) - Versão em espanholConvênio de Financiamento Não Reembolsável de Investimento do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF)Avaliação Ambiental e Social e Plano de Gestão Ambiental e Social
Acordo de Cooperação - MMA e Funbio
Portaria de instituição da Unidade de Coordenação do Projeto (UCP)
Relatórios de Progresso
1º Relatório de Progresso (Mai 2018 - Jun 2019)
2º Relatório de Progresso (Jul 2019 - Dez 2019)
Terça, 13 Outubro 2015 10:38
Componentes do Projeto GEF-Terrestre
O Projeto GEF-Terrestre é composto por 5 componentes:1 – Criação de Unidades de Conservação2 – Manejo nas Unidades de Conservação e áreas adjacentes3 – Restauração de áreas degradadas4 – Avaliação do risco de extinção de espécies da flora e fauna5 – Integração e relação com comunidades
Componente 1
Componente 2
Componente 3
Componente 4
Componente 5
Componente 1
Criação de Unidades de Conservação
Este componente tem como objetivo apoiar a criação de Unidades de Conservação em biomas onde ainda é muito baixo o percentual de áreas protegidas (Caatinga, Pampa e Pantanal); e contribuir para o alcance da meta nacional de biodiversidade nº 11, conforme definida pela Comissão Nacional de Biodiversidade – Conabio (Resolução CONABIO nº 6 de 3 de setembro de 2013 ):“Até 2020, serão conservadas, por meio de unidades de conservação previstas na Lei do SNUC e outras categorias de áreas oficialmente protegidas, como APPs, reservas legais e terras indígenas com vegetação nativa, pelo menos 30% da Amazônia, 17% de cada um dos demais biomas terrestres e 10% de áreas marinhas e costeiras, principalmente áreas de especial importância para biodiversidade e serviços ecossistêmicos, assegurada e respeitada a demarcação, regularização e a gestão efetiva e equitativa, visando garantir a interligação, integração e representação ecológica em paisagens terrestres e marinhas mais amplas.”
Linhas de ação:
Estudos para a criação, ampliação ou readequação de limites de Unidades de Conservação;
Avaliações ambientais, socioculturais, econômicas e fundiárias;
Consultas públicas e material de divulgação; e
Planos de sustentabilidade financeira.
Componente 2
Manejo nas Unidades de Conservação e áreas adjacentes
Este Componente tem o objetivo de apoiar ações que aumentem a capacidade de gestão efetiva das Unidades de Conservação. Entende-se como áreas de gestão efetiva aquelas devidamente demarcadas e regularizadas, que garantam a conservação ou o uso sustentável dos recursos naturais e processos ecológicos, com base no uso eficiente de recursos, infraestrutura e pessoal qualificado, por meio de planejamento e processos participativos de gestão. Para assegurar efetividade ao processo de gestão é importante considerar o contexto onde a área está inserida e buscar um manejo adaptativo, que permita a reflexão e o contínuo ajuste do modelo adotado para garantir impactos positivos na paisagem.A gestão efetiva de Unidades de Conservação pressupõe a implantação de uma infraestrutura que garanta a integridade das UCs no curto prazo e viabilize o planejamento de médio prazo para que elas cumpram os objetivos de sua criação. Para que uma UC seja beneficiada por este componente ela deve ter, primeiramente, seus dados inseridos e atualizados no Cadastro Nacional de Unidades de Conservação.Este componente é subdividido em 3 subcomponentes e em 7 produtos:Subcomponente 2.1 - Fortalecimento da Gestão de Unidades de ConservaçãoEste subcomponente visa prover condições para que as UCs tenham uma gestão mais efetiva e tem como linhas de apoio:
Produto 2.1. Elaboração ou revisão de planos de manejo e de planos específicos como plano de Uso público, de Proteção, entre outros;
Produto 2.2. Elaboração de planos de sustentabilidade financeira,
Produto 2.3. Implementação de ações de manejo conforme diagnóstico de cada Unidade de Conservação; e
Produto 2.4. Monitoramento da biodiversidade.
Subcomponente 2.2 - Manejo do fogo
Este subcomponente apoia a implementação do manejo integrado do fogo em pelo menos uma Unidade de Conservação de cada bioma do Projeto. O objetivo é contar com parcerias locais para diminuir a incidência de queimadas descontroladas por meio de boas práticas no uso do fogo e por meio da prevenção de incêndios. A busca de parceria com os estados e articulação com outras instituições será crucial para expandir a área sob manejo do fogo para além das UCs.
Produto 2.5. Unidades de Conservação com ações de manejo do fogo implementadas;
Produto 2.6. Área onde comunidades adotam práticas de manejo integrado do fogo evitando a emissão de carbono
Subcomponente 2.3 - Manejo em paisagens produtivas
Este subcomponente tem por objetivo o desenvolvimento de ações ou projetos demonstrativos calcados na valoração de serviços ecossistêmicos. Linhas de apoio: desenvolvimento de instrumentos de gestão para o uso dos recursos naturais das comunidades residentes em UC (acordos de gestão, termos de compromisso); e a implementação de boas práticas de manejo pelas comunidades locais relacionadas a atividades produtivas que contribuam com a manutenção da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos.
Produto 2.7. Áreas com acordo de gestão ou implementação de boas práticas em atividades produtivas.
Componente 3
Recuperação de áreas degradadas
Este componente apoia a recuperação da vegetação em Unidades de Conservação e no seu entorno e a elaboração de instrumentos para ampliar a escala e a qualidade da restauração nos biomas Caatinga, Pantanal e Pampa.
Linhas de ação:
Elaboração de árvore de decisão para planejamento da restauração por bioma;
Elaboração de protocolos de monitoramento da restauração por bioma;
Elaboração de mapas de áreas prioritárias para a restauração por bioma;
Elaboração e implementação de planos de recuperação de áreas degradadas dentro e no entorno de UCs selecionadas, com a meta de recuperar até 5.000 hectares.
Unidades de Conservação pré-selecionadas para as ações de recuperação de áreas degradadas:
Bioma
Unidade de Conservação
Caatinga
Parque Nacional (PARNA) da Chapada da Diamantina - Bahia
Estação Ecológica (ESEC) Raso da Catarina - Bahia
Área de Proteção Ambiental (APA) da Ararinha Azul / Refúgio de Vida Silvestre (RVS) da Ararinha Azul - Bahia
Área de Proteção Ambiental (APA) do Boqueirão da Onça / Parque Nacional (PARNA) do Boqueirão da Onça - Bahia
Monumento Natural (MONA) do Rio São Francisco – Alagoas, Bahia, Sergipe
Parque Nacional (PARNA) de Furna Feia – Rio Grande do Norte
Parque Nacional (PARNA) de Ubajara - Ceará
Floresta Nacional (FLONA) do Araripe-Apodi / Área de Proteção Ambiental (APA) Chapada do Araripe - Ceará
Parque Estadual (PE) Caminhos dos Gerais – Minas Gerais
Pampa
Área de Proteção Ambiental (APA) do Ibirapuitã
Parque Estadual do Podocarpus (PEP)
Parque Estadual do Espinilho (PESP)
Pantanal
Parque Estadual (PE) do Pantanal do Rio Negro - Mato Grosso do Sul
Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Sesc Pantanal – Mato Grosso
Obs.: Serão selecionados 8 projetos de recuperação a serem apoiados nas UCs pré-selecionadas, sendo 4 na Caatinga, 3 no Pampa e 1 no Pantanal.
Componente 4
Avaliação dos riscos de extinção de espécies da flora e fauna
Este componente tem o objetivo de melhorar o estado de conservação de espécies de fauna e flora ameaçadas de extinção. A partir da geração e refinamento do conhecimento da biologia das espécies, serão conduzidas avaliações do risco de extinção e propostas ações de proteção. Assim, serão fornecidos subsídios para orientar e implementar a estratégia de conservação do Projeto.
Por meio do projeto serão apoiadas: (i) a elaboração de Planos de Ação Nacionais territoriais; (ii) a implementação de ações estratégicas dos PANs tanto já elaborados quanto dos novos planos territoriais; (iii) o monitoramento da implementação dos PANs; (iv) a avaliação e atualização do estado de conservação das espécies ameaçadas de extinção; (v) a consolidação do portal da biodiversidade; e (vi) avaliação da efetividade das áreas protegidas para conservação da fauna e flora ameaçadas..
Componente 5
Comunicação e integração com comunidades
Este componente visa promover o engajamento de comunidades e de atores -chave nas ações do Projeto.
Linhas de ação:i) Integração de ações do Projeto GEF-Terrestre com outras iniciativas locais;ii) Implementação do Plano de Gestão Ambiental e Social
Terça, 13 Outubro 2015 10:35
Objetivos GEF-Terrestre
O objetivo geral do Projeto GEF-Terrestre é melhorar a conservação na Caatinga, Pampa e Pantanal por meio da expansão e fortalecimento do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) e da integração com outras estratégias de conservação: os Planos de Ação Nacionais para espécies ameaçadas, e a restauração de áreas degradadas. São objetivos específicos do Projeto:- Apoiar a criação de Unidades de Conservação (UCs);- Aumentar a efetividade das UCs por meio da elaboração e implementação de seus planos de manejo;- Elaborar planos de sustentabilidade financeira para unidades de conservação;- Promover o manejo integrado do fogo e a recuperação de áreas degradadas;- Incentivar o uso de boas práticas produtivas no entorno de unidades de conservação ou dentro, conforme sua categoria de manejo;- Gerar conhecimento sobre espécies ameaçadas e seu manejo; e utilizar a informação gerada nas estratégias de conservação apoiadas pelo Projeto;- Promover o engajamento das comunidades na conservação da biodiversidade e a integração das ações do Projeto com iniciativas locais.
Terça, 13 Outubro 2015 10:17
Ficha Técnica GEF-Terrestre
Nome: Projeto Estratégias de Conservação, Restauração e Manejo para a Biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal – GEF-TerrestreDoadores: Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF, sigla em inglês para Global Environment Facility Trust Fund)Agência Implementadora: Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) Agência Executora: Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO)Parceiros: • Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)• Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ)• Órgãos Estaduais de Meio AmbienteFase atual: PreparatóriaDuração: 5 anos a partir da assinatura do contratoValor da doação GEF: US$ 32.621.820
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